Brasil pega carona no otimismo global
Sentimento no mercado é apoiado na expectativa de acordo comercial entre EUA e China e na atuação do Fed
O mercado financeiro tenta seguir na mesma toada das últimas semanas, com os investidores ampliando o apetite por ativos de risco, em meio às esperanças de estabilização do crescimento econômico global. Esse sentimento é apoiado na expectativa de algum acordo comercial entre Estados Unidos e China e na atuação dos principais bancos centrais, além de uma temporada de balanços um pouco melhor que o esperado.
Com isso, o foco dos negócios globais segue na agenda de resultados corporativos nos Brasil e no exterior e nas decisões de juros do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, além dos dados sobre o emprego nos EUA, na sexta-feira. À espera desses eventos, os índices futuros das bolsas de Nova York oscilam na linha d’água, um dia após o S&P 500 registrar nova máxima histórica.
Esse comportamento da véspera em Wall Street levou a Bolsa de Tóquio ao nível mais alto do ano, apesar da sessão mista na Ásia, com Hong Kong e Xangai fechando em queda. Mas o presidente Donald Trump segue empenhado em sustentar o otimismo, afirmando que as negociações em torno do acordo de primeira fase estão adiantadas. Além disso, a Casa Branca considera estender a isenção tarifária sobre US$ 34 bilhões em produtos chineses.
Nos demais mercados, destaque para a forte onda vendedora (selloff) entre os bônus, o que levou o juro projeto pelo título japonês de dez anos ao maior nível desde junho. Entre as moedas, o dólar mede forças em relação aos rivais, ganhando terreno do euro e da libra, ao passo que o xará australiano avança, seguindo o avanço do papel soberano de dez anos. Entre as commodities, o petróleo cai, enquanto o ouro está estável.
O Brasil...
Por aqui, o mercado acompanhou ontem o bom humor global, apoiado no otimismo com um acordo comercial de primeira fase entre EUA e China e com as esperanças de mais cortes de juros pelo Fed. Esse sentimento externo é potencializado pela perspectiva de que o Copom tem espaço para ser mais agressivo, tanto no ritmo quanto no tamanho do ciclo de cortes da Selic.
Em linhas gerais, o pano de fundo global é pontual, enquanto o ambiente interno parece ser estrutural. Isso quer dizer que os investidores estão bastante otimistas, antecipando um cenário melhor para o Brasil em 2020, confiantes de que o país irá apresentar a melhor história entre os países emergentes no ano que vem.
Leia Também
Isso explica porque o mercado doméstico blindou-se da turbulência na América Latina e impulsionou o preço dos ativos brasileiros, prevendo uma melhora da economia real. Ontem, o dólar encerrou o pregão cotado abaixo de R$ 4,00, voltando aos níveis vistos pela última vez em meados de agosto, quando ultrapassou essa marca, ao passo que o Ibovespa renovou a pontuação recorde durante o pregão (intraday) e de fechamento.
...e os outros
Mas ainda há muita incerteza após a amplamente esperada vitória de Alberto Fernández nas eleições presidenciais na Argentina. A maior dúvida recai na trajetória da dívida pública, que está em um caminho insustentável, sendo que o presidente eleito já antecipou que não pagará seus credores externos. Ao invés disso, irá renegociar - inclusive com o FMI.
A decisão do Banco Central Argentino (BCRA), de impor controles restritivos ao câmbio, teve como consequência o crescimento do mercado negro de dólares no país. Como consequência, o “dólar paralelo” teve alta acelerada ontem, cotado acima de 75 pesos. Os títulos argentinos também despencaram, após a derrota do presidente Maurício Macri.
A composição do governo Fernández será a primeira orientação clara da sua posição política. Ele assumirá a presidência em 10 de dezembro e a expectativa é de que não haja uma ruptura total com o governo anterior, descartando a adoção de políticas mais radicais. Mas a grande incógnita é sobre a influência da vice-presidente Cristina Kirchner.
Outro foco de preocupação são os protestos no Chile, país usado de parâmetro à agenda liberal de Paulo Guedes. A equipe econômica já teme a estratégia da oposição, que afirma que o Chile não serve de exemplo ao Brasil e usa a situação no país para criticar a agenda de privatizações, reformas e aperto fiscal, capazes de aprofundar a desigualdade social.
De olho no que poderá porvir do resultado das urnas na Argentina e dos protestos nas ruas de Santiago, investidores - estrangeiros, principalmente - devem adotar posições cautelosas, vendo a América Latina como um lugar mais hostil, em meio à onda de críticas ao liberalismo.
Dados e balanços em destaque
A agenda econômica desta terça-feira traz mais uma sondagem, desta vez, sobre o índice de confiança da indústria em outubro (8h). Além disso, o Tesouro publica o relatório da dívida pública em setembro (10h). Na safra de balanços, destaque para os resultados trimestrais de Cielo e Magazine Luiza, entre outros.
Já no exterior, serão conhecidos dados sobre o setor imobiliário nos EUA, pela manhã, e sobre a confiança do consumidor norte-americano neste mês (11h).
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro