🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Brasil pega carona no otimismo global

Sentimento no mercado é apoiado na expectativa de acordo comercial entre EUA e China e na atuação do Fed

Olivia Bulla
Olivia Bulla
29 de outubro de 2019
5:25 - atualizado às 7:35
Brasil acompanha bom humor global, mostrando que é diferenciado na América Latina

O mercado financeiro tenta seguir na mesma toada das últimas semanas, com os investidores ampliando o apetite por ativos de risco, em meio às esperanças de estabilização do crescimento econômico global. Esse sentimento é apoiado na expectativa de algum acordo comercial entre Estados Unidos e China e na atuação dos principais bancos centrais, além de uma temporada de balanços um pouco melhor que o esperado.

Com isso, o foco dos negócios globais segue na agenda de resultados corporativos nos Brasil e no exterior e nas decisões de juros do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, além dos dados sobre o emprego nos EUA, na sexta-feira. À espera desses eventos, os índices futuros das bolsas de Nova York oscilam na linha d’água, um dia após o S&P 500 registrar nova máxima histórica.

Esse comportamento da véspera em Wall Street levou a Bolsa de Tóquio ao nível mais alto do ano, apesar da sessão mista na Ásia, com Hong Kong e Xangai fechando em queda. Mas o presidente Donald Trump segue empenhado em sustentar o otimismo, afirmando que as negociações em torno do acordo de primeira fase estão adiantadas. Além disso, a Casa Branca considera estender a isenção tarifária sobre US$ 34 bilhões em produtos chineses.

Nos demais mercados, destaque para a forte onda vendedora (selloff) entre os bônus, o que levou o juro projeto pelo título japonês de dez anos ao maior nível desde junho. Entre as moedas, o dólar mede forças em relação aos rivais, ganhando terreno do euro e da libra, ao passo que o xará australiano avança, seguindo o avanço do papel soberano de dez anos. Entre as commodities, o petróleo cai, enquanto o ouro está estável.

O Brasil...

Por aqui, o mercado acompanhou ontem o bom humor global, apoiado no otimismo com um acordo comercial de primeira fase entre EUA e China e com as esperanças de mais cortes de juros pelo Fed. Esse sentimento externo é potencializado pela perspectiva de que o Copom tem espaço para ser mais agressivo, tanto no ritmo quanto no tamanho do ciclo de cortes da Selic.

Em linhas gerais, o pano de fundo global é pontual, enquanto o ambiente interno parece ser estrutural. Isso quer dizer que os investidores estão bastante otimistas, antecipando um cenário melhor para o Brasil em 2020, confiantes de que o país irá apresentar a melhor história entre os países emergentes no ano que vem.

Leia Também

Isso explica porque o mercado doméstico blindou-se da turbulência na América Latina e impulsionou o preço dos ativos brasileiros, prevendo uma melhora da economia real. Ontem, o dólar encerrou o pregão cotado abaixo de R$ 4,00, voltando aos níveis vistos pela última vez em meados de agosto, quando ultrapassou essa marca, ao passo que o Ibovespa renovou a pontuação recorde durante o pregão (intraday) e de fechamento.

...e os outros

Mas ainda há muita incerteza após a amplamente esperada vitória de Alberto Fernández nas eleições presidenciais na Argentina. A maior dúvida recai na trajetória da dívida pública, que está em um caminho insustentável, sendo que o presidente eleito já antecipou que não pagará seus credores externos. Ao invés disso, irá renegociar - inclusive com o FMI.

A decisão do Banco Central Argentino (BCRA), de impor controles restritivos ao câmbio, teve como consequência o crescimento do mercado negro de dólares no país. Como consequência, o “dólar paralelo” teve alta acelerada ontem, cotado acima de 75 pesos. Os títulos argentinos também despencaram, após a derrota do presidente Maurício Macri.

A composição do governo Fernández será a primeira orientação clara da sua posição política. Ele assumirá a presidência em 10 de dezembro e a expectativa é de que não haja uma ruptura total com o governo anterior, descartando a adoção de políticas mais radicais. Mas a grande incógnita é sobre a influência da vice-presidente Cristina Kirchner.

Outro foco de preocupação são os protestos no Chile, país usado de parâmetro à agenda liberal de Paulo Guedes. A equipe econômica já teme a estratégia da oposição, que afirma que o Chile não serve de exemplo ao Brasil e usa a situação no país para criticar a agenda de privatizações, reformas e aperto fiscal, capazes de aprofundar a desigualdade social.

De olho no que poderá porvir do resultado das urnas na Argentina e dos protestos nas ruas de Santiago, investidores - estrangeiros, principalmente - devem adotar posições cautelosas, vendo a América Latina como um lugar mais hostil, em meio à onda de críticas ao liberalismo.

Dados e balanços em destaque

A agenda econômica desta terça-feira traz mais uma sondagem, desta vez, sobre o índice de confiança da indústria em outubro (8h). Além disso, o Tesouro publica o relatório da dívida pública em setembro (10h). Na safra de balanços, destaque para os resultados trimestrais de Cielo e Magazine Luiza, entre outros.

Já no exterior, serão conhecidos dados sobre o setor imobiliário nos EUA, pela manhã, e sobre a confiança do consumidor norte-americano neste mês (11h).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção

11 de abril de 2025 - 6:03

Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido

DIA 81

O pior está por vir — e não é mais tarifa: o plano de Trump que pode expulsar as empresas chinesas da bolsa

10 de abril de 2025 - 19:40

Circula nos corredores da Casa Branca e do Congresso norte-americano um plano que pode azedar de vez a relação entre as duas maiores economias do mundo

PARCERIA RENOVADA

Obrigado, Trump: China aumenta compra de soja brasileira e Santander vê uma empresa bem posicionada para se beneficiar da maior demanda

10 de abril de 2025 - 15:40

A guerra de tarifas entre China e Estados Unidos nem esfriou e as empresas asiáticas já começaram os pedidos de soja brasileira: 2,4 milhões de toneladas nesta primeira semana

MERCADOS HOJE

Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988

10 de abril de 2025 - 12:29

A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA

10 de abril de 2025 - 8:12

Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão

DIA 80

A trégua que todo mundo espera vem aí? Trump diz que não vê mais aumento de tarifas sobre a China

9 de abril de 2025 - 19:53

Presidente norte-americano afasta também a possibilidade de a guerra sair do campo comercial e escalar ainda mais

ESCAPOU… POR ENQUANTO

Nem a China vai conseguir parar os EUA: bancão de Wall Street revê previsão de recessão após trégua de Trump nas tarifas

9 de abril de 2025 - 19:15

Goldman Sachs volta atrás na previsão para a maior economia do mundo depois que o presidente norte-americano deu um alívio aos países que não retaliaram os EUA

BOTA CASACO, TIRA CASACO

Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram 

9 de abril de 2025 - 14:46

Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125% 

COMPRAR OU VENDER?

Vale (VALE3) sente os efeitos das tarifas de Trump, mas ação da mineradora pode não sofrer tanto quanto parece

9 de abril de 2025 - 14:11

A companhia vem sentindo na pele efeitos da troca da guerra comercial entre EUA e China, mas o Itaú BBA ainda aposta no papel como opção para o investidor; entenda os motivos

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Ivan Sant’Anna: Trumponomics e o impacto de um erro colossal

9 de abril de 2025 - 14:01

Tal como sempre acontece, o mercado percebeu imediatamente o tamanho da sandice e reagiu na mesma proporção

PETRÓLEO NO VERMELHO

Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora

9 de abril de 2025 - 12:22

O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump

TOUROS E URSOS #218

Tarifaço de Trump é como uma “mini Covid” para o mercado, diz CIO da TAG; veja onde investir e como se proteger neste cenário

9 de abril de 2025 - 12:17

No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio e CIO da TAG Investimentos, André Leite, fala sobre o impacto da guerra comercial nas empresas e como os próprios parlamentares do país tentam reverter a situação

“ME DÁ, QUE DOU DE VOLTA”

Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China

9 de abril de 2025 - 10:30

Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%

TIRA CASACO, BOTA CASACO

Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho

9 de abril de 2025 - 10:06

Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda

INVESTINDO EM MEIO AO CAOS

“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora

9 de abril de 2025 - 9:14

Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed

9 de abril de 2025 - 8:45

Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China

LINHA DO TEMPO

Olho por olho: como Trump escalou a guerra de tarifas com a China — e levou o troco de Xi Jinping

9 de abril de 2025 - 6:01

Os mais recentes capítulos dessa batalha são a tarifa total de 104% sobre produtos chineses importados pelos EUA e a resposta de Xi Jinping; o Seu Dinheiro conta como as duas maiores economias do mundo chegaram até aqui e o que pode acontecer agora

DIA 79

Amizade tem preço? Trump diz que arrecada US$ 2 bilhões por dia com tarifas, mas pode perder Elon Musk por isso

8 de abril de 2025 - 20:45

O bilionário não economizou críticas à política tarifária do presidente norte-americano — um teste de fogo para a sua influência na Casa Branca

OS PLANOS DO CEO

CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3

8 de abril de 2025 - 16:56

A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve

VAI MINGUAR OU VAI SOBRAR

Dividendos em risco? O que acontece com a Petrobras (PETR4) se o petróleo seguir em queda

8 de abril de 2025 - 16:23

A combinação do tarifaço de Trump com o aumento da produção da Opep+ é perigosa para quem tem ações da petroleira, mas nem tudo está perdido, segundo o UBS BB

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar