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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Agenda forte começa com discursos

Indicado à presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto, é sabatinado hoje, enquanto presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, depõe no Senado dos EUA

Olivia Bulla
Olivia Bulla
26 de fevereiro de 2019
5:32 - atualizado às 10:34
Mesmo assim, reforma da Previdência continua ditando o ritmo do mercado financeiro

A carregada agenda econômica desta semana começa a ser revelada a partir desta terça-feira, dia de discursos importantes no Brasil e no exterior. Mas o mercado financeiro brasileiro mostrou ontem que está repleto de fatores inibidores ao apetite por risco. A crise na Venezuela e a pausa nos negócios durante o carnaval têm redobrado a postura defensiva dos investidores.

Mas é a negociação do governo em torno da reforma da Previdência que mantém os ativos locais em compasso de espera por novidades. O presidente Jair Bolsonaro deve se reunir hoje com líderes da base aliada para iniciar as negociações para aprovação das novas regras para aposentadoria no Congresso.

Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o governo precisa preparar uma forte ofensiva em defesa das novas regras para aposentadoria, nos moldes do adotado durante a campanha eleitoral, quando seguidores do atual presidente faziam um grande movimento em apoio à candidatura de Bolsonaro nas redes sociais.

Reforma, reforma, reforma

O mercado financeiro brasileiro acredita que a tramitação da proposta no Senado será rápida, mas vai depender de quanto tempo o processo tomará até a aprovação na Câmara. A expectativa é de que os deputados encaminhem a pauta apenas ao final do primeiro semestre deste ano, com o aval dos senadores ocorrendo até o fim do terceiro trimestre.

Para que a votação esteja liquidada já em outubro, é fundamental que o governo articule, o quanto antes, sua base de apoio. As negociações devem se intensificar no mês que vem, após o carnaval, quando, dizem, o ano começa para valer no país. Os meses de abril e maio devem ser cruciais para medir a capacidade do governo de aprovar a reforma.

Ainda assim, resta saber qual proposta para a Previdência será aprovada. Para os investidores, quanto mais perto as novas regras para a aposentadoria estiveram do projeto original do ministro da Economia, Paulo Guedes, melhor será a reação positiva dos ativos financeiros - o inverso também é verdadeiro.

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Além disso, os primeiros passos para a tramitação da proposta enviada pelo governo parecem travados. Os deputados e alguns partidos da base de apoio sinalizam que não vão instalar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) enquanto o governo não definir o prazo para envio da proposta de novas regras para a aposentadoria dos militares.

Nos bastidores, causa ruídos a ausência dos militares na reforma da Previdência e os parlamentares sinalizam que não vão votar “no escuro” - ou seja, sem saber como será a reforma para os não-civis. A CCJ é a primeira etapa de tramitação da proposta de reforma da Previdência, e é seguida da comissão especial, na qual se discute o mérito das medidas.

Diante disso, o governo resolveu antecipar o envio do projeto de lei que trata da reforma da Previdência dos militares. A ideia inicial era mandar o texto para a Câmara dos Deputados após o dia 20 de março, mas agora a equipe econômica pretende entregar a proposta de mudanças pouco depois do carnaval.

Vizinhos do Norte

Não muito comentado até o momento, a crise na fronteira com a Venezuela começa a incomodar o mercado financeiro doméstico por três vias. A mais óbvia é o impacto do conflito no petróleo, principalmente após Trump afirmar que o preço da commodity está ficando “muito alto”, reforçando a hipótese de que opções “mais fortes” podem ser adotadas para a troca de poder no país latino, dono da maior reserva de petróleo do mundo.

As outras duas vertentes envolvem mais diretamente o Brasil. Há o receio de que a ligação do país com a crise venezuela possa prejudicar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, com o governo dividindo as atenções entre os dois assuntos. Além disso, a possibilidade de uma intervenção militar em solo vizinho deixa as Forças Armadas nacionais em suspense.

Ainda mais após fracassar o plano de furar o bloqueio e entrar no país vizinho com ajuda humanitária. O fim de semana foi marcado por horas de confronto entre manifestantes e militares venezuelanos, que frustraram a tentativa da oposição e de países que apoiam o autoproclamado presidente Juan Guaidó de entrar na Venezuela com comboios.

O presidente Nicolás Maduro considera a ação como uma tentativa de golpe para derrubá-lo, infiltrando um “cavalo de troia” no país. Desde a “vitória” de Maduro, militares venezuelanos começaram a deixar o país. As deserções tiveram como rota de fuga o Brasil e a Colômbia. Porém, o topo das Forças Armadas da Venezuela segue alinhada a Maduro.

Trégua ou impasse?

Já no exterior, o prolongamento da trégua comercial entre Estados Unidos e China não animou tanto. Afinal, havia rumores de que isso poderia acontecer há alguns dias. Assim, a medida não surpreendeu totalmente. Ao contrário, ficou aquele sentimento de que, se o prazo foi prorrogado, possa ser porque não há sinais de um acordo - apenas “progressos”.

Com isso, os mercados internacionais trocaram o sinal positivo exibido ontem pela sinalização negativa para o dia. Os índices futuros das bolsas de Nova York têm leves perdas, após uma sessão de queda na Ásia, que devolveu os ganhos da véspera. As bolsas de Xangai e Hong Kong lideraram a baixa, com -0,7% e -0,6%, enquanto Tóquio caiu 0,4%.

Ainda na Ásia, a Bolsa da Índia caiu 0,6%, em meio à crescente tensão com o Paquistão. Jatos indianos violaram um acordo e cruzaram a fronteira entre os dois países, bombardeando um grande campo terrorista. Não há relatos de vítimas. Em reação, a rupia indiana caía, com as perdas contidas por intervenção do Banco Central local (RBI).

Nos demais mercados, o petróleo tipo WTI segue em queda, ainda ecoando a fala de Trump ontem, com o barril cotado ao redor de US$ 55. As moedas correlacionadas às commodities também recuam. O dólar também avança em relação ao euro e ao iene, ao passo que a libra esterlina ensaia alta, à espera da fala do governo sobre o Brexit.

Discursos em destaque

A fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell; da primeira-ministra britânica, Theresa May e do indicado à presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão entre os destaques da agenda de hoje. O substituto de Ilan Goldfajn e o comandante do Fed depõe no Senado (dos Brasil e dos EUA), a partir das 10h e das 12h, respectivamente.

Já a primeira-ministra britânica discursa no Parlamento para tratar da saída do Reino Unido da União Europeia. Faltando 30 dias para o Brexit, May adiou uma votação importante sobre a proposta dela, elevando a incerteza em torno da questão. Se um acordo não for aprovado até meados de março, pode haver uma saída desordenada do bloco europeu.

Outras opções são fazer um novo plebiscito ou prorrogar o prazo de separação. Entre os indicadores econômicos, no Brasil, saem a confiança dos setores industrial e do comércio em fevereiro, ambos às 8h. No exterior, destaque para dados do setor imobiliário nos EUA, às 10h30, além do índice de confiança do consumidor norte-americano neste mês (12h).

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