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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Dia de agenda cheia agita mercados

Ata do Copom, IPCA-15 e discurso de Bolsonaro na ONU agitam o dia do mercado financeiro doméstico

Olivia Bulla
Olivia Bulla
24 de setembro de 2019
5:24 - atualizado às 6:31
No exterior, ativos de risco ensaiam ganhos com otimismo em torno da guerra comercial

A terça-feira promete ser agitada nos mercados no Brasil, em meio ao ambiente positivo no exterior por causa das renovadas esperanças em torno da guerra comercial. Pela manhã, de hora em hora, estão previstos divulgações e eventos domésticos que devem roubar a atenção dos investidores, trazendo uma dose extra de volatilidade aos negócios locais.

O pregão ainda nem estará aberto quando o Banco Central publicar (8h) a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a taxa básica de juros caiu mais meio ponto percentual (pp). No documento, os investidores esperam encontrar sinais de que a Selic pode ficar abaixo de 5% até o fim deste ano.

O problema é que o discurso ultra-dovish (suave) do BC está destruindo o real e a continuação do ciclo de cortes de juros em direção a novos pisos históricos pode forçar o dólar para níveis perto de R$ 4,25 e R$ 4,30 em breve, em meio ao diferencial de juros no Brasil em relação ao exterior cada vez menor (e menos atrativo).

Com isso, corre-se o risco de haver uma flexibilização monetária adicional e uma moeda fraca, minando a confiança dos empresários, apesar dos juros baixos. Enquanto ainda digerem o conteúdo da ata, os investidores recebem a prévia da inflação ao consumidor, que deve pavimentar o caminho para novas quedas na Selic em outubro e em dezembro.

A previsão é de que o IPCA-15 continue apresentando leituras próximas a zero, com a taxa acumulada em 12 meses bem distante do alvo perseguido pelo BC para o ano, de 4,25%. Os números efetivos saem às 9h. Depois, às 10h, as atenções se voltam para Nova York, onde o presidente Jair Bolsonaro discursa na Assembleia-Geral da ONU.

A fala dele causa grande apreensão. A expectativa é de que Bolsonaro consiga mudar a imagem negativa de seu governo no exterior, após recentes desavenças com líderes europeus e latinos envolvendo questões sobre o meio-ambiente e direitos humanos. Mas há certo pessimismo nas chances de reparar os danos desses confrontos.

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Também era esperada para hoje o primeiro turno da votação da reforma da Previdência no plenário do Senado. Mas a apreciação da proposta foi adiada para amanhã à tarde. Para ser aprovada, a matéria precisa de pelo menos 49 votos dos 81 senadores. Se passar, o segundo turno será até 10 de outubro.

A expectativa é de uma economia fiscal de quase R$ 900 bilhões em dez anos com as novas regras para aposentadoria. Pressionado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, convocou uma sessão conjunta do Congresso Nacional para aprovar, primeiro, as emendas parlamentares negociadas com o governo para, então, apoiar a nova Previdência.

Exterior entre guerra e BCs

Enquanto aguarda a carregada agenda do dia, o mercado doméstico monitora o ambiente externo, onde os investidores continuam receosos quanto a um progresso na guerra comercial. De um lado, Trump não parece interessado em um acordo parcial; de outro, Pequim não quer mudar o modelo econômico para aceitar as imposições de Washington.

Ainda assim, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, confirmou que as negociações com a China serão retomadas daqui a duas semanas, a partir do dia 7 de outubro. Essa notícia sustentou as bolsas da Ásia em alta e garante um sinal positivo em Wall Street, embalando a Europa. Já o petróleo recua, enquanto o dólar avança.

Além disso, os mercados internacionais estão em busca de pistas sobre o Federal Reserve, após dois votos contrários ao corte de 0,25 ponto na taxa de juros norte-americana na reunião da semana passada. A divergência de pontos de vista é tão grande que houve um voto a favor de um corte maior, de meio ponto.

Vale ressaltar que o gráfico de pontos do Fed (dot plot) não mostra mais cortes este ano nem em 2020, com a política monetária ficando estável por um período prolongado. Para os investidores, porém, ainda se pode esperar por uma queda adicional até dezembro - mas talvez não já em outubro.

Já o Banco Central Europeu (BCE) está pedindo aos governos da zona do euro que aumentam os gastos públicos, de modo a estimular o crescimento econômico, que está estagnado. O Banco Central da China (PBoC), por sua vez, avisou que não irá adotar medidas agressivas de política monetária nos moldes de outros bancos centrais globais.

Segundo o presidente do PBoC, Yi Gang, a economia chinesa ainda está funcionando dentro das expectativas e não é necessário liberar grandes quantidades de crédito, recorrendo, inclusive, a taxas de juros negativas. Para ele, é necessário “guardar munição” para adotar medida monetárias e fiscais quando necessário.

Agenda cheia

Ainda na calendário doméstico, será conhecida a confiança do setor do comércio em setembro (8h). Já no exterior, saem os preços de imóveis residenciais nos EUA em julho (10h) e o índice de confiança do consumidor norte-americano neste mês (11h). Logo cedo, é a vez do índice IFO de confiança do empresário alemão em setembro.

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