Feriado hoje, Previdência amanhã
Feriado em alguns países hoje mantém a liquidez reduzida no mercado financeiro, ampliando espera local pela retomada da sessão na CCJ amanhã

Ainda é feriado em alguns países (Easter Monday), o que mantém a liquidez reduzida no mercado financeiro global. Com isso, os negócios no exterior amanheceram de lado, sem um rumo definido. No Brasil, a volta do fim de semana prolongado deve manter os negócios locais em compasso de espera pela nova sessão na CCJ da Câmara, amanhã.
Parlamentares e o governo passaram a Páscoa discutindo sobre pontos na proposta da reforma da Previdência que podem ser alterados já na primeira comissão. Entre eles, a retirada do fim do pagamento de multa do FGTS para aposentados e a possibilidade de alterar a idade máxima de aposentadoria compulsória para ministros do STF.
Com isso, o parecer do relator da reforma da Previdência na CCJ deve ser apresentado amanhã com modificações. Será necessária, portanto, uma nova leitura do texto, o que tende a adiar o início da votação da proposta pelos deputados do colegiado para quarta-feira.
O Centrão
A retirada dessas medidas é uma demanda do Centrão, que não quer esperar pela comissão especial. São mudanças que não alteram a potência a ser obtida com a aprovação das novas regras para aposentadoria, preservando a meta do ministro Paulo Guedes de R$ 1,1 trilhão, mas que mostram a força do Legislativo frente ao Executivo.
A sinalização é negativa, pois abre espaço para uma desidratação maior ao longo da tramitação da proposta, reduzindo a economia fiscal para algo abaixo de R$ 800 bilhões. Regras sobre aposentadoria rural, benefícios sociais e salariais e a desconstitucionalização de futuros ajustes também devem ser eliminadas.
A idade mínima para aposentadoria e o tempo de transição também pode ser diluídos, frustrando a equipe econômica. Ainda assim, o mercado doméstico vê chances elevadas, de mais de 70%, de aprovação da reforma da Previdência neste ano. O que mudou foi o prazo, que se estendeu para o fim do ano.
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Mesmo que com algum atraso e certa desidratação, a negociação do Centrão com o governo Bolsonaro em troca de apoio à reforma da Previdência ajudou a Bolsa brasileira a fechar em alta na última quinta-feira. O dólar, porém, seguiu acima de R$ 3,90. A Petrobras teve papel fundamental nos ganhos do Ibovespa ao final da semana passada, apesar do temor de uma nova greve dos caminhoneiros, a partir da próxima segunda-feira (dia 29).
Exterior misto
No exterior, os mercados internacionais não exibem uma direção única, o que deve afetar os negócios locais hoje. As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão com um desempenho misto. Enquanto Xangai caiu 1,7%, Tóquio subiu 0,6%. Hong Kong e Sydney ficaram fechados devido a um feriado, o que reduziu o volume. As praças europeias também têm uma sessão esvaziada por causa da Segunda-feira de Páscoa celebrada na Inglaterra, Alemanha e França.
Em Nova York, os índices futuros das bolsas de Nova York estão no vermelho, dando continuidade às perdas registradas ao final da semana passada, quando o S&P 500 interrompeu três semanas seguidas de ganhos. O dólar está de lado, em meio à baixa liquidez nos negócios entre as moedas europeias.
Já o petróleo dispara, com o barril dos tipo WTI e Brent subindo ao maior nível em seis meses, em meio a relatos de que o governo Trump irá anunciar hoje que os países compradores de petróleo do Irã devem acabar com essas importações ou sofrer sanções dos Estados Unidos. O objetivo de Washington é zerar as exportações iranianas da commodity. Entre os metais básicos, o minério de ferro avança.
Os investidores estão de olho em uma semana repleta de resultados financeiros de empresas norte-americanas, principalmente do setor de tecnologia, ao mesmo tempo em que aguardam uma série de indicadores de atividade nos EUA. Juntos, esses números devem ajudar a decidir se a política monetária dos bancos centrais será capaz de sustentar o crescimento econômico o suficiente para ignorar que o lucro corporativo pode se contrair.
Inflação no Brasil e PIB nos EUA em destaque
A agenda econômica desta semana traz como destaque a prévia deste mês da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15), a ser conhecida apenas na quinta-feira. Também merecem atenção os índices de confiança de diferentes agentes econômicos (consumidor, comércio e construção civil), entre quinta e sexta-feira.
Já nesta segunda-feira, destaque para o relatório Focus do Banco Central, com as estimativas do mercado financeiro para as principais variáveis econômicas. A previsão para o crescimento do PIB neste ano pode ser revista novamente para baixo, o que também abre espaço para as estimativas de corte na taxa básica de juros.
O documento do BC será divulgado às 8h25. À tarde (15h), saem os dados parciais de abril da balança comercial. Ao longo da semana, também são esperados dados sobre a arrecadação federal de impostos, sobre as condições de crédito no país e a geração de postos formais de trabalho.
No exterior, o destaque fica com a primeira estimativa do PIB dos EUA no início deste ano, na sexta-feira. A previsão é de desaceleração da economia norte-americana, sob impacto das condições climáticas e da paralisação do governo (shutdown). No mesmo dia, saem o índice de preços de gastos com consumo (PCE) e a confiança do consumidor.
Hoje e amanhã, saem dados do setor imobiliário e sobre a atividade manufatureira nos EUA. No eixo Europa-Ásia, destaque para o índice IFO de sentimento econômico na zona do euro e para a decisão de política monetária do Banco Central do Japão (BoJ), ambos na quarta-feira. Na China, o calendário econômico está esvaziado.
Ao longo da semana, saem os resultados trimestrais da Amazon, Facebook, Twitter e Microsoft. Na Europa, os bancos publicam seus demonstrativos contábeis, com destaque para Deutsche Bank, UBS, Barclays, Credit Suisse e Swedbank.
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