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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Foi dada a largada

Entrega da proposta do governo para a reforma da Previdência marca o ponto de partida para as negociações no Congresso

Olivia Bulla
Olivia Bulla
21 de fevereiro de 2019
5:32 - atualizado às 12:31
Foco do mercado se volta para a articulação política em busca dos votos necessários

Em um movimento clássico, o mercado financeiro realizou no fato ontem - quando o texto da reforma da Previdência foi, enfim, conhecido - depois de ter subido - e muito - no boato. Os investidores ajustaram os preços dos ativos locais enquanto digeriam a proposta, ao mesmo tempo em que calibram as as expectativas em relação à aprovação no Congresso.

Agora, o foco dos negócios se volta para a articulação política do governo para buscar os votos necessários. E o mercado doméstico vai oscilar ao sabor do noticiário vindo de Brasília, uma vez que será preciso um trabalho árduo do Palácio do Planalto para formatar melhor sua base de apoio, após os ruídos políticos neste início de semana.

O conteúdo abrangente da proposta de reforma elaborado pela equipe econômica impressiona, o que eleva a expectativa do mercado financeiro pela aprovação do texto logo. O problema é que a discussão da matéria entre deputados e senadores podem levar mais tempo, abrindo espaço para a diluição de alguns pontos ao longo dessa negociação.

Mas há “gordura para queimar”, sem prejudicar, em muito, a versão final. Uma vez que a reforma surpreendeu pela abrangência - ao incluir uma idade mínima para a aposentadoria, uma redução na “generosidade” da assistência social e a inclusão de regimes especiais, dando fim à pensão por tempo de contribuição, há muitas margens de manobra no texto.

De um modo geral, então, a proposta de reforma é bem ambiciosa e visa uma poupança robusta para os cofres do governo em um prazo de dez anos, em torno de R$ 1 trilhão. Na melhor das hipóteses, se cerca de 60% do texto revelado ontem for mantido, a dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deve atingir ao redor de 110% até 2030.

Agora é que são elas

No entanto, a proposta do governo apenas marca o ponto de partida para as negociações de uma nova Previdência no Congresso. Ainda não se sabe como os parlamentares irão receber o tema, mas sabe-se que a maior renovação da Câmara e do Senado desde a redemocratização deu ênfase mais a políticas sociais do que econômica.

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E isso tende a ser um grande obstáculo ao Palácio do Planalto. O presidente terá de saber lidar com sua ampla base de apoio, uma vez que Bolsonaro está apostando “todas as fichas em um único lance”. E o Legislativo sabe que a proposta da Previdência é mais que uma reforma. É o próprio governo que está em jogo.

Ainda assim, a expectativa é de que a reforma da Previdência irá passar no Congresso. A proposta do governo tem chances de ser aprovada, mas vai depender da capacidade de articulação do Executivo com os parlamentares. O trâmite ainda é inicial e é preciso estar atento à estratégia do Palácio do Planalto para aglutinar votos.

Mão dupla

Já no exterior, os mercados estão atentos às negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Representantes do alto escalão dos dois países reúnem-se hoje, em Washington, em um encontro-chave às vésperas do prazo final para o fim da trégua tarifária, no início do mês que vem.

Enquanto as lideranças dos dois países afirmam que “progressos” têm sido feito, declarações dos dois lados deixam dúvidas quanto a um acordo final abrangente, endereçando questões estruturais. Para Pequim, os EUA estão em campanha para isolar empresas chinesas de tecnologia, como a Huawei.

De fato, o governo Trump está tentando convencer os aliados europeus a banir a gigante de tecnologia chinesa da suas redes de informação 5G, citando riscos de segurança nacional. Na semana passada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, alertou sobre as conseqüências para os países que não seguirem a linha de Washington sobre o assunto.

Até agora, não há sinais de que os EUA estejam dispostos a recuar dessa posição linha-dura, o que pode desgastar ainda mais a relação com a Europa, que já está em embate com a Casa Branca por causa da taxação de veículos. Do lado chinês, o governo avalia que um acordo comercial sino-americano não pode colocar todo o ônus em Pequim.

Ou seja, a linguagem dura de Trump, para ser considerada justa, também precisa estar vinculada às práticas norte-americanas de comércio, de modo a também atender às queixas chinesas. Tem-se, então, um desafio de ser criar uma posição igual entre as duas maiores economias do mundo sobre temas ligados ao desenvolvimento econômico à frente.

Há esperança

Ainda assim, os mercados internacionais amanheceram animados nesta quinta-feira, em meio a relatos de que EUA e China começam a esboçar um acordo para acabar com a guerra comercial. Fontes próximas ao assunto afirmam que o acordo elaborado alcança seis áreas principais, relacionadas à transferência de tecnologia e crime cibernético, propriedade intelectual, serviços, moeda, agricultura e barreiras não-tarifárias.

Aos olhos dos investidores, trata-se do progresso mais significativo feito até agora entre os dois países, após meses de negociações. Porém, as principais bolsas asiáticas encerraram a sessão sem muito ímpeto, com Xangai registrando leves perdas (-0,3%), enquanto Hong Kong subiu 0,3% e Tóquio ficou levemente no positivo (+0,15%). Já em Nova York, os índices futuros estão no azul, sinalizando um dia de ganhos e embalando o pregão europeu.

Ainda assim, não está claro como será o mecanismo de fiscalização na questão tecnológica, mas se houver violação entre as partes, provavelmente as sobretaxas em produtos voltam a ser impostas. Além disso, nenhum avanço é esperado durante as negociações desta semana em Washington sobre as principais questões estruturais, mas há um esforço em andamento para estender o prazo da trégua tarifária, em 1 de março.

Amanhã, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, principal negociador do lado da China, deve se encontrar com o presidente Trump. De volta aos mercados, o dólar mede forças em relação às moedas rivais, perdendo terreno para o yuan chinês e as divisas europeias, mas avançando em relação ao iene e algumas emergentes, como o dólar australiano. Já o petróleo é negociado em alta, diante da queda dos estoques nos EUA.

O apetite por ativos de risco também é impulsionado pela mensagem do Federal Reserve, que tranquilizou os investidores ao divulgar a ata da reunião de janeiro, dizendo, como esperado, que será “paciente” quanto a aumentos na taxa de juros norte-americana, em meio à incerteza econômica. Hoje, é a vez da ata da reunião de política monetária de janeiro do Banco Central Europeu (BCE), às 9h30.

Agenda ganha força

O calendário econômico, enfim, ganha força nesta quinta-feira. O destaque no Brasil fica com a prévia de fevereiro da inflação oficial ao consumidor brasileiro. A previsão é de que o IPCA-15 praticamente repita as leituras apuradas no mês anterior, com alta de 0,3% em relação ao janeiro e uma taxa acumulada de 3,8% em 12 meses. Os números efetivos serão conhecidos às 9h.

Já no exterior, destaque para os indicadores preliminares sobre a atividade nos setores industrial e de serviços nos Estados Unidos neste mês, pela manhã. A agenda norte-americana traz também dados semanais de auxílio-desemprego (10h30), indicadores antecedentes e do setor imobiliário em janeiro (12h), além dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados (13h). Na Europa, também serão conhecidos dados de atividade.

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