🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Previdência e guerra comercial mantêm tensão no mercado

Investidor tem de se acostumar com prolongada guerra comercial e capacidade do governo Bolsonaro de criar problemas para si

Olivia Bulla
Olivia Bulla
20 de maio de 2019
5:38 - atualizado às 6:14
Governo discute texto alternativo da reforma da Previdência e Trump diz que China não irá ultrapassar os EUA -

O mercado financeiro inicia a semana sem saber qual proposta para a reforma da Previdência será levada adiante pelo Congresso nem se haverá um acordo comercial entre Estados Unidos e China. Os dois assuntos continuam, então, ditando o rumo dos ativos de risco e a falta de clareza sobre esses temas tende a manter os investidores na defensiva.

O fim de semana foi de muito vaivém em Brasília sobre um texto alternativo ao do governo para a mudança de regras da aposentadoria, que seria pautado pelo Centrão. De início, falava-se que o presidente Jair Bolsonaro apoiaria a proposta elaborada pelos parlamentares, dando aval ao líder do governo na Câmara para encampar o novo projeto.

Depois, porém, o major Vitor Hugo, avisou ao relator da reforma da Previdência na comissão especial, Samuel Moreira, que não haverá uma nova proposta. O mais provável é que os pontos de mudanças sugeridos pelos deputados não tenham agradado à equipe econômica, desidratando demais o texto e reduzindo a potência da economia fiscal.

Sem um consenso entre Executivo e Legislativo, a tendência é de que a discussão sobre a nova Previdência seja ainda mais demorada, mantendo a pressão nos negócios locais, que apostou alto na aprovação de uma reforma potente ainda neste ano. Com isso, os investidores devem seguir abrigados no dólar e afastados do risco na Bovespa, ao mesmo tempo em que recompõem prêmios na estrutura a termo da curva de juros futuros.

Ao menos, agora, o Banco Central resolveu agir. Um dia após a moeda norte-americana confirmar o rompimento da barreira psicológica de R$ 4,00 e encostar-se à faixa de R$ 4,10, a autoridade monetária informou que realizará de hoje até quarta-feira três leilões de linha (venda de dólar com compromisso de recompra), no total de US$ 3,75 bilhões.

Ameaça de caos

Os investidores estão assustados com a falta de habilidade do governo Bolsonaro em enfrentar as recentes crises políticas e com o tom de campanha do presidente, que prefere partir para o confronto, ao invés de optar pela governabilidade e negociar consensos provisórios. A ausência de diálogo entre os dois poderes é cada vez mais evidente.

Leia Também

Isso tem levado uma ala mais radical de apoio ao presidente a defender a dissolução do Congresso. Um texto compartilhado por Bolsonaro nas redes sociais teria exacerbado os ânimos entre os apoiadores e aumentado a tensão entre a classe política. Na mensagem, o presidente afirma que “o Brasil, fora de conchavos, é ingovernável”, atribuindo os riscos de desgoverno por causa da corrupção generalizada em Brasília, desqualificando o Legislativo.

Muitos, portanto, leram o texto distribuído por Bolsonaro como um aceno à radicalização, para que o presidente assuma o protagonismo na cena política, colocando todas as cartas na ameaça do caos. Essa intenção explica porque o governo não quer que a reforma da Previdência tenha o carimbo do Congresso, levando os louros pela aprovação da matéria.

Mais que isso, a mensagem do presidente foi entendida como uma convocatória para um ato pró-governo previsto para domingo, de modo a medir forças com a oposição nas ruas, após a paralisação nacional contra cortes na educação. “Somente com o apoio de todos vocês poderemos mudar de vez o futuro do nosso Brasil!”, disse Bolsonaro, na rede social.

Com isso, não se sabe as chances reais de votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, em julho. Por mais que se diga que há uma boa vontade dos parlamentares em aprová-la, os efeitos da falta de diálogo com o Congresso ainda são desconhecidos. Na prática, nada anda, ainda mais sem o aval do Centrão.

O estilo “franco” de Bolsonaro aumenta a insegurança e o teste de fogo virá da MP da reforma ministerial, que precisa ser aprovada até o início de junho. O Centrão só concorda em diminuir o número de ministérios se o Coaf - o conselho que apontou movimentação atípica na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz - ficar fora da alçada do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Guerra prolongada

Já no exterior, o mercado internacional está se acostumando, aos poucos, com a ideia de que a guerra comercial entre EUA e China será longa. Pequim parece cada vez menos interessado em retomar as negociações com Washington, sinalizando que um acordo ficará suspenso até o encontro dos líderes Donald Trump e Xi Jinping no Japão, durante o G-20.

Trump, porém, se diz “muito feliz” com a guerra comercial e afirmou que a economia chinesa não irá superar a norte-americana, tornando-se uma superpotência do mundo, enquanto ele estiver no comando. “A China obviamente não está indo tão bem como nós”, disse, em entrevista à Fox News, indicando que também não está com pressa de voltar a negociar com Pequim.

Em reação, as bolsas chinesas fecharam em queda nesta segunda-feira, na contramão do sinal positivo que prevaleceu na Ásia. Xangai caiu 0,4% e Hong Kong teve queda de 0,6%, refletindo à decisão do Google de revogar a licença da Huawei para uso do sistema operacional Android. A decisão ocorreu após o governo Trump incluir a fabricante na “lista negra”.

Tóquio, por sua vez, subiu 0,2%, após o inesperado crescimento de 2,1% da economia japonesa nos três primeiros meses deste ano, ofuscando as incertezas sobre a economia global. No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta, mas as principais praças europeias iniciaram a sessão sem rumo definido.

Entre as moedas, destaque para o dólar australiano, que avança após a vitória surpreendente do conservador Scott Morrison, que foi reeleito como primeiro-ministro. Na Índia, os ativos também subiram, diante dos sinais de que o primeiro-ministro Narendra Modi deve seguir no poder. Nas commodities, o petróleo avança com a oferta limitada.

Agenda fraca traz poucos destaques

A agenda doméstica desta semana traz como destaque dados sobre a confiança de diferentes agentes econômicos, a partir de amanhã, e a prévia da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15), na sexta-feira. Ao longo da semana, são esperados os números de abril sobre o emprego formal (caged) e a arrecadação federal.

Hoje, saem a segundo prévia de maio do IGP-M (8h) e o relatório de mercado Focus do Banco Central (8h25). A pesquisa junto ao mercado financeiro pode trazer novas revisões de 2019 na estimativa de crescimento da economia (PIB) e sobre o rumo da taxa de juros (Selic), para baixo; e para cima, na previsão do dólar e para a inflação (IPCA).

À noite, merece atenção o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Aliás, o Fed concentra as atenções do exterior nesta semana, tendo como auge a divulgação da ata da reunião de maio, quando não corroborou as expectativas de que o próximo movimento na taxa de juros norte-americana seria de corte.

O documento será publicado na quarta-feira. Um dia antes, saem dados do setor imobiliário norte-americano. Um dia depois, destaque para dados preliminares sobre a atividade nos setores industrial e de serviços nos EUA e na zona do euro, que podem mostrar em maio a continuidade do enfraquecimento da economia observado em abril.

Na União Europeia como um todo, destaque para a eleição do Parlamento europeu, na quinta-feira, da qual o Reino Unido fará parte, apesar da tentativa de separação do bloco comum. Aliás, o prazo final do Brexit está se aproximando e parece que a primeira-ministra britânica, Theresa May, vai sair primeiro. Na China, o calendário da semana está esvaziado.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad

22 de novembro de 2024 - 8:41

Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões

SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

AGORA VAI?

China de olho na artilharia de Trump: conselheiros de Xi Jinping defendem crescimento de 5% para 2025, mas querem calibre maior de estímulos

21 de novembro de 2024 - 19:55

Fontes de dentro do governo chinês ouvidas pela Reuters mostram divisão sobre a meta de expansão da segunda maior economia do mundo no ano que vem; uma decisão só será tomada em março

PREÇO JUSTO?

Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem

21 de novembro de 2024 - 18:45

Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

MAS VOCÊ NÃO É TODO MUNDO...

Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país

21 de novembro de 2024 - 16:53

Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar

PROPINA CRIPTOGRAFADA

Governo da China expulsa ex-chefe do projeto do yuan digital sob alegações de corrupção

21 de novembro de 2024 - 16:15

Yao Qian é acusado de receber subornos em criptomoedas, bens de luxo e propriedades, além de realizar empréstimos ilegais enquanto ocupava cargo público

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

SADIA NO MUNDO

Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões

20 de novembro de 2024 - 16:50

Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta

LAÇOS FORTALECIDOS

De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais

20 de novembro de 2024 - 14:32

Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países

PRINCIPAL PARCEIRO

Brasil e China: em 20 anos, comércio entre países cresceu mais de 20x e atingiu US$ 157,5 bilhões em 2023

20 de novembro de 2024 - 10:35

Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar