Mercado comemora boas novas
Possível acordo entre republicanos e democratas para evitar shutdown e alta do presidente Bolsonaro de unidade semi-intensiva animam negócios

Um acordo provisório entre republicanos e democratas no Congresso sobre segurança na fronteira deve ser capaz de evitar uma nova paralisação do governo norte-americano (shutdown), o que anima os mercados no exterior nesta manhã. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem alta firme, o que deve embalar os negócios locais.
Esse movimento tende a ser potencializado diante da melhora do quadro clínico do presidente Jair Bolsonaro. Ontem, ele recebeu alta da unidade de terapia semi-intensiva e já está no apartamento do Hospital Israelita Albert Einstein. Porém, ainda não há previsão de alta do presidente, mas o estado de saúde dele é “melhor a cada dia”.
Os investidores devem, enfim, comemorar essas boas novas. Nos últimos dias, os negócios locais estavam carentes de notícias positivas, capazes de engatar uma correção no mercado financeiro doméstico. Com isso, o Ibovespa deve reaver a faixa dos 95 mil pontos, enquanto o dólar pode interromper a sequência de quatro altas, afastando-se da faixa de R$ 3,75.
Isso porque a ausência do presidente Bolsonaro no front, devido aos problemas de saúde, era tida como a principal razão (ou desculpa) para o sentimento mais negativo nos ativos brasileiros. Os investidores estavam se sentindo um pouco decepcionados com a falta de coordenação do novo governo em torno da agenda de reformas.
Agora, devem ser renovadas as expectativas em torno do andamento da reforma da Previdência no Congresso. A proposta final do governo sobre as novas regras para a aposentadoria deve ser conhecida na semana que vem, quando também deve ser enviada à Câmara dos Deputados.
A previsão do presidente da Casa, Rodrigo Maia, é de que a matéria seja votada até a segunda quinzena de maio, para, então, ser encaminhada ao Senado. Antes, porém, o governo precisa construir uma base aliada, que ainda não está formada, e garantir os 308 votos necessários para aprovar o texto, em dois turnos.
Leia Também
Ventos favoráveis
O exterior também traz ventos favoráveis. Legisladores dos Estados Unidos concordaram em incluir a verba de US$ 1,375 bilhão para a construção de 55 novas milhas de cercamento na área do Vale do Rio Grande, no Texas, na fronteira do país com o México. O valor é inferior aos US$ 5,7 bilhões solicitados por Donald Trump, mas pode ser o suficiente para manter a administração federal funcionando e evitar o decreto de emergência nacional.
Em reação, as principais bolsas asiáticas fecharam em alta, com os ganhos liderados por Tóquio, que subiu mais de 2,5%. O sinal positivo vindo de Wall Street embalou os negócios e também anima a abertura do pregão europeu. O dólar mostra força e é cotado nos maiores níveis desde janeiro, ao passo que os bônus norte-americanos avançam.
Já na China, Hong Kong e Xangai tiveram valorização bem mais comedida, sendo que o yuan chinês (renminbi) ficou estável. Os investidores esperam, agora, que os EUA não tenham um ‘momento difícil” com Pequim, à medida que acontecem negociações comerciais de alto nível entre os dois países.
Mas a desconfiança quanto a um amplo acordo de comércio entre EUA e China permanece. Ainda não se sabe se as negociações entre as autoridades dos dois países nesta semana serão suficientes para adiar novos aumentos nas tarifas norte-americanas sobre produtos importados chineses.
Por ora, a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo tende a seguir indefinida, com chances de novas rodadas de conversações, mesmo após o fim da trégua tarifária, no início do mês que vem. Sem acordo, a economia mundial pode seguir em desaceleração, com o crescimento global podendo ser o mais lento em uma década.
E esse temor permanece como pano de fundo nos mercados globais…Para tanto, as negociações comerciais são fundamentais. Os investidores esperam os motores de crescimento comecem a nivelar ao redor do mundo, de modo a permitir um longo caminho de valorização dos ativos mais arriscados.
Ata dura
A agenda econômica desta terça-feira traz como destaque a ata da reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento deve reforçar o tom mais duro (“hawkish”) do Banco Central trazido no comunicado que acompanhou a decisão da semana passada, de manter a Selic no piso histórico de 6,50% pela sétima vez seguida.
Para o BC, ainda existem riscos assimétricos à inflação, relacionados à eventual frustração das expectativas em torno das reformas estruturais e ajustes à economia brasileira e também à piora do cenário externo. Ambos os fatores podem pressionar para cima os preços ao consumidor e as expectativas para o IPCA no cenário à frente.
Com isso, o Copom deve reafirmar, na ata, a orientação de estabilidade na Selic, trazida no comunicado, mantendo fechada a possibilidade de cortes adicionais no juro básico - por ora. O documento do BC será divulgado às 8h. Depois, às 9h, é a vez dos dados atualizados sobre a safra agrícola neste ano.
No exterior, o destaque fica com o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 15h45. A expectativa é de que ele reafirme que o Fed será “paciente” na condução da taxa de juros norte-americana neste ano. Entre os indicadores, sai apenas o relatório Jolts sobre as vagas de emprego disponíveis nos EUA em dezembro (13h).
Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano
Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial
Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como
Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam