🔴 AÇÕES, FIIs, DIVIDENDOS, BDRs: ONDE INVESTIR EM ABRIL? CONFIRA +30 RECOMENDAÇÕES AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Agenda vazia é oficina de volatilidade para os ativos

Mercado financeiro mostra ausência de direção firme, em meio à falta de clareza no cenário à frente e expectativa em relação à ação coordenada dos BCs

Olivia Bulla
Olivia Bulla
11 de setembro de 2019
5:40 - atualizado às 6:31
Investidor espera desfecho da guerra comercial, Brexit e Previdência até outubro

Se a ausência de notícias relevantes e a falta de rumo único marcou este início de semana no mercado financeiro, essa indefinição nos negócios tende a ser potencializada hoje, véspera de decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). Afinal, os investidores esperam por mais estímulos monetários, acreditando que a postura suave (“dovish”) dos bancos centrais será capaz de frear a desaceleração da atividade econômica global.

Mais que isso, os investidores querem acreditar que uma nova ação coordenada entre os principais BCs irá ajudar na recuperação da economia, resgatando o crescimento nos países mais desenvolvidos. Porém, ainda não se sabe se essa expectativa será frustrada nem se essa perspectiva é sustentável, o que amplia a cautela nos mercados. Ou seja, a volatilidade deve continuar deixando os negócios sem uma direção firme hoje.

Esse movimento reflete, em verdade, a falta de clareza do mercado em relação ao horizonte à frente, turvado pelas incertezas na negociação comercial entre Estados Unidos e China e sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), além da demora na votação das novas regras para aposentadoria no Brasil. A esperança é de que esses três fatores tenham um desfecho em outubro. Mas, por ora, há menos confiança no cenário de curto prazo.

Por isso, o mercado financeiro se volta para os BCs. Após os renovados sinais de fraqueza da atividade econômica pelo mundo, com a recessão batendo à porta dos EUA, os investidores passaram a bola para os bancos centrais, com o claro recado de que esperam por estímulos adicionais neste mês. E a nova rodada pode ter início amanhã, com o BCE, em meio às apostas de taxas de juros mais negativas na zona do euro.

Exterior espera em alta

À espera do anúncio da decisão de juros e da entrevista coletiva do presidente da autoridade monetária na zona do euro, Mario Draghi, as principais bolsas europeias iniciaram a sessão em alta firme, diante da expectativa de um grande pacote de estímulo na região. Já o euro recua, com rumores de que o BCE irá introduzir um sistema de depósitos em camadas, sujeitos a taxas negativas.

O dólar, aliás, mede forças entre as moedas rivais, mas perde terreno para algumas divisas emergentes, abrindo espaço para uma valorização do petróleo, antes de importantes divulgações sobre a commodity hoje. Na Ásia, as principais bolsas da região encerraram a sessão no campo positivo.

Leia Também

Os investidores também foram incentivados pela falta de más notícias na frente comercial, diante da crescente percepção de que as duas maiores economias do mundo devem caminhar em direção à neutralidade. Aliás, a China divulgou uma lista com 16 produtos que devem ser isentos da tarifa extra de 25% sobre a importação dos EUA, a partir do próximo dia 17, com vigência de um ano.

Entre os produtos isentos, estão frutos do mar e medicamentos para combater o câncer, mas a taxação sobre produtos agrícolas, como soja e carne de porco permanece, o que mantém a pressão sobre os fazendeiros norte-americanos. Em relação ao encontro sino-americano em Washington no mês que vem, a imprensa chinesa notícia que Pequim irá introduzir “medidas importantes para aliviar o impacto negativo da guerra comercial”, beneficiando algumas empresas da China e dos EUA.

Em reação, a Bolsa de Tóquio quase 1%, enquanto Hong Kong avançou mais que isso (+1,7%). Na China continental, os principais índices acionários em Xangai e em Shenzhen caíram 0,4% e -0,9%. Ainda na região Ásia-Pacífico, Seul ganhou 0,8%, após a Coreia do Sul decidir acionar a OMC contra o Japão, enquanto Sidney teve alta de 0,4%.

Em Nova York, o sinal positivo também prevalece nos índices futuros das bolsas, com os investidores confiantes em alguma resolução para a guerra comercial. Ao mesmo tempo, Wall Street tenta obter uma imagem mais clara sobre a saúde da economia dos EUA.

Os dados econômicos do país sobre inflação ao consumidor (CPI) e vendas no varejo, amanhã e sexta-feira, podem clarear o cenário. Ainda assim, o mercado financeiro espera que o Federal Reserve corte a taxa de juros norte-americana na reunião da semana que vem, de modo a manter o crescimento econômico dos EUA.

Varejo brasileiro em destaque

As vendas no varejo brasileiro (9h) estão em destaque hoje. Os dados referem-se ao mês de julho e podem dar pistas sobre o ritmo da atividade doméstica na virada do primeiro para o segundo semestre deste ano. E a previsão é de ligeira alta na comparação mensal (+0,10%). Ainda assim, o comércio varejista vem perdendo ritmo desde fevereiro.

À tarde (14h30), o Banco Central divulga os números sobre a entrada e saída de dólares do país (fluxo cambial) até o início deste mês, oriundos das contas comercial e financeira. Os dados devem ser acompanhados de perto, agora que a operadora da bolsa, B3, resolveu divulgar o fluxo de capital estrangeiro na renda variável associando a movimentação diária no mercado secundário aos aportes em operações primárias, tipo IPO e follow on.

Já no exterior, os EUA informam o índice de preços ao produtor em agosto (9h30) e os estoques no atacado em julho (11h), além dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país (11h30). Também merece atenção o relatório mensal da Opep (8h).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TIRA CASACO, BOTA CASACO

Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho

9 de abril de 2025 - 10:06

Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda

INVESTINDO EM MEIO AO CAOS

“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora

9 de abril de 2025 - 9:14

Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed

9 de abril de 2025 - 8:45

Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China

LINHA DO TEMPO

Olho por olho: como Trump escalou a guerra de tarifas com a China — e levou o troco de Xi Jinping

9 de abril de 2025 - 6:01

Os mais recentes capítulos dessa batalha são a tarifa total de 104% sobre produtos chineses importados pelos EUA e a resposta de Xi Jinping; o Seu Dinheiro conta como as duas maiores economias do mundo chegaram até aqui e o que pode acontecer agora

DIA 79

Amizade tem preço? Trump diz que arrecada US$ 2 bilhões por dia com tarifas, mas pode perder Elon Musk por isso

8 de abril de 2025 - 20:45

O bilionário não economizou críticas à política tarifária do presidente norte-americano — um teste de fogo para a sua influência na Casa Branca

OS PLANOS DO CEO

CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3

8 de abril de 2025 - 16:56

A projeção da Embraer é atingir uma receita líquida média de US$ 7,3 bilhões em 2025 — sem considerar a performance da subsidiária Eve

VAI MINGUAR OU VAI SOBRAR

Dividendos em risco? O que acontece com a Petrobras (PETR4) se o petróleo seguir em queda

8 de abril de 2025 - 16:23

A combinação do tarifaço de Trump com o aumento da produção da Opep+ é perigosa para quem tem ações da petroleira, mas nem tudo está perdido, segundo o UBS BB

LADEIRA ABAIXO

Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos

8 de abril de 2025 - 15:52

Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)

TÁ PEGANDO FOGO

Trump dobra a aposta e anuncia tarifa de 104% sobre a China — mercados reagem à guerra comercial com dólar batendo em R$ 6

8 de abril de 2025 - 15:03

Mais cedo, as bolsas mundo afora alcançaram fortes ganhos com a sinalização de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais; mais de 70 países procuraram a Casa Branca, mas a China não é um deles

MERCADOS HOJE

Wall Street sobe forte com negociações sobre tarifas de Trump no radar; Ibovespa tenta retornar aos 127 mil pontos

8 de abril de 2025 - 13:20

A recuperação das bolsas internacionais acompanha o início de conversas entre o presidente norte-americano e os países alvos do tarifaço

PITACO

Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído

8 de abril de 2025 - 10:39

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho

8 de abril de 2025 - 8:15

Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Guerra comercial abre oportunidade para o Brasil — mas há chance de transformar Trump em cabo eleitoral improvável de Lula?

8 de abril de 2025 - 6:37

Impacto da guerra comercial de Trump sobre a economia pode reduzir pressão inflacionária e acelerar uma eventual queda dos juros mais adiante no Brasil (se não acabar em recessão)

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: A arte da negociação — ou da guerra?

7 de abril de 2025 - 20:00

Podemos decidir como as operações militares começam, mas nunca será possível antecipar como elas terminam. Vale para a questão militar estrito senso, mas também se aplica à guerra tarifária

DIA 78

Tarifas de Trump: o dia que o mercado caiu em uma fake news e não sabia que o pior estava por vir

7 de abril de 2025 - 19:36

Wall Street chegou a operar com alta de 1% por cerca de dez minutos nesta segunda-feira (7), mas a alegria durou pouco; entenda toda a confusão

MULTIPLICANDO A CARNE

Minerva prepara aumento de capital de R$ 2 bilhões de olho na redução da alavancagem. O que muda para quem tem ações BEEF3?

7 de abril de 2025 - 19:29

Com a empresa valendo R$ 3,9 bilhões, o aumento de capital vai gerar uma diluição de 65% para os acionistas que ficarem de fora da operação

A REALIDADE BATEU NA PORTA

EUA já estão em recessão, diz CEO de uma das maiores gestoras de ativos do mundo

7 de abril de 2025 - 17:31

Larry Fink, CEO da BlackRock, acredita que a inflação vai acelerar e dificultar a vida do banco central norte-americano no corte de juros

ENGORDOU A FORTUNA

Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025

7 de abril de 2025 - 16:03

O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta

BILIONÁRIO COM APETITE RENOVADO

Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3

7 de abril de 2025 - 12:14

Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel

ELEITORES ARREPENDIDOS?

Bilionário Bill Ackman diz que Trump está perdendo a confiança dos empresários após tarifas: “Não foi para isso que votamos”

7 de abril de 2025 - 12:02

O investidor americano acredita que os Estados Unidos estão caminhando para um “inverno nuclear econômico” como resultado da implementação da política tarifária do republicano, que ele vê como um erro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar