BTG Pactual estima dólar de R$ 3,40 a R$ 5,0 a depender do cenário
Projeções da instituição consideram risco-país, títulos americanos e reformas. Cenário mais provável sugere câmbio a R$ 3,90 no fim de 2019
O mercado de câmbio é conhecido por humilhar os economistas pela sua intrínseca imprevisibilidade. Neste ano, assistimos a cotação do dólar sair de R$ 3,20 em janeiro, para R$ 4,20 no ápice da incerteza eleitoral. Recuar para R$ 3,65 no fim de outubro e retomar a linha de R$ 3,90 no começo desta semana, chamando o Banco Central (BC) a atuar no mercado à vista.
Projeções não são promessa, por isso mesmo toda a instituição que tenta “prever” o comportamento das variáveis econômicas, trabalha com cenário e premissas.
No seu mais recente exercício, o BTG Pactual desenhou três cenários possíveis para o comportamento da taxa de câmbio em 2019. Um cenário base, um otimista e outro pessimista. A depender do que for considerado, o dólar pode ir testar os R$ 3,40, subir a R$ 5,0, ou ficar próximo aos atuais R$ 3,90.
- Cenário base. Nesse exercício, o modelo de projeção do banco foi calibrado considerando um spread para o risco-país (aqui medido pelo CDS, espécie de seguro contra calotes) em 225 pontos-base. Taxa de juro dos títulos americanos de 3,5% (atualmente está na casa dos 3%). E uma reforma “moderada” da Previdência aliada a outras medidas que permitam o cumprimento do teto de gastos. Neste caso o dólar termina 2019 em R$ 3,90, mesmo patamar estimado para o fim deste ano e bastante próximo da projeção feita em agosto de dólar entre R$ 3,80 a R$ 3,90. Esticando para 2020, a previsão é de dólar a R$ 3,85, embutindo aqui uma expectativa de valorização das commodities.
- Cenário alternativo benigno. O spread do risco-país cai para 150 pontos no fim de 2019, as taxas americanas permanecem ao redor dos 3%, e a reforma da Previdência é aprovada junto com outras medidas de consolidação fiscal e aumento da produtividade. Nesse contexto, o dólar iria a R$ 3,40
- Cenário alternativo adverso. Aqui o risco-país subira, abrindo 400 pontos de spread, e as taxas de juros dos EUA iriam para a linha dos 4%. Esse cenário é compatível com uma reforma diluída da Previdência (apenas setor privado, por exemplo) e um grande impasse político com relação à agenda de privatizações e abertura econômica. Esse quadro seria compatível com dólar a R$ 5,0.
Outro vetor do modelo é o DXY, que mede o comportamento do dólar ante uma cesta de moedas. A premissa é que o índice ficará estável, ao redor dos atuais 97 pontos, até 2020. No entanto, dado o quadro de fortalecimento global do dólar, esse parâmetro vai continuar sendo monitorado pelos analistas do banco. Se o DXY recuar para a linha dos 90 pontos em 2020, o quadro para o real ficaria mais favorável, gerando uma valorização de até R$ 0,30.
Dólar hoje
A cotação da moeda americana marca o segundo o dia de baixa após as atuações do Banco Central (BC). Foram dois leilões de linha com compromisso de recompra totalizando US$ 3 bilhões entre ontem e hoje. Por volta das 16h15 a moeda caía 0,74%, a R$ 3,8451.
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A atuação no mercado à vista, segundo o próprio BC, busca dar liquidez ao mercado nesse período ano que é marcado por um aumento nas remessas de lucros e dividendos para fora do país. Pelo menos desde 2011, o BC mantém essas atuações no fim de novembro e dezembro.
Os dados sobre o fluxo cambial no mercado à vista mostram acentuada saída na conta financeira. Na semana encerrada dia 23, o fluxo nessa rubrica foi negativo em US$ 5,473 bilhões, enquanto a conta comercial teve entrada de US$ 2,904 bilhões. No mês, o fluxo cambial total é negativo em US$ 3,720 bilhões. Os dados referentes a essa semana serão conhecidos na próxima quarta-feira.
Outro dado que indica o motivo da entrada do BC no mercado é a posição de câmbio dos bancos no mercado à vista. As instituições financeiras estão vendidas em cerca de US$ 9,4 bilhões. Isso quer dizer que os bancos já estavam provendo liquidez ao mercado por meio de suas linhas externas.
Essa posição vendida já passou dos US$ 20 bilhões em março deste ano e mudou para posição comprada de US$ 4,5 bilhões em julho. As variações conversam com o fluxo cambial e também com a disposição dos bancos em ofertar linhas ao mercado e o custo desses empréstimos externos.
Tanto a saída que vemos no fluxo cambial, como a atuação do BC não mudam o quadro de ampla solvência externa do mercado brasileiro. No ano, o fluxo cambial ainda é positivo em US$ 14,6 bilhões. Nas contas externas, o déficit em conta corrente de US$ 15,4 bilhões em 12 meses até outubro é amplamente financiado pelo investimento externo, que soma US$ 75 bilhões no mesmo período.
Por isso, o movimento de saída de moeda pode ser classificado como algo pontual e que não traz outras preocupações.
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