Bolsonaro tenta derrubar líder na Câmara, sofre derrota e destitui Joice Hasselmann da liderança no Congresso
Presidente atuou pessoalmente para tentar derrubar Delegado Waldir, mas movimento foi falho e apenas aprofundou a crise no partido
O grupo do PSL ligado ao presidente Jair Bolsonaro sofreu uma dura derrota na manhã desta quinta-feira, 17, com a consolidação do deputado Delegado Waldir (PSL-GO) como líder da bancada na Câmara. A estratégia feita pelo grupo ontem de protocolar duas listas com um pedido de destituição de Waldir e a nomeação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo falhou.
Ao conferir as assinaturas no documento, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara invalidou um nome na primeira tentativa e três no outro. Com isso, o documento apresentado pelo grupo ligado ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), teve um maior número de assinaturas e prevaleceu, com o pedido de manutenção de Waldir. A Secretaria-Geral da Mesa formalizou nesta tarde a decisão de manter Waldir na função.
O presidente Jair Bolsonaro atuou pessoalmente para tentar derrubar Waldir. Em áudio vazado, ele pediu a parlamentares da sigla que assinassem a lista para destituir o deputado e apoiassem o nome do seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o posto. O pedido foi gravado por um deputado não identificado.
A troca do líder foi defendida por Bolsonaro após, um dia antes, Delegado Waldir orientar a bancada do PSL a votar contra uma Medida Provisória que tratava da reestruturação administrativa da Casa Civil e da Secretaria de Governo. A manobra segurou a votação por duas horas e, embora a MP tenha sido aprovada, o gesto representou uma vitória do grupo 'bivarista'.
Ontem, ao protocolar a primeira lista, o grupo de deputados ligados ao presidente Bolsonaro chegou a dar uma coletiva e Eduardo fez um pronunciamento.
"Estou vindo para tentar colocar um pouco de panos quentes", disse o filho do presidente na noite de quarta-feira. "Muitos deputados foram retirados de comissões. Ocorreu uma retaliação e pareceu que se estava fazendo política com o fígado. Agora, todos os temas como a embaixada ou a viagem para a Ásia são secundários".
Leia Também
Nomes repetidos
Quatro deputados do PSL assinaram ao mesmo tempo os pedidos para que Eduardo Bolsonaro fosse líder da bancada na Câmara e também puseram os próprios nomes na solicitação para que Delegado Waldir permanecesse no cargo.
Os nomes que aparecem em todos os três documentos da "guerra de listas" do PSL são os dos deputados Daniel Silveira (RJ), Luiz Lima (RJ), Coronel Chrisóstomo (RO) e Professor Joziel (RJ). Segundo Silveira, a assinatura em todas as listas foi uma estratégia. Ele, que faz parte do grupo de parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, disse que a ideia foi deixar o outro grupo "relaxado" de que já tinham maioria e parasse de coletar mais adesões. Silveira afirma ainda que novas listas devem ser protocoladas pelo grupo que quer Eduardo Bolsonaro como líder.
Presidente imparcial
Ameaçado de expulsão do PSL, o deputado federal Bibo Nunes (RS) saiu nesta quinta-feira (17) em defesa do presidente e afirmou que ele teria tido uma atitude imparcial diante da composição do partido. "O presidente não ligou para ninguém. Ele recebeu a ligação passada por outro."
O deputado, que reuniu-se na manhã desta quinta com o secretário de governo, Luiz Eduardo Ramos Pereira, afirmou ainda que o presidente não queria o nome de Eduardo para a liderança. "Ele foi taxativo", disse o deputado sobre o presidente. "Ele é meu filho e não vai ser bom", teria dito o presidente, de acordo com Nunes. Ainda de acordo com o deputado, o nome de Eduardo foi aceito como uma opção temporária, para que o partido ganhasse tempo até dezembro. Diante desse cenário, completou Nunes, o presidente teria aceitado a opção.
Nunes criticou o deputado que vazou a gravação do diálogo do presidente Bolsonaro. "A carreira dele está acabada". Para o deputado, as declarações contidas no áudio que mostram que o presidente opinava sobre substituição do deputado Waldir, são normais. "Conversando, o presidente é incisivo, é normal" disse, para mais tarde completar. "Ele é contundente, é o estilo dele."
De acordo com o deputado, a permanência de Eduardo Bolsonaro na liderança teria como objetivo principal "apaziguar" os ânimos do partido. A indicação do deputado para a embaixada, ficaria para depois.
Nunes está em rota de colisão com a presidência do PSL e é ameaçado de expulsão. "Essa briga começou há três meses. Perdi tudo", disse. "Só que promete me expulsar e não expulsa, porque não tem motivo. Mas se me expulsar é uma honra. Uma placa de ouro sair do PSL que é contra os princípios do Bolsonaro."
Hasselmann derrubada
Na esteira da crise política, Bolsonaro resolveu retirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso. O substituto no cargo será o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), vice-líder do governo no Senado atualmente.
A situação de Joice ficou insustentável no governo após a deputada assinar uma lista de apoio à permanência de Delegado Waldir na liderança do PSL na Câmara. O porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, fez o anúncio oficial da substituição.
"Sendo uma prerrogativa do presidente da República escolher seus líderes para representar o governo no poder legislativo, será encaminhada mensagem ao Congresso nacional informando a substituição da Deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) pelo Senador Eduardo Gomes (MDB-TO) na função de líder do governo naquela casa legislativa", afirmou.
Joice foi escolhida líder do governo em fevereiro, pela indicação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e tinha bom trânsito com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que no início do governo era responsável pela articulação política. Ela vinha perdendo espaço, no entanto, desde que a articulação foi repassada para a Secretaria de Governo, em agosto. O ministro Luiz Eduardo Ramos, titular da pasta, deu preferência ao líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Em um tuíte, a deputada se despediu do cargo que ocupava. "Deixo a liderança no Congresso com dever cumprido", escreveu a deputada. Hasselmann diz não se importar com o que considerou "ingratidão", disse ter "couro duro" e que irá seguir "apoiando o Brasil".
https://twitter.com/joicehasselmann/status/1184931532374454272
"Vou implodir o presidente"
Pivô da nova crise, Delegado Waldir afirmou em reunião interna da ala ligada a Bivar que vai "implodir" o presidente Jair Bolsonaro. O áudio do encontro, gravado por um dos presentes, foi obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
"Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo", afirma Waldir. Logo em seguida, alguém não identificado o alerta: "Cuidado com isso, Waldir."
Na reunião, ocorrida no fim da tarde no gabinete da liderança do PSL na Câmara, deputados relataram que estavam sendo pressionados por Bolsonaro a assinar uma lista para destituir Waldir e apoiar Eduardo Bolsonaro.
Dois parlamentares relataram ter recebido os pedidos em reunião com o próprio presidente no Palácio do Planalto. "Os meninos chegaram lá e o presidente disse: 'Assina se não é meu inimigo'", diz uma das presentes. "Eu não consegui não assinar", responde o deputado Luiz Lima (PSL-RJ). O deputado Loester Trutis (PSL-MS) também diz ter sido pressionado.
"Nós vamos expulsar, e aqueles que fizerem nós vamos expulsar um por um do partido, ok? A situação é essa. Nós vamos expulsar um por um do partido", diz Waldir na gravação. Procurado pela reportagem para comentar as declarações, o deputado não se manifestou até a publicação da notícia.
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) admitiu ter gravado a reunião da bancada do PSL. De acordo com o parlamentar, o objetivo foi "blindar" Bolsonaro na guerra declarada contra Luciano Bivar.
"Era uma estratégia pensada. Eu, Carlos Jordy (PSL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF). Todo o grupo do Jair para gente poder blindar o presidente", afirmou Silveira.
De acordo com o parlamentar, a estratégia foi pensada em reunião de Bolsonaro com 20 deputados da qual participou ontem, por volta das 16h, no Palácio do Planalto. Lá, eles iniciaram o plano de se infiltrar no grupo de parlamentares ligados a Bivar.
Silveira e outros dois deputados foram para a reunião no gabinete da liderança do PSL. Para convencer que estava do lado de Waldir, ele assinou uma lista de apoio ao líder do PSL. Após gravar a conversa, Silveira voltou ao Planalto e mostrou a Bolsonaro a gravação. "Ele ficou p... da vida", afirmou à reportagem.
O deputado tem experiência em trabalhar disfarçado. Quando era membro da Polícia Militar do Rio, ele atuou na área do Serviço de Inteligência, a chamada P2. A unidade é especializada em atuar disfarçado, muitas das vezes infiltradas, em organizações criminosas para buscar provas de crimes.
Bolsonaro: "não nos deixam em paz"
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, em discurso em uma aula inaugural do curso de formação da Polícia Rodoviária Federal, em Florianópolis (SC), que sua vida no governo "não é fácil", mas que sabia que seria assim. "Não nos deixam em paz, alguns de forma mesquinha buscam atingir o governo. A grande parte quer o bem, mas essa minoria é incansável e isso é lamentável", disse Bolsonaro, acrescentando que prevalece a "vontade de ver o Brasil crescer, economicamente e moralmente".
Em dia de acirramento da crise no PSL, o presidente fez, ainda, um apelo ao Congresso. "Não existe satisfação maior, senhores parlamentares, do que ser reconhecido pelo seu trabalho."
Durante o discurso, Bolsonaro disse também que sua bandeira não é "negociar coisas menores" com o Legislativo. "Minha bandeira é de Brasil acima de tudo, respeito à família, é tratar com dignidade a coisa pública, é não negociar coisas menores dentro do parlamento", afirmou, emendando que tem o dever de "defender a família, a pátria e respeitar a criança dentro da sala de aula".
Fusão com o DEM
O áudio mostra ainda o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Felipe Franceschini (PSL-PR), admitindo o movimento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para fundir o PSL e o DEM, como mostrou o Estado nesta quinta-feira. "Ontem, a gente foi na casa do Rodrigo. Estava o Mendonça (Filho, ex-ministro da Educação), estava o Rodrigo Maia ligando para o ACM (Neto, prefeito de Salvador e presidente do DEM), comigo e com o (Antônio) Rueda (vice-presidente do PSL). Eles estão loucos para fazer a fusão do Democratas com o PSL", afirmou Franceschini.
O presidente da CCJ diz que não quer que aconteça, mas, para isso, a bancada deveria mostrar maior unidade em defesa do PSL e do presidente do partido, Luciano Bivar. "Eu estou tentando segurar essa p.. porque eu não quero que aconteça. Se a bancada passar o recado que não está com o partido, eles vão fazer a fusão e vão liberar todo mundo aqui sem levar fundo, sem levar p... nenhuma. E o Democratas vai ficar com o dinheiro de todos vocês aqui", afirmou.
O PSL tem, hoje, 53 deputados e o DEM, 27. Juntos, teriam 80 deputados e se tornariam a bancada mais forte da Câmara. De acordo com Franceschini, o movimento de fusão está sendo alimentado por Maia. "Eles querem juntar os dois fundos (partidários). Fazer um partido com 100 deputados para a reeleição dele", afirmou Franceschini.
Em junho, o Estado revelou que um grupo de parlamentares avalia, nos bastidores, a possibilidade de apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir reeleições ao comando do Legislativo, sem qualquer limitação. Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já foram consultados reservadamente e deram aval à iniciativa, sob o argumento de que se trata de uma questão interna do Parlamento. Atualmente, a Constituição proíbe que presidentes da Câmara e do Senado sejam reconduzidos ao cargo na mesma legislatura. Isso quer dizer que, em 2021, nem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nem o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), poderão concorrer à reeleição, se essa regra - também contida no regimento das duas Casas - não for alterada.
*Com Estadão Conteúdo.
Ganhou (n)a Loteria: por R$ 600 milhões e valorização de 130%, governo de São Paulo leiloa loteria estadual
Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o valor será convertido para a construção de dois novos hospitais, em Birigui e em Itapetininga
“A esquerda morreu”: o que Lula precisa fazer para se reeleger em 2026 e onde o discurso se perdeu, segundo Felipe Miranda
O segundo turno das eleições municipais consolidou o que já vinha sendo desenhado desde antes do primeiro turno: a força da centro-direita no país. Não dá para esquecer que o resultado das urnas em 2024 é um indicativo de como deve ser a corrida para a presidência em 2026 — e as notícias não são […]
Eleições Goiânia 2024: Sandro Mabel (União) confirma favoritismo e vence Fred Rodrigues (PL); veja o resultado
Apoiado por Ronaldo Caiado, Mabel venceu candidato de Jair Bolsonaro em eleição bem dividida na capital de Goiás
Vale (VALE3) em tempos de crise na China e preço baixo do minério: os planos do novo CEO Gustavo Pimenta após o resultado que agradou o mercado
Novo CEO fala em transformar Vale em líder no segmento de metais da transição energética, como cobre e níquel; ações sobem após balanço do 3T24
Governo envia ao Congresso proposta bilionária para socorrer companhias aéreas — mas valor é bem menor do que se esperava
A previsão é de que os empréstimos sejam operacionalizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Risco fiscal nas alturas: como a situação dos gastos públicos pode se deteriorar de forma acelerada e levar a Selic aos 13%
Se o governo não adotar medidas para controlar o crescimento das despesas obrigatórias, enfrentaremos o risco de desancoragem da inflação, levando os juros para 13% ou mais
Eleições municipais 2024: Bolsonarismo e centro-direita mostram força nas prefeituras e elegem sete dos dez vereadores mais votados do país
Líder na votação para vereador, Lucas Pavanato apoiou Marçal em São Paulo; Na disputa para a prefeitura, Boulos vira maior trunfo da esquerda
Eleições municipais 2024: Veja o resultado da apuração para prefeito; 15 capitais terão segundo turno
A votação de segundo turno acontece no dia 27 de outubro, das 8h às 17h
Regulação das bets deve sair na semana que vem, diz Lula — enquanto mais sete casas de apostas são proibidas de atuar no Brasil
O presidente afirmou que não aceita que os recursos do Bolsa Família sejam usados para apostas e disse que, se a regulamentação não der certo, ele não terá dúvidas de “acabar definitivamente com isso”
Quem ganhou, quem perdeu e quem se destacou no último debate para prefeitura de São Paulo em meio triplo empate técnico entre candidatos
Na mais recente pesquisa do Datafolha, Boulos estava à frente com 26% das intenções de voto, seguido por Nunes e Marçal, ambos com 24% das intenções
França anuncia novo gabinete de centro-direita após vitória da esquerda nas eleições parlamentares; conheça os membros
Novo premiê, Michel Barnier, montou gabinete já aprovado e anunciado pela presidência neste sábado
Governo descongela R$ 1,7 bi do Orçamento e projeção de déficit primário fica dentro da margem de tolerância de 2024; veja as projeções
Contenção do orçamento cai de R$ 15 bi para R$ 13,3 bi, e estimativa de déficit primário recua de R$ 32,6 bilhões para R$ 28,3 bilhões
Dino estabelece ‘orçamento de guerra’ para combate a incêndios — e autoriza governo a emitir créditos fora da meta fiscal
‘Orçamento de guerra’ para combate a incêndios tem modelo similar ao adotado durante a pandemia; liberação vale até o fim do ano
Por que a volta do horário de verão é improvável — ao menos no curto prazo
Essa política geralmente era adotada no mês de outubro de cada ano, até fevereiro do ano seguinte, mas foi extinta em 2019
É o fim do saque-aniversário? Lula dá aval para governo acabar com a modalidade e criar novas alternativas para o uso do FGTS
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, diz estar confiante na possibilidade de convencer o Legislativo do mérito dessa alteração
Governo nega que fará ‘confisco’ dinheiro esquecido pelos brasileiros em bancos para fechar as contas em 2024
Em nota, a Secom ressaltou que os donos dos recursos poderão pedir o saque, mesmo após a incorporação às contas do Tesouro Nacional
Lula revela quando cumprirá promessa de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil
Vale destacar que a correção da tabela do IR ficou de fora do Orçamento de 2025 apresentado pelo governo nesta semana
A novela terminou: Vale (VALE3) anuncia novo CEO com aposta em solução interna
A escolha do sucessor de Eduardo Bartolomeo à frente da Vale põe fim a meses de impasse em relação a quem seria o novo CEO
“Brasília é um dos principais riscos para o Brasil”: por que a irresponsabilidade com o dinheiro público é o que ‘segura’ o país hoje
Na visão de Fernando Siqueira, head de research da Guide Investimentos, o principal problema do Brasil hoje tem endereço certo: Brasília. Em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos, ele elegeu a irresponsabilidade com o dinheiro público como o Ursos não só da semana, mas dos últimos anos. O Urso é uma menção […]
Pesquisa Atlas: saiba quem são os governadores com melhor e pior avaliação do Brasil
O vencedor entre os mais bem avaliados levou a indicação pela segunda vez seguida; aquele com a pior avaliação caiu 11 posições; confira