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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Diesel da discórdia

Bolsonaro: Não quero e não vou intervir na Petrobras

Mensagem foi passada pelo porta-voz da Presidência, depois de Paulo Guedes insistir que está fora de propósito fazer qualquer controle de preços

Eduardo Campos
Eduardo Campos
16 de abril de 2019
19:11 - atualizado às 21:53
O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro - Imagem: Palácio do Planalto/Flickr

O porta-voz da Presidência da República, general Rêgo Barros, passou a mensagem do presidente Jair Bolsonaro depois de reunião para esclarecer a formação de preço dos combustíveis: “Não quero e não vou intervir na Petrobras”.

A fala do porta-voz aconteceu na sequência de uma coletiva de imprensa concedida pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), escalados a falar depois de uma reunião que também contou com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

A principal mensagem passada por Guedes e Albuquerque é a de que a Petrobras tem total liberdade para decidir o quando e o quanto reajustar o preço dos combustíveis.

Guedes explicou que para ele sempre ficou claro que o presidente Bolsonaro pensou na dimensão política de um reajuste no óleo diesel. “Dimensão política é absolutamente natural. O Brasil parou por movimento semelhante de preço rápido”, disse Guedes.

O ministro da Economia também relatou como se deu o contato de Bolsonaro com o presidente da Petrobras para tratar do tema.

Diesel no chope

“O presidente nos disse que ligou para o presidente da Petrobras, com sua franqueza e transparência, falou algo como ‘estou comemorando 100 dias de governo e você está jogando diesel no meu chope’ – e pediu esclarecimentos ´me explica o que está acontecendo'”, relatou.

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Guedes disse que essa é a dimensão política da questão, mas que também há uma dimensão econômica, que é a integridade de preços da Petrobras, e que Bolsonaro deixou claro que estaria fora de propósito fazer qualquer controle de preços ou congelamento.

“Tenho total confiança no presidente. Se fosse uma regra nova, mudança de política ele teria falado comigo. A preocupação do presidente é legítima”, disse Guedes, depois de explicar que ele se preocupa mais com mercado e economia e qualquer coisa que pareça intervenção, mas que ele também tem de reconhecer que Bolsonaro representa 200 milhões de brasileiros e pode estar preocupado com uma greve.

Ainda de acordo com Guedes, a interpretação para os eventos da sexta-feira tanto da mídia quanto do mercado também foi “procedente”.

Convencendo Bolsonaro

Segundo Guedes, foi explicado ao presidente o processo de formação de preço, o que foi feito em outros governos e os riscos que a manipulação e congelamento de preços trazem para a economia.

Perguntado se o presidente se convenceu, Guedes disse que “parece que sim”. Mais enfático, o porta-voz falou que Bolsonaro está “perfeitamente convencido”.

Foi explicado que manipular ou passar a impressão de que teremos manipulação de preços podem atrapalhar os esperados investimentos nos leilões do pré-sal, que podem render R$ 1 trilhão segundo Guedes. “Não queremos ser um governo que manipula preços”, disse o ministro.

“Está muito claro que não pode tem interferência, não queremos fenômeno Dilma muito menos Venezuela”, afirmou Guedes.

Mas e se preço subir muito?

Guedes foi questionado o que poderia ser feito em caso de uma dispara no preço do petróleo. Segundo o ministro, o que se poder fazer é baixar impostos, como PIS/Cofins, “nada de controle de preços”.

“Mas tudo tem preço. Tira de quem? Vai cortar onde? Educação, Saúde, para dar para o caminhoneiro? Isso está claro. Se quiser subsidiar alguém tem que saber que custa para a União e não para a Petrobras”, afirmou.

Política de preços

Tanto Guedes quanto o porta-voz reforçaram que quem estabelece as práticas de preço é a Petrobras.

“A maior demonstração que podemos dar de que foi reunião de esclarecimento é que não saímos com preço fechado”, disse Guedes.

No entanto, o presidente da Petrobras saiu com o encargo de tornar cada vez mais transparente a política de preços.

Guedes fez uma comparação com a política de preços e as decisões de um Banco Central, que tem uma regra clara que o mercado consegue antecipar possíveis altas ou quedas de juros.

“Ou você está em mercado ou você tem que ter regras muitos transparentes que sigam regras de mercado”, disse Guedes.

Quebrando monopólios

Segundo Guedes uma conclusão importante de todos os participantes da reunião é que monopólios e carteis “não nos agradam” e que o governo, como um todo, vai para um choque de energia barata.

Guedes disse que em nenhum lugar do mundo o preço do petróleo sobe e há uma fila de gente batendo na porta do governo. “No mundo inteiro tem competição, esse problema existe aqui porque temos monopólio”, disse, reforçando que o governo vai atuar para quebrar carteis e fazer privatizações.

Ele deu como exemplo o preço do leite, que ninguém chora quanto o preço cai ou sobe porque não tem uma “leitebras”.

"Queremos mudar as condições de mercado, queremos mercados competitivos e não monopólios estatais", afirmou.

Ainda de acordo com Guedes, a causa primária do problema dos caminhoneiros é que o “governo anterior” deu crédito subsidiado e colou 300 mil caminhões no mercado, quando “bateu a recessão” e junto disso subiu o preço do petróleo, “caíram os fretes”.

Segundo Guedes, tem que “amortecer essa crise” para essas pessoas que sabem que estão sendo “esmagadas” pela relação entre número de caminhões e volume de cargas.

Nessa linha, Guedes lembrou das medidas anunciadas pela manhã, como crédito para manutenção de caminhões, a ser liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de melhoria nas estradas e criação de postos de parada.

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