BNDES pode ‘ajudar’ economia com a reforma da Previdência chegar a R$ 1,1 trilhão
Emenda acatada pelo relator, Samuel Moreira, direciona parte da arrecadação do PIS/Pasep para o Regime Geral de Previdência Social
A economia prevista com a reforma da Previdência está ao redor de R$ 915 bilhões, mas a cifra pode passar de R$ 1,1 trilhão se for considerada uma emenda do deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) que tira recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e passa para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Acatada pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), a emenda 108 prevê reduzir a fatia arrecada com o PIS/Pasep e destinada ao BNDES. A reforma já previa uma redução de 40% para 28% dessas receitas para o banco de fomento. A emenda propõe que esses 28% passem a financiar benefícios do RGPS.
Segundo o deputado Eduardo Cury, a emenda pode somar mais de R$ 200 bilhões ao longo de dez anos.
Na justificativa a sua emenda, Cury diz que o BNDES conta com amplas possibilidades de captação de recursos no
mercado financeiro, "que pode muito bem prescindir do funding oriundo das contribuições ao PIS/Pasep e, indiretamente, do Tesouro Nacional".