BC eleva para 0,9% estimativa de alta do PIB em 2019
Estimativa anterior do Banco Central era de 0,8%; instituição também aumentou a estimativa de crescimento do consumo das famílias, de 1,4% para 1,6%
Em meio ao processo ainda lento de retomada da economia, o Banco Central (BC) elevou sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 0,8% para 0,9%. O novo porcentual consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã desta quinta-feira, 26.
"O resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre de 2019 favoreceu o carregamento estatístico para o ano corrente, contribuindo para a elevação da estimativa de crescimento anual", explica o BC, no documento.
- LEIA HOJE: Estão oficialmente abertas (por tempo limitado ou enquanto durarem as vagas) as inscrições para o melhor curso de análise gráfica para enriquecer em qualquer mercado. Entre aqui e aproveite!
Entre os componentes do PIB para 2019, o BC alterou de +1,1% para +1,8% a projeção para a agropecuária. No caso da indústria, a estimativa passou de +0,2% para +0,1% e, para o setor de serviços, foi mantida em +1,0%.
Do lado da demanda, o BC aumentou a estimativa de crescimento do consumo das famílias, de +1,4% para +1,6%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi de +0,3% para -0,3%.
O documento agora divulgado indica ainda que a projeção de 2019 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - foi de +2,9% para +2,6%.
Balanço de pagamentos
O Banco Central também atualizou no RTI, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2019. A projeção para o déficit em transações correntes do País passou de US$ 19,3 bilhões para US$ 36,3 bilhões. A estimativa anterior constou no RTI de junho. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2019 foi de US$ 90,0 bilhões para US$ 75 bilhões.
Leia Também
Essas novas projeções já foram feitas após as mudanças estatísticas implementadas recentemente pelo BC nos dados do setor externo. Como informado na última segunda-feira, 23, a instituição fez uma ampla revisão que teve como consequência a alteração de estatísticas desde 2015. Um dos efeitos práticos da revisão é que o déficit nas contas externas aumentou nos últimos anos, enquanto o IDP diminuiu.
Conforme o RTI publicado nesta quinta, a estimativa para o investimento de estrangeiros em ações de empresas brasileiras - incluindo papéis negociados no País e no exterior - foi mantida em zero. No caso dos títulos de renda fixa negociados no País, a projeção foi de saldo positivo de US$ 15,0 bilhões para US$ 12 bilhões.
O BC informou ainda que sua estimativa para a taxa de rolagem de compromissos no exterior em 2019 passou de 85,0% para 100%.
IPCA
No RTI divulgado em junho deste ano, o BC projetava alta do índice oficial de preços de 3,6% pelo cenário de mercado.
Para 2020, o cenário de mercado indica que o IPCA ficará em 3,6%, porcentual também igual ao visto na ata. No RTI de junho, a projeção era de 3,9%.
Já a projeção para o IPCA de 2021, pelo cenário de mercado, está em 3,7%, indicou o RTI divulgado nesta manhã. No relatório anterior, de junho, o porcentual calculado era de 3,9%. O BC passou a incorporar no relatório divulgado nesta quinta-feira as projeções também para o ano de 2022. No cenário de mercado, a projeção para o IPCA naquele ano é de 3,8%.
O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão. Para 2019, a meta perseguida pelo BC é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,75% a 5,75%).
Cenário de referência
No RTI divulgado em junho, o BC projetava alta do índice oficial de preços de 3,6% pelo cenário de referência.
Para 2020, o cenário de referência indica que o IPCA ficará em 3,6%, porcentual também igual ao visto na ata. No RTI de junho, a projeção era de 3,7%.
Já a projeção para o IPCA de 2021, pelo cenário de referência, está em 3,7%, conforme o RTI divulgado nesta quinta-feira. No relatório anterior, de junho, o porcentual calculado era de 3,9%.
O BC passou a incorporar no relatório de hoje as projeções também para o ano de 2022. No cenário de referência, a projeção para o IPCA naquele ano é de 3,9%.
Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou uma Selic de 6,00% ao ano e um dólar a R$ 4,05.
Selic
Na semana passada, em sua decisão de política monetária, o Copom reduziu a Selic de 6,00% para 5,50% ao ano. Foi o segundo corte consecutivo de meio ponto porcentual no atual ciclo de baixa da taxa básica, após 16 meses de estabilidade.
Na ata do encontro, divulgada na terça-feira, e no RTI desta quinta, o BC também repetiu uma ideia contida no comunicado da semana passada: a de que "a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve ajuste no grau de estímulo monetário, com redução da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual".
Ao mesmo tempo, o BC enfatizou que, apesar da avaliação de que a taxa poderá cair ainda mais, "os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação". Na prática, o recado é de que o Copom tomará sua decisão sobre juros apenas no momento da próxima reunião, marcada para o fim de outubro.
Agenda econômica: Payroll e PCE nos EUA dominam a semana em meio a temporada de balanços e dados Caged no Brasil
Os próximos dias ainda contam com a divulgação de vários relatórios de emprego nos EUA, PIB da zona do euro e decisão da política monetária do Japão
FMI eleva projeção de crescimento do Brasil neste ano, mas corta estimativa para 2025; veja os números
Projeções do FMI aparecem na atualização de outubro do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado hoje
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Inteligência artificial pode alavancar crescimento global, mas não é bala de prata; veja o que mais deveria ser feito, segundo a diretora do FMI
Antecipando-se às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional na semana que vem, Kristalina Georgieva falou da necessidade de regular a IA, fazer reformas e ter cautela com a dívida pública
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados
O (mercado) brasileiro não tem um dia de sossego: Depois da alta da véspera, petróleo ameaça continuidade da recuperação do Ibovespa
Petróleo tem forte queda nos mercados internacionais, o que tende a pesar sobre as ações da Petrobras; investidores aguardam relatório de produção da Vale
Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024
Harmonia com Haddad, meta de inflação e desafios do BC: as primeiras declarações públicas de Gabriel Galípolo como sucessor de Campos Neto
Galípolo, que teve seu nome aprovado pelo Senado Federal na semana passada para assumir o Banco Central, participou do Itaú BBA Macro Vision
O que a Opep prevê para o PIB e a produção de petróleo no Brasil
Opep mantém projeções otimistas para o país, mas alerta para alguns gatilhos negativos, como inflação e aumento nos custos da produção offshore
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil divide holofotes com decisão de juros do BCE e início da temporada de balanços nos EUA
A agenda econômica desta semana ainda conta com relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e PIB da China
Se fosse um país, esta gestora seria a 3ª maior economia do mundo
Com US$ 11 trilhões de ativos sob gestão, empresa só ficaria atrás do PIB dos Estados Unidos e da China
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Lula fala em PIB de 3,5% neste ano, mas ainda não vê “espetáculo do crescimento”
O presidente deu a projeção para o desempenho da economia nesta tarde, em evento empresarial que acontece no México
Agenda econômica: Feriado na China drena liquidez em semana de payroll e dados de atividade das principais economias do mundo
Além dos dados de atividade, os discursos de autoridades monetárias prometem movimentar os mercados financeiros nos próximos dias
Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447
No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado
Fazenda atualiza estimativas e eleva previsão para inflação em 2024; veja quais são os ‘vilões’ do IPCA
Segundo o boletim macrofiscal, a expectativa da Fazenda é de que a inflação volte a cair no acumulado em doze meses após outubro
O tamanho que importa: Ibovespa acompanha prévia do PIB do Brasil, enquanto mercados internacionais elevam expectativas para corte de juros nos EUA
O IBC-Br será divulgado às 9h e pode surpreender investidores locais; lá fora, o CME Group registrou aumento nas chances de um alívio maior nas taxas de juros norte-americanas
Itaú revisa projeção para Selic e agora vê juros a 12% em janeiro de 2025, mas espera dólar (um pouco) mais barato
Relatório do banco aponta ciclo de alta da Selic até atingir certa desaceleração da economia, podendo voltar a cair no final do ano que vem