Os ETFs de fundos imobiliários vêm aí? Banco Inter lança índices de FII e quer lançar fundos indexados a eles
Instituição financeira criou dois índices de metodologia aberta, um composto por “fundos de tijolo” e outro composto por “fundos de papel”; ideia é criar fundos análogos aos ETFs para seguir o desempenho desses indicadores

O Banco Inter está lançando dois índices de fundos imobiliários próprios, com metodologia aberta, para servirem de referência (benchmark) neste mercado.
A ideia é que eles se tornem referência para fundos de índice que a instituição pretende lançar em janeiro, nos moldes dos ETFs, os fundos de índice com cotas negociadas em bolsa.
- Convite especial: Ivan Sant’Anna trouxe uma oportunidade única para você mudar a maneira como investe
O IFI-E é composto pelos chamados “fundos de tijolo”, aqueles que compram e vendem imóveis para aluguel; já o IFI-D é formado por “fundos de papel”, aqueles que apenas investem em títulos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, como CRI e LCI.
Atualmente, o mercado de fundos de investimento imobiliário (FII), cujas cotas são negociadas em bolsa como se fossem ações, conta com um único índice, o IFIX. Ele é composto pelos fundos mais negociados, uma espécie de Ibovespa dos FII. Ainda não existe um ETF do IFIX.
“Criamos esses dois novos índices para medir a performance dos FII de uma maneira mais segmentada”, me disse Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, em entrevista.
Ela explicou que os fundos de imóveis para aluguel e os fundos de papel são hoje maioria no mercado. Eles se misturam no IFIX, mas na verdade têm perfis bem diferentes.
“Os fundos de tijolo têm muita correlação com o mercado de ações. Têm o rendimento do aluguel, mas os imóveis acabam se valorizando quando há movimentos de queda de juros e os preços das cotas podem ser bastante voláteis. Já os fundos de papel são, na realidade, fundos de renda fixa. Têm menos volatilidade e um retorno geralmente mais baixo, mais parecido com o da renda fixa”, disse.
Os índices do Inter serão índices de retorno total, incluindo tanto a valorização das cotas na bolsa quanto os rendimentos pagos. Sua data de início é janeiro de 2020, mas há histórico disponível desde 2014.
Segundo Rafaela Vitória, eles terão metodologia aberta na página do banco Inter, podendo ser replicados por quem o desejar. Deverão também ser disponibilizados em plataformas que acompanham as cotações de índices de mercado.
Ou seja, as informações serão públicas, e os investidores que desejarem poderão replicar as composições dos índices nas suas próprias carteiras. Isso possibilita inclusive o surgimento de fundos que busquem seguir os indicadores.
O IFI-E será composto por até 30 fundos imobiliários já inclusos no IFIX e que invistam pelo menos dois terços do seu patrimônio em imóveis para locação, sendo classificados na categoria Renda.
Já o IFI-D será composto por até 30 fundos imobiliários já inclusos no IFIX e que invistam pelo menos dois terços do seu patrimônio em títulos de dívidas com lastro em ativos imobiliários, sendo classificados como FII de Títulos e Valores Mobiliários.
Os fundos serão selecionados e ponderados nos respectivos índices pelo seu valor de mercado. Não haverá limite de alocação máxima por fundo e o rebalanceamento das carteiras dos índices será quadrimestral, seguindo o rebalanceamento do IFIX.
Histórico
As simulações do Inter mostram que o desempenho dos fundos de papel tem uma maior correlação com o CDI, a taxa de juros que referencia as aplicações de renda fixa.
Desde 2014, o IFI-D rendeu 80,66%, uma média de 10,73% ao ano. De lá para cá, o CDI foi de 77,11%.
Já os fundos de tijolo têm uma correlação maior com o Ibovespa. O IFI-E rendeu 120,03% desde o início da série em 2014, uma média de 14,56% ao ano. O Ibovespa, de lá pra cá, subiu 128,18%.
O ETF de FII vem aí?
A economista-chefe do Inter me explicou que o banco pretende lançar, em janeiro, dois fundos análogos a ETFs de FII.
Eles não serão exatamente ETFs, posto que se o fossem não poderiam distribuir rendimentos isentos de IR para os cotistas, como ocorre com os fundos imobiliários atualmente.
Eles serão fundos de fundos - fundos imobiliários que investirão numa carteira de fundos imobiliários com a exata composição dos índices IFI-E e IFI-D.
Desta forma, eles poderão distribuir os rendimentos dos fundos que compõem sua carteira com isenção de IR para as pessoas físicas e replicar o desempenho dos seus respectivos benchmarks.
Como os FII são fundos fechados que podem ter suas cotas negociadas em bolsa, eles, na prática, acabarão funcionando como ETFs.
Ambos os fundos terão a oferta pública distribuída pelo Inter e outras instituições parceiras ainda não definidas, com cotas posteriormente negociadas na B3.
A ideia é que os custos desses fundos também sejam similares aos dos ETFs, isto é, baixos, dado que se trata de um investimento passivo. “Vai ter apenas uma taxa de administração, que ainda não definimos, mas será apenas para cobrir custos”, disse Rafaela Vitória.
Imóvel na planta: construtora pode levar 6 meses para baixar hipoteca após quitação? Se ela não pagar dívida ao banco, posso perder meu imóvel?
É comum que contratos de compra de imóvel na planta prevejam um prazo para a liberação da hipoteca após a quitação do bem, mas ele pode ser bem dilatado; qual o risco para o comprador?
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Para ficar perto de Trump, Zuckerberg paga US$ 23 milhões por mansão em Washington — a terceira maior transação imobiliária história da capital americana
Localizada a menos de 4 km da Casa Branca, a residência permitirá ao dono da Meta uma maior proximidade com presidente norte-americano
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa hoje após bancão chinês encerrar contrato de locação
Inicialmente, o contrato não aplicava multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo
Como declarar aluguéis pagos e recebidos no imposto de renda 2025
Se você mora de aluguel ou investe em imóveis para renda, não se esqueça de informar os valores pagos ou recebidos pelo imóvel na sua declaração de IR 2025. Confira o passo a passo para declarar aluguéis no imposto de renda
Os gigantes estão de volta: XP Malls (XPML11) divide o pódio com FII logístico entre os fundos imobiliários preferidos dos analistas para abril
Dois fundos imobiliários ocupam o primeiro lugar no ranking de recomendações para abril. Os FIIs favoritos entre os analistas ainda estão sendo negociados com desconto
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Com portfólio do RELG11 na mira, fundo imobiliário GGRC11 anuncia emissão de cotas milionária — e já avisou que quer comprar ainda mais imóveis
A operação do GGRC11 faz parte do pagamento pelo portfólio completo do RELG11, que ainda está em fase de negociações
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Como declarar imóveis no imposto de renda 2025, incluindo compra, venda e doação
A posse de imóveis ou a obtenção de lucro com a venda de um imóvel em 2025 podem obrigar o contribuinte a declarar; mas qualquer um que entregue a declaração deve informar a posse ou transações feitas com bens imóveis
Onde investir em abril? As melhores opções em ações, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional
Em busca de zerar a vacância do fundo imobiliário, VPPR11 anuncia mais um contrato de locação de imóvel em Alphaville
Este é o segundo anúncio de locação de ativos do VPPR11 nesta semana. O FII recentemente lidou com a substituição da gestora XP Asset para a V2 Investimentos
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Após mudança de nome e ticker, FII V2 Prime Properties ganha novo inquilino em imóvel em Alphaville — e cotistas comemoram
A mudança do XP Properties (XPPR11) para V2 Prime Properties (VPPR11) veio acompanhada de uma nova gestora, que chega com novidades para o bolso dos cotistas
Após problema com inadimplência, inquilina encerra contrato de locação do FII GLOG11 — mas cotistas (ainda) não vão sentir impactos no bolso
Essa não é a primeira vez que o GLOG11 enfrenta problemas de inadimplência com a inquilina: em 2023, a companhia deixou de pagar diversas parcelas do aluguel de um galpão em Pernambuco
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Tarifaço de Trump aciona modo cautela e faz do ouro um dos melhores investimentos de março; IFIX e Ibovespa fecham o pódio
Mudanças nos Estados Unidos também impulsionam a renda variável brasileira, com estrangeiros voltando a olhar para os mercados emergentes em meio às incertezas na terra do Tio Sam
RBR Properties (RBRP11) encerra contrato de locação por inadimplência de inquilino — e os cotistas vão sentir os impactos no bolso
Após uma série de atrasos dos aluguéis em 2024 e uma nova inadimplência em fevereiro, o fundo anunciou a rescisão do contrato de locação de um dos principais ativos do portfólio
Correios decidem encerrar contrato de locação com o FII TRBL11; fundo imobiliário indica que vai acionar a Justiça
A estatal havia aberto o processo administrativo para a rescisão do contrato de locação com o TRBL11 em dezembro. Com a decisão, os Correios estabeleceram um prazo para a desocupação do galpão
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária