Banco Central oferta mais US$ 1 bilhão no mercado à vista
Além do leilão de linha com compromisso de recompra BC também comunica rolagem de swap para o dia 2 de janeiro

O Banco Central (BC) segue provendo liquidez no mercado à vista no pregão desta quinta-feira ofertando mais US$ 1 bilhão em linha com compromisso de recompra. O estoque de operações já chega a US$ 11,25 bilhões. Além disso, a autoridade monetária já anunciou que vai começar a rolar os contratos de swap cambial que vencem em fevereiro a partir do dia 2 de janeiro de 2019.
O leilão no mercado à vista acontece entre 11h20 e 11h40, com vencimentos em fevereiro e março de 2019. Nessas operações o BC faz um empréstimo dos dólares das reservas internacionais. Os leilões de linha têm sido usuais desde o fim de novembro e são comuns nos períodos de fim de ano em função do aumento na demanda por moeda à vista pelas empresas que fecham balanços e remetem os recursos para fora do país. Há pouco, o dólar comercial subia 0,55%, a R$ 3,9435.
Ontem, o BC atualizou os dados sobre o fluxo cambial. Em dezembro até o dia 21 a saída líquida de dólares somava US$ 9,115 bilhões, resultado de remessas de US$ 10,505 bilhões na conta financeira e ingresso de US$ 1,390 bilhão na conta comercial. No acumulado do ano, o fluxo ainda é positivo em US$ 2,646 bilhões.
O estoque de linhas ofertado ao mercado está em US$ 5,7 bilhões vincendos em 4 de fevereiro de 2019 e US$ 5,55 bilhões vincendos em 6 de março de 2019. Do total de US$ 11,25 bilhões, US$ 10 bilhões são “linhas novas” colocadas no mercado e US$ 1,25 bilhão é referente à rolagem de operação feita em agosto e que venceria no começo de dezembro.
Swaps Cambiais
Na sexta-feira, dia 21, o BC tinha encerrado a rolagem dos contratos de swap cambial que venceriam em janeiro e somavam US$ 10,4 bilhões. Ontem à noite, o BC comunicou a rolagem dos swaps que vencem em fevereiro e somam US$ 13,4 bilhões.
As operações de rolagem terão início no dia 2 de janeiro de 2019, com a oferta de até 13,4 mil contratos distribuídos entre maio, julho e novembro de 2019. Mantido o ritmo a rolagem será integral.
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Quando o BC promove a rolagem integral dos contratos de swaps ele se mantém “neutro” no mercado, sem alterar o atual estoque de US$ 68,9 bilhões. Se a opção fosse por não realizar a rolagem ou mesmo pela rolagem parcial, o efeito líquido no mercado seria de compra de dólares no mercado futuro.
O swap é um derivativo que relaciona a variação cambial com a taxa de juros em determinado período de tempo. Ele é engenhoso pois é capaz de prover proteção cambial aos agentes de mercado com toda sua liquidação acontecendo em reais. Não se gasta um centavo das reservas internacionais.
Mercado Futuro
No mercado futuro de dólar, o investidor estrangeiro segue reduzindo o tamanho de sua “aposta” contra o real. Em pouco mais de uma semana o estoque comprado caiu em mais de US$ 5,7 bilhões.
É na B3 que comprados, que ganham com a alta do dólar, e vendidos, que ganham com a queda da moeda, protegem suas exposições em outros mercados e fazem apostas direcionais na moeda americana.
No encerramento do pregão de quarta-feira, a posição total do estrangeiro, que considera dólar futuro e cupom cambial (DDI, juro em dólar), seguia comprada em US$ 34,5 bilhões. Mas é a menor desde o fim de setembro, e já caiu em US$ 7,2 bilhões em comparação com o recorde de US$ 41,7 bilhões visto no dia 10 de dezembro. O ajuste ocorre nos contratos de dólar futuro, já que a posição em cupom cambial segue praticamente estável, na linha dos US$ 34 bilhões.
A avaliação de ganhadores e perdedores nesse mercado é sempre feita em tese, pois não sabemos a que preço as posições foram montadas e se esses agentes possuem exposição ao dólar no mercado à vista e de balcão.
Se o estrangeiro vende, alguém compra. No caso, bancos e fundos de investimentos atuaram como a maior contraparte, no que pode ser visto como uma realização de lucros.
A posição vendida líquida dos bancos está em US$ 9,7 bilhões, toda formada por posição em cupom cambial, já que eles carregam posição comprada em dólar futuro de US$ 10 bilhões. No começo do mês, essa posição líquida passava dos US$ 16 bilhões. Já os fundos de investimento seguem vendidos em US$ 26,7 bilhões, posição que tem variado pouco ao longo das últimas semanas.
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