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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Balanço do Tesouro Direto

Investimento no Tesouro Direto desacelera em julho; títulos prefixados foram os mais rentáveis do mês

Dentre os títulos disponíveis para venda, três tiveram retorno negativo no mês, incluindo o mais rentável do ano, que acumula alta de 45% em 2019

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
27 de agosto de 2019
11:48
Baú de Tesouro na praia
Números de investidores ativos e de emissões líquidas em julho foram ligeiramente menores do que em junho. - Imagem: Shutterstock

O investimento no Tesouro Direto desacelerou em julho em comparação ao mês de junho, mostram os dados do balanço divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (27). Os investimentos totalizaram R$ 2.656,8 milhões, contra R$ 2.679,9 milhões em junho.

Já os resgates totalizaram R$ 2.216,0 milhões em julho, frente a apenas R$ 1.683,2 milhões no mês anterior. Em julho, houve vencimento de títulos, que totalizaram resgates no valor de R$ 92,2 milhões.

Com isso, a emissão líquida em julho totalizou R$ 440,7 milhões, contra R$ 996,7 milhões em junho.

O número de investidores cadastrados aumentou de 157.858 para 227.680, totalizando 4.578.915 de participantes, uma alta de 91% em 12 meses; mas nem todos os novatos se dispuseram a colocar dinheiro no Tesouro Direto em julho. Foram apenas 36.373 investidores ativos a mais, contra 37.898 novos investidores ativos em junho.

Ao final de julho, o programa de compra e venda de títulos públicos do Tesouro Nacional totalizou 1.109.363 de investidores ativos, crescimento de 74,4% em 12 meses.

Títulos prefixados foram os mais rentáveis

Dentre os títulos disponíveis para venda, os prefixados foram os mais rentáveis de julho. O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 teve o maior rendimento, com valorização de 2,09%, seguido do Tesouro Prefixado 2025 (+1,92%) e do Tesouro Prefixado 2022 (+1,34%).

Os títulos de longo prazo indexados à inflação, no entanto, viram quedas nos seus preços, motivadas pela alta nos juros futuros de mesmo prazo. O título mais rentável do ano, que valorizou 45% em 2019, teve desvalorização de quase 2% em julho. Trata-se do Tesouro IPCA+ 2045, que acumula alta de quase 80% em 12 meses.

Rentabilidade dos títulos públicos disponíveis para venda no Tesouro Direto em julho de 2019

Fonte: Tesouro Direto

Mesmo com Selic em baixa, pós-fixados foram os títulos mais buscados

O título mais demandado pelos investidores em julho foi o Tesouro Selic, cuja participação nas vendas atingiu 49,5%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) corresponderam a 35,0% do total e os prefixados, 15,6%.

Em relação ao prazo de emissão, 22,0% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimentos acima de dez anos. As vendas de títulos com prazo entre cinco e dez anos representaram 75,3% e aquelas com prazo entre um e cinco anos, 2,7% do total.

A maior parte dos investidores do Tesouro Direto são de pequeno porte: 86% dos aportes em julho foram de até R$ 5 mil. Quase 70% do total de cadastrados são homens. A faixa etária com maior percentual de investidores cadastrados é a de 26 a 35 anos, com 37%.

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