🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Vinícius Pinheiro

Olá, tudo bem?

Eu sou o Vinícius Pinheiro (@vinipinn), repórter especial do Seu Dinheiro. Se você já acompanha esse mundo de economia e finanças é possível que tenha se deparado com alguma das minhas reportagens em jornais como O Estado de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Mas certamente não sabe muito mais sobre mim além do nome que vem no cabeçalho de cada uma dessas matérias.

Imagino que a sensação de escrever um texto sobre si próprio seja parecida com aquela que as pessoas relatam quando passam por uma situação extrema: o filme da sua vida passa pela frente. No meu caso, o filme (ou novela, como preferir) exibido foi o da minha vida profissional.

E a primeira imagem que surgiu, logo depois dos créditos imaginários, foi a de um jovem estudante de jornalismo que nos fins de semana tocava (mal) contrabaixo em uma banda de rock chamada Os Imigrantes, que estava prestes a estourar. Faltava apenas sair da garagem.

Na remota hipótese de a banda não der certo, o plano B era me tornar jornalista de cultura. Eu já me imaginava sendo enviado para congressos internacionais de literatura, onde faria longas entrevistas com prêmios Nobel regadas a charutos e destilados.

A realidade, porém, insistia em se impor. E nela eu precisava despertar todos os dias pouco antes das cinco da manhã, a tempo de pegar o ônibus fretado que me levava de Santos para São Paulo, onde trabalhava como técnico do Procon (sim, o órgão de defesa do consumidor). Depois de passar as oito horas seguintes ouvindo reclamações, ainda precisava descer a serra para assistir às aulas na faculdade.

Eu já estava no último ano do curso de jornalismo em janeiro de 1999 quando cheguei para mais um dia de trabalho. O horário de atendimento começava às 8h e era comum encontrar algumas pessoas à espera na porta do velho prédio da Rua Líbero Badaró. Mas naquela manhã a fila se estendia por vários metros e chegava perto do antigo Banespinha, que anos mais tarde viraria a sede da Prefeitura.

O problema de quase todos à espera de atendimento no Procon naquela manhã era parecido: a prestação do financiamento do carro havia praticamente dobrado de um mês para o outro. Foi só quando se dirigiram ao banco em busca de explicações que eles descobriram que não haviam contraído um empréstimo normal, mas um leasing cambial.

Tratava-se de uma alternativa mais barata de financiar o carro oferecida pelos bancos na época, mas com o pequeno detalhe de o valor dos boletos estar sujeito à flutuação do dólar. Como a cotação da moeda se mantinha controlada pelo regime de bandas, nem os bancos se preocupavam em informar nem os clientes em saber desse risco. Isso, é claro, até as bandas estourarem e o governo passar a adotar o câmbio flutuante.

Perdi a conta de quantos consumidores entre confusos e revoltados atendi nos meses que se seguiram. Nesse meio tempo, fui atrás de mais informações sobre aquela crise, intrigado como problemas em países tão distantes como a Rússia ou a Coreia podiam influenciar a nossa economia. Além, é claro, de nossos próprios erros e fragilidades.

Conforme aprendia, fui tomando gosto por essa coisa de economia. Deixei o Procon, onde era funcionário concursado, logo depois da formatura para abraçar a profissão de jornalista. A banda de rock, quem diria, jamais deixou a garagem, e os planos de entrevistar prêmios Nobel de literatura foram substituídos pelos meus próprios livros de ficção. Escrevi os romances O Roteirista, publicado pela Rocco em 2007, e Abandonado, que saiu pela Geração em 2015 – nenhum deles descoberto (ainda) pela Academia Sueca.

Junto com a paixão (e sofrimento) por escrever, a curiosidade por entender mais sobre economia e finanças só aumentou nesse período. Como repórter, tive a oportunidade de estar bem próximo dos acontecimentos que movimentaram o mercado de capitais brasileiro nos últimos anos.

Eu cobria o sobe e desce da bolsa quando o Ibovespa atingiu seu primeiro grande recorde histórico em 2008. Assisti ao discurso do ex-presidente Lula, que na época ainda era “o Cara”, para uma plateia de banqueiros na bolsa no fechamento da megacapitalização da Petrobras. Acompanhei o Brasil ganhar e perder o grau de investimento das agências de classificação de risco. E reforcei a equipe de política na votação do Senado que selou o impeachment da ex-presidente Dilma.

Agora estou aqui no Seu Dinheiro, para trazer a você algumas dessas histórias enquanto outras histórias se repetem, mas sempre de uma maneira nova. Espero que você me acompanhe e também faça parte deste filme, que ainda promete muitas emoções.

Aquele abraço,

Vinícius Pinheiro

Mostrar mais

Publicações

O que nem John Lennon imaginou

25 de março de 2021 - 9:15

Ao nos convidar a imaginar um mundo sem guerras, religiões ou fronteiras, John Lennon provavelmente seria um entusiasta do bitcoin. Ou pelo menos eu imagino que sim. Lennon podia ser um sonhador, mas não era o único. Em 2008, um programador misterioso conhecido como Satoshi Nakamoto imaginou — não na forma de uma canção, mas […]

Presente, passado e futuro dos shopping centers

24 de março de 2021 - 9:23

Você se lembra da última vez em que foi ao cinema? Eu não tenho a sensação de assistir a um filme na tela grande e aglomerado com desconhecidos desde fevereiro do ano passado, quando fui com meu filho assistir a Jojo Rabbit, um dos últimos candidatos ao Oscar 2020 que estreou no país. Foi um típico […]

Está na hora de reabrir os shoppings na sua carteira de ações apesar da segunda onda da covid?

24 de março de 2021 - 6:01

Comprar as ações de administradoras pode ser uma forma de se antecipar à reabertura da economia, mas um eventual agravamento da pandemia pode pesar ainda mais sobre o setor

Pensando fora da Caixa

23 de março de 2021 - 9:02

Quantas vezes você não se deparou com a frase que dá título à newsletter de hoje? Como você sabe, pensar fora da caixa significa ir além das convenções e buscar soluções inovadoras. É o tipo de frase que se encontra em qualquer livro de autoajuda. Mas poucas empresas tiveram de empregar esse bordão de forma […]

Você ainda coleciona CDs?

22 de março de 2021 - 9:24

Quando aceitou se casar comigo, minha mulher talvez não soubesse que teria de levar junto a minha coleção de CDs e discos de vinil. Na estante feita sob medida na sala de casa, eles estão ordenados por ordem alfabética do artista e também por estilo musical. Agora que boa parte do catálogo musical do planeta […]

Itaú vai reabrir para captação o Hedge Plus, fundo mais rentável da crise

20 de março de 2021 - 12:35

As reservas para a nova rodada vão acontecer entre os dias 5 e 6 de abril — ou até o volume disponível esgotar. Além do próprio Itaú, o fundo estará aberto na XP Investimentos

Quem ganha com o “novo anormal”

19 de março de 2021 - 19:33

Os ativos do mercado financeiro gravitaram nesta semana em torno da decisão do Banco Central de mostrar os dentes contra a inflação e elevar os juros em 0,75 ponto percentual. A Selic de 2,75% ainda deixa as taxas negativas em termos reais — descontando a inflação. Mas o movimento de alta está apenas no começo […]

Stefanini segue com plano de aquisições e vê IPO como estratégico para o grupo

19 de março de 2021 - 6:04

Fundador do grupo que fatura R$ 4 bilhões e opera em 41 países, Marco Stefanini espera mais um ano positivo para a companhia, mas critica retrocesso do Brasil na agenda liberal e no combate à corrupção

Apertem os cintos… o juro subiu

18 de março de 2021 - 10:48

Entre o risco de ver a inflação sair de controle e o de interromper a retomada vacilante da economia, o Banco Central não titubeou: foi logo na jugular ao elevar os juros para 2,75% ao ano. A alta de 0,75 ponto percentual da Selic veio além do esperado. Primeiro, porque o país enfrenta o momento […]

Sessão dupla no Cine Mercado

17 de março de 2021 - 9:29

Se o mercado financeiro não operasse em um ritmo tão frenético, eu diria que hoje seria o dia de preparar a pipoca para assistir à sessão dupla que ganhou até um apelido: Super Quarta. Teremos dois filmes com estilos e protagonistas bem parecidos em cartaz no “Cine Mercado”, com as decisões dos Bancos Centrais do […]

Além do horizonte

16 de março de 2021 - 10:29

Uma parte importante da nossa vida hoje é regida por algoritmos. São eles que nos sugerem quais filmes e séries assistir, quem seguir nas redes sociais ou a próxima música que vamos ouvir. Até mesmo aqui no Seu Dinheiro a maneira como escrevemos e pensamos os títulos das reportagens é influenciada pelo mecanismo de busca […]

Uma espiadinha no fundo mais rentável da crise

15 de março de 2021 - 9:24

Os rankings de rentabilidade são uma espécie de “BBB” dos fundos de investimento. Os especialistas torcem o nariz, mas o público adora dar uma “espiadinha”. É fato que retornos de curto prazo como os últimos 12 meses dizem pouco sobre a qualidade do fundo. O gestor pode ter conseguido o resultado simplesmente porque assumiu mais […]

O que o gestor do fundo mais rentável na crise espera para a bolsa, o dólar e os juros

15 de março de 2021 - 6:06

Fundo Itaú Hedge Plus brilhou na crise e reabriu para uma disputada captação de R$ 1,6 bilhão, que pela primeira vez contou com clientes de fora do banco

Cores, nomes e fundos imobiliários

11 de março de 2021 - 9:29

Em tempos de pandemia, a rotina de quem vive no Estado de São Paulo passou a ser regida por cores. Estamos atualmente na fase vermelha, em que apenas os serviços classificados como essenciais podem funcionar sem restrições. Isso exclui, por exemplo, a maioria dos prédios comerciais e os shopping centers, que só estão autorizados a […]

CVM propõe mudanças em ofertas de ações e pede ‘resumo’ de prospectos; confira as novidades

10 de março de 2021 - 12:01

A autarquia propôs a criação de uma “lâmina da oferta”, um documento que traz as principais informações sobre a operação de forma resumida

Precisamos falar sobre os juros

10 de março de 2021 - 9:51

No começo de março do ano passado, o ex-diretor do Banco Central Tony Volpon foi uma das primeiras vozes do mercado a defender a necessidade de corte imediato da taxa básica de juros (Selic) diante da crise iminente com a pandemia do coronavírus. Olhando hoje, essa avaliação pode até parecer óbvia. Mas, na época em […]

Lula de volta ao xadrez. E o investidor em xeque

9 de março de 2021 - 9:51

No jogo de xadrez, quando o peão alcança a última casa do tabuleiro adversário, o jogador pode promovê-lo a outra peça de sua escolha, incluindo a poderosa rainha. A decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular as condenações que envolviam o ex-presidente Lula na Lava Jato equivale a recolocar no jogo uma peça […]

Vem aí o Lula 3? Como a volta do ex-presidente ao xadrez político pesa nos seus investimentos

9 de março de 2021 - 6:04

Ainda sob o impacto da notícia, eu conversei com gestores de fundos e analistas ao longo da tarde e da noite de ontem e trago cinco razões para o alvoroço dos investidores com a volta de Lula

Papel, celulose e tesoura

8 de março de 2021 - 9:03

O que você diria de uma empresa que teve um prejuízo anual de quase R$ 11 bilhões e ainda assim conseguiu melhorar praticamente em todas as frentes operacionais? Esse é o curioso caso da produtora de papel e celulose Suzano. Com quase toda a receita em dólar, a companhia teve um forte avanço na geração […]

Fundo Verde se protege no câmbio e diz que governo ‘falhou miseravelmente’ em comprar vacinas

5 de março de 2021 - 13:50

O atraso em proteger a população aparece a olhos vistos, e tem consequências óbvias tanto em termos de vidas quanto em termos econômicos, escreveu a gestora de Luis Stuhlberger

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar