Eu sou a Marina Gazzoni, CEO do Seu Dinheiro. Muito prazer! Tenho mais de 10 anos de experiência em jornalismo econômico nas principais redações do Brasil, como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, G1 e IG.
Cheguei em São Paulo aos 22 anos, puxando uma mala na rodoviária Tietê rumo ao finado hotel Othon. Não sabia que o estabelecimento, que já recebeu a rainha da Inglaterra nos anos 60, era um endereço decadente no centrão de São Paulo. Lá fiquei hospedada para fazer o programa de trainee da Folha de S. Paulo. Cenas lamentáveis da cidade grande me chocavam na época, mas não o suficiente para me fazer desistir do meu sonho: trabalhar em um grande jornal.
Para correr atrás desse objetivo, tive que me mudar mais de uma vez. No meu tempo de adolescente, o jovem de cidade pequena tinha que sair de casa para estudar. E por isso deixei minha cidade lá no Sudoeste do Paraná. A primeira parada foi Florianópolis e o curso de Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Foi nessa época que comecei a me interessar por economia. Fiz aulas de macro e microeconomia e enchi minha família de orgulho quando consegui um estágio no Banco do Brasil.
Ouvi falar pela primeira vez do Tesouro Direto quando fiz uma disciplina eletiva que ensinava finanças pessoais para universitários. Fiquei surpresa. Escrevi por um ano na agência de notícias interna do banco sobre novidades em títulos de capitalização e planos de previdência privada, mas nunca gastei uma linha para divulgar esse produto escondido na prateleira. Depois disso, virei a louca do Tesouro Direto. Ajudava os conhecidos a comprar títulos públicos e a entender a sopa de letrinhas que definia cada um deles.
Quando mudei para São Paulo, abracei o jornalismo econômico. Fiz MBA em Informação Econômica e Mercado de Capitais no Instituto Educacional da BM&F Bovespa (anos depois rebatizada de B3). Mas a melhor escola foi a redação. Como jornalista, acompanhei de perto as profundas transformações que a economia brasileira passou nos últimos anos.
Vi a euforia da concessão do grau de investimento para o Brasil e também a decepção da sua retirada anos depois. No Estadão, me especializei na cobertura de negócios e entrevistei diversos CEOs de grandes empresas. Nos tempos áureos, escrevia sobre planos de expansão, fábricas novas e grandes investimentos. Anos depois, os temas recorrentes mudaram para fábricas fechadas, demissões e pedidos de recuperação judicial. E foram muitas fusões e aquisições.
No meio de tanta notícia sobre negócios, fiz minhas próprias reflexões sobre o futuro do jornalismo. Fui um dos 19 jornalistas de 17 países premiados pelo Citi Journalistic Excellence Award com um curso na Columbia University, em Nova York. Lá tive acesso às principais tendências internacionais e voltei decidida a abandonar o papel e migrar para o jornalismo online. Meses depois, fui trabalhar no G1 como editora de economia.
Em julho, aceitei o desafio de construir um novo site sobre investimentos, com a proposta de unir o que há de melhor no jornalismo tradicional com a ousadia e o espírito inovador da internet. Hoje me divido entre estudos sobre economia, métricas de audiência e reflexões sobre como fazer o melhor conteúdo digital para você.
Não posso deixar de lembrar que, mesmo no auge da crise brasileira, vi muita gente se dar bem. Empresas e investidores que compraram bons ativos a preço de banana. Empreendedores que enxergaram oportunidades na crise e construíram negócios de sucesso. Eu mesma comprei um apartamento dois dias depois do “Joesley Day” com um bom desconto…
Essas histórias me fazem ser uma eterna otimista. Acredito mesmo que as oportunidades estão por aí, mesmo nas horas difíceis. Eu estou alerta para tentar identificar quais delas estão passando neste momento bem na sua frente e te contar em primeira mão. Essa será a essência do meu trabalho no Seu Dinheiro: garantir que você receberá informações para tomar decisões mais inteligentes para a construção do seu patrimônio.
Grande abraço
Marina Gazzoni