Sócio-fundador e Chief Investment Officer (CIO) da Empiricus, é ex-professor da FGV e autor da newsletter Day One, atualmente recebida por mais de 2 milhões de leitores.
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O Congresso quer a reforma da Previdência, que pode ser inclusive acelerada, conforme cobra publicamente Rodrigo Maia — falem o que quiserem, mas o Congresso sentiu, sim, a pressão das manifestações. O Executivo quer a reforma.
Claro que poderia ter menos volatilidade. Claro que o choro e o esperneio poderiam ser menores. Mas, de uma forma ou de outra, a caminhada em direção à aprovação da reforma da Previdência basta para os mercados brasileiros neste momento
Todos nós sabemos que retornos passados não são garantia de retorno futuro. Um único erro e a gente pode explodir esse negócio — o que, inclusive, me dá um medo avassalador
Tive a sorte de entender cedo que você precisa separar o seu ego do seu bolso. Em Bolsa, você não precisa estar certo. Você precisa ganhar dinheiro. Essa é a língua que se fala aqui dentro.
Se você apropria-se da ideia de que estamos num ambiente completamente dominado pela incerteza e pela aleatoriedade, entende que só resta o caminho de fazer a probabilidade jogar a seu favor
A verdade é que este governo tem se esforçado muito para dar errado. É preciso muita competência e vocação para o fracasso para fazer as coisas que estão sendo feitas, correndo o risco de ferirmos o que seria uma espécie de curso natural em direção às reformas
Tenho insistido na necessidade de o investidor diversificar seus investimentos. Rendeu prêmio Nobel ao Harry Markowitz , foi batizada de Santo Graal por Ray Dalio e sua falta esteve constatada como um entre os maiores erros da pessoa física nos estudos de Terry Odean
Se o mercado financeiro é uma metonímia da realidade e da vida cotidiana — e eu acredito que ele é —, seria mesmo possível aplicar um conjunto de regras, cálculos e prescrições para capturar vantagens nesse ambiente?
O mercado financeiro não é — bom, ao menos, não deveria ser — uma olimpíada mundial de corrida intelectual. Também não é um teste de QI, que, na verdade, só serve para mostrar o quão bom você é em testes de QI
Não tem atalho, algoritmo, fórmula mágica. Estamos num ambiente de incerteza e aleatoriedade, no Quarto Quadrante de Nassim Taleb, onde a ciência (e os métodos predeterminados) pode(m) fazer pouco, quase nada por você.
Se eu dissesse que há um fenômeno do tipo “50 anos em 5” ocorrendo na Bolsa brasileira neste momento, você me tomaria por exagerado? E se fossem 129 anos em 5? Aí já seria demais, certo?
Se o medo de maio é tão óbvio e disseminado assim, é capaz mesmo que todo mundo que tinha de vender já o fez em abril. Então, o que está faltando é vendedor marginal, não comprador.
Ele pensa em Warren Buffett, na Amazon, no seu portfólio. Encontra a razão para a dor no ciático: ele é um dinossauro caipira com investimentos totalmente concentrados em ativos brasileiros.
“Ora, me parece haver um bocado de gente esperta espalhada no mundo. Pode um gestor brasileiro, daqui de longe, ter insights sobre mercados emergentes europeus? Ou identificar boas oportunidades de long x short entre as empresas de tecnologia norte-americanas?”
Infelizmente, a difusão do conhecimento na direção da Economia e das Finanças parece obedecer ao mesmo ritmo da economia brasileira. Devagar, devagarinho.
Se os quatro leitores desta coluna tivessem seguido a sugestão, comprado 1 bitcoin a 17 mil reais e vendido metade a 34 mil reais, teriam feito caixa no valor de 17 mil reais. Hoje, carregariam 0,5 bitcoin a cerca de 21,1 mil reais por bitcoin.
O brilhantismo intelectual e a erudição de Contardo Calligaris provocam o lado mais escuro e obscurantista, sem resposta, em mim. Mais do que isso, remetem ao clássico dilema entre consumir hoje ou investir agora para colher no futuro.
Eu me defino liberal. Isso tanto na esfera econômica quanto no escopo dos costumes. O liberalismo não é, para mim, apenas uma prescrição de política econômica. Trata-se também de uma filosofia moral e de uma proposta ética que valoriza o indivíduo e suas escolhas acima de grupos específicos (de qualquer natureza) ou do interesse do Estado.
Eu adoro os quatro livros do Taleb — deixei de lado a obra técnica de “Dynamic Hedging” e o de aforismos “The Bed of Procrustes” porque nem acho que compõem o mesmo corpo. Mas, na real, se você for parar para pensar eles representam mesmo uma única ideia
Se o mercado subir, “eu disse que tinha alto potencial de valorização”. Se cair, “avisei do prognóstico de alta volatilidade”. As narrativas estão prontas para qualquer um dos lados. As narrativas estão prontas para qualquer um dos lados.