Sócio-fundador e Chief Investment Officer (CIO) da Empiricus, é ex-professor da FGV e autor da newsletter Day One, atualmente recebida por mais de 2 milhões de leitores.
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Eu tenho sido bastante vocal em minhas críticas ao mercado de crédito brasileiro há algum tempo. Para mim, há dois problemas principais nesse nicho
Se há riscos no investimento? Claro que sim. Não me dou a expectativas ingênuas. As empresas, como as pessoas, vivem no mundo real, onde não há perfeição, maniqueísmo ou ausência de defeitos. Estamos condenados às ambivalências, aos vícios e às virtudes, a riscos e oportunidades. Cada um de nós tem o seu dark side. A vida como ela é.
Todos nós — especialistas, leigos, profissionais, curiosos, bilionários ou quem está começando — precisamos de uma nova atitude, por uma simples razão: o cenário é novo. O país da hiperinflação, da Selic a 45%, do paraíso do CDI acabou.
Escolhemos hoje, sobre resultados que só acontecerão no futuro. E não adianta tentar, no presente, penetrar o futuro. Há razão objetiva para serem tempos verbais diferentes. Afinal, ora, são coisas diferentes. Se fossem a mesma, teriam o mesmo nome.
“Minha mãe não entende absolutamente nada sobre crédito privado. Aliás, quem entende, de fato? Mas ela consegue entender o perfil de retorno dessa operação. Então, mesmo não entendendo nada sobre o que está comprando, ela compreende o que vai ganhar. E, pra ela, basta.”
Se você perdeu a sexta-feira, meu caro, isso pode fazer um grande diferencial em seu retorno anual — sim, poucos dias fazem a diferença. É por isso que você precisa aguentar o tranco.
O mercado financeiro é dominado por certas seitas. A turma da escola fundamentalista, de fato, obedece a um fundamentalismo, quase de cunho religioso, tão forte quanto o islâmico
Agenda é razoavelmente fraca hoje e investidores aguardam ata do Fed e novos desdobramentos das conversas sobre guerra comercial
Só há uma resposta honesta possível para essa pergunta: eu não sei. Ninguém sabe. Aqui, somos investidores em essência. E o ato de investir, segundo definição de Aswath Damodaran, representa comprar algo por menos do que vale
O Brasil, como um país subdesenvolvido , sempre foi muito problemático. Nunca houve espaço para qualquer discussão além da macroeconomia. Estávamos sempre centrados em inflação, desemprego, câmbio, juro.
Temos dificuldades de cumprir com o teto de gastos e com a regra de ouro para 2020 e 2021, mas uma reforma da Previdência de 900 bilhões de reais faz o Brasil entrar numa trajetória de convergência da relação dívida pública como percentual do PIB
Se você quiser ganhar dinheiro de verdade, você vai precisar aguentar a dor e passar pela hora ruim para chegar do outro lado. No pain, no gain.
Quando entra um risco de cauda no jogo, todas as peças do tabuleiro precisam ser reposicionadas. Não estamos mais num mundo bem-comportado. Não sabemos o que vai acontecer, o que não significa que não temos nada a fazer
Como viver num mundo que não entendemos? Eu vou explicar melhor a minha perplexidade além do normal nesta manhã
O mês de setembro tem sido particularmente complexo. Em seus primeiros pregões, tivemos uma verdadeira revolução nos ativos financeiros. Aquilo que vinha funcionando muito bem ao longo de 2019 foi simplesmente dizimado
Com a trégua na alta dos yields lá fora, há espaço para arejarmos um pouco. Podemos nos afastar ligeiramente das nervuras das folhas e olhar as coisas de maneira mais distanciada, com o benefício da perspectiva ampliada. Só assim podemos ver toda a floresta e identificar questões menos óbvias.
Como todos nós sabemos, a Bolsa, enquanto ambiente de negociação, ou seja, um lugar, não cai ou sobe. Ou você já viu algum prédio levitando por aí?
Taleb não está preocupado com as taxas de juro negativas — para ele, o zero parece ser um número como outro qualquer, embora elas não possam ficar muito negativas. Ele inclusive lembrou que já tivemos outro período semelhante na história
O que é verdade e o que é ficção? Qual é o limite entre sonho e realidade? Como se estabelecem narrativas oficiais sem qualquer aderência à concretude das coisas?
Entro em setembro com mais dúvidas do que respostas, o que me parece um sinal de sanidade. Se você tem muitas certezas no mercado de capitais, as chances de você se dar mal são enormes