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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Pibinho

Atividade ensaia reação, mas nada que mude o quadro de estagnação

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) tem primeira leitura positiva do ano em maio

Eduardo Campos
Eduardo Campos
15 de julho de 2019
9:19 - atualizado às 9:21
Atividade fraca
Imagem: Shutterstock

Depois de quatro leituras negativas, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou alta na passagem de abril para maio. O indicador subiu 0,54% ficando pouco acima da mediana de 0,5% estimada pela “Broadcast Projeções”. O intervalo de projeções variava de queda de 0,6% a alta de 1,2%.

A leitura positiva, no entanto, não muda a avaliação do mercado e do próprio BC de que houve uma interrupção no processo de recuperação da economia. O indicador de maio captou um recuo de 0,2% da produção industrial, uma baixa de 0,1% no varejo e estabilidade nos serviços.

Considerando a variação em 12 meses, que é menos volátil em função das revisões constantes da base de dados, o avanço é de 1,31%. No acumulado do ano, a variação é positiva em 0,94%, na série sem ajuste sazonal.

Na sexta-feira, o ministério da Economia revisou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pela metade de 1,6% para 0,81%, alinhando o prognóstico à mediana do mercado e ao número do próprio BC, que também trabalha com 0,8% de crescimento.

O boletim Focus desta semana marcou a 20ª revisão consecutiva para baixo nas projeções de crescimento, que estão em 0,81% contra 0,82% na semana passada.

Essa interrupção do crescimento está sendo enfatizada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, em seus discursos como algo relevante dentro do balanço de riscos da instituição.

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Essa debilidade da atividade e expectativas de inflação abaixo ou ao redor das metas fomenta as expectativas de corte da Selic já na reunião do dia 31 de julho. Cenário que foi reforçado, na avaliação do mercado, pela aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

O BC vinha falando que precisava ver avanços concretos na agenda de reformas e em entrevista na semana passada, Campos Neto disse que “obviamente um avanço nas reformas faz com que o cenário fique mais benigno para a inflação no futuro”, disse. A dúvida é se o BC faria corte de 0,25 ponto ou 0,5 ponto percentual na Selic, que está em 6,5% desde março do ano passado.

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