Após Previdência, Guedes tem desafio de vender medidas fiscais como “bondades”
Clima na Câmara e Senado é de certa fadiga após aprovação da reforma da Previdência. Lideranças pedem “medidas positivas” e outras falam em frear eventual “pacote de maldades”
O esperado plano de medidas pós reforma da Previdência começa a ser apresentado nesta terça-feira e o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem ao menos dois desafios: vender um pacote de austeridade fiscal como algo positivo e ainda contornar um clima de que 2019 já acabou tanto na Câmara quanto no Senado.
Essa é a percepção das pessoas com quem conversei e que têm trânsito nas duas Casas do Congresso. A avaliação é de uma certa fadiga após a votação e aprovação da Previdência. Algumas lideranças pedem por “medidas positivas” e outras falam abertamente em frear eventual “pacote de maldades” do governo, como disse o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), em recente entrevista do “Estadão”.
Ao comentar essa percepção com gente de mercado e até com meu amigo gringo, a maioria das respostas fica na linha do “sem problema, a Previdência já foi um avanço muito acima do esperado”. De fato, a reforma surpreendeu positivamente. Mas ainda temos muitos outros capítulos adiante.
Não é pacote
Como o próprio ministro Paulo Guedes explicou em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" não é um pacote que será apresentado, mas sim uma agenda de trabalho.
Liberais não fazem pacotes com pirotecnia, obras de bilhões e eventos pomposos. Assim, o desafio é convencer que reduzir os gastos públicos em todas as esferas é a estratégia a ser perseguida.
O governo tem inflação e juro baixo para apresentar, mas dentro do Congresso a avaliação parece ser de que essas benesses ainda parecem longe da população, que segue pagando juros elevados, e há cobrança firme com relação ao tema. Exemplo disso: senadores falando que não iriam mais votar indicações à diretoria do Banco Central (BC).
Leia Também
Na questão do “clima de fim de ano”, Guedes parece ter em conta essa questão ao dizer que que “já está tudo nas mãos deles para avaliação final”. De quem são as mãos? As mãos são do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e demais lideranças. O Congresso dita o ritmo.
Guedes mostra sua confiança no Parlamento como condutor das reformas ao dizer que: “Hoje, presidente e Congresso são reformistas. As reformas que vêm aí foram processadas politicamente. Há uma avaliação conjunta: essa daqui é melhor ir pela Câmara, essa outra, pelo Senado. Essa aparente demora, na realidade, é um enorme ganho.”
Em linhas gerais, o que a agenda de PECs e outras medidas que serão anunciadas buscam fazer é seguir reduzindo o tamanho do Estado. Demanda legitimada pelas urnas, mas que sempre encontrará resistências, pois significa reduzir poder da classe política.
Além de lidar com a lógica da política, que é o poder, a agenda de reformas terá de conversar com o “tempo da política” que é mais curto em 2020 em função das eleições municipais. A janela para aprovação de propostas deve ir até maio ou no máximo junho do ano que vem.
Ao longo dos próximos dias, vamos conhecer os detalhes das propostas do governo. Mas mais importante será tentar saber qual a disposição do Congresso em levar essa pauta adiante.
A composição é de centro-direita, mas já vimos que o movimento pendular do centro, a depender da pauta, impõe derrotas ao governo (abono salarial e aposentadorias especiais são um bom exemplo).
Maia já disse qual será a sua prioridade: a PEC Emergencial, que busca conter o crescimento dos gastos obrigatórios e garantir o cumprimento do teto de gastos, propondo redução de jornada de funcionários públicos, com redução de salários, proibição de concessão de incentivos tributários entre outras limitações. Pautas que tendem a unir o centro e a oposição.
Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2
Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
Último confronto em SP: debate de hoje na Globo terá direita dividida entre Nunes e Marçal, em empate triplo com Boulos; veja o que esperar
Marcado para às 22h, o evento poderá ser acompanhado em cobertura ao vivo realizada pelo Estadão, bem como pelos canais da emissora e o portal de notícias G1
Cuidado com o celular: golpes digitais atingiram 24% da população brasileira no último ano, revela DataSenado
De acordo com o estudo “Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento”, a distribuição dos golpes é uniforme em todas as regiões do país
Confira as mudanças que o Congresso quer fazer na Lei das Bets para limitar as apostas
Inadimplência das famílias e problemas com vícios em apostas online levaram deputados e senadores a reverem a lei das bets – veja o que muda
Câmara aprova reoneração gradual da folha de pagamento; veja como vai funcionar
A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base que determina a reoneração da folha de pagamento, mas texto-base foi alterado e a decisão final da proposta foi adiada para hoje (12)
Liderados por aliados de Bolsonaro, 150 deputados e senadores entregam hoje pedido de impeachment de Alexandre de Moraes
Deputados e senadores que subscrevem a denúncia atribuem ao ministro suposto “abuso de poder” e também “violação de direitos constitucionais e negligência”
Supensão das ‘emendas pix’: por unanimidade, STF mantém decisão de Flávio Dino
Além das ‘emendas pix’, decisão do STF suspende as emendas impositivas do Congresso ao Orçamento da União
Eleições municipais: Brasil soma quase 8 mil prefeitos e ex-prefeitos condenados por improbidade administrativa
O número representa 33% dos 23.800 punidos com base na lei estabelecida em 1992, que foi alterada em 2021 pelo Congresso Nacional
IVA, cashback, imposto do pecado, carne na cesta básica: entenda a reforma tributária em 11 pontos
Regulamentação da reforma tributária passou na Câmara e agora precisa ser aprovada pelo Senado antes de seguir para sanção presidencial
‘A inteligência artificial só não é mais perigosa que a burrice humana’: o que o presidente do Senado pensa sobre a regulação da IA no Brasil
A proposta é de autoria do próprio Pacheco e tramita na Casa sob relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO)
Eleições na França: segundo turno da disputa tem extrema-direita forte e ‘frente ampla’ mais organizada
O primeiro turno foi vencido pela extrema-direita do partido Reagrupamento Nacional (RN), com 33% dos votos, a Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, levou cerca de 28%
PGBLs e VGBLs escaparam, mas fundos de pensão ainda podem ser taxados; veja o impacto no benefício na aposentadoria
Taxação dos fundos de pensão de estatais e daqueles que as empresas privadas oferecem aos funcionários ainda será debatida no Congresso no âmbito da reforma tributária
Fundos imobiliários de papel e fiagros escapam de taxação na reforma tributária, enquanto FIIs de tijolo terão de escolher entre duas opções
Os FIIs de tijolo são chamados assim por investirem em ativos reais como galpões, shoppings e escritórios
Um jabuti no Drex: Congresso usa PEC da autonomia do BC para preservar cartórios dos impactos do real digital
Jabuti que limita uso do real digital para reduzir burocracia foi inserido na PEC da autonomia do BC durante tramitação na CCJ do Senado
Juro médio no cartão de crédito cai de novo, mas está longe da “meta” estabelecida pelo Congresso; entenda
As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir, portanto, que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico
Ibovespa entra na última semana do primeiro semestre tentando virar o jogo para a segunda metade do ano
Mercado financeiro terá pela frente uma semana de agenda cheia; ata do Copom, IPCA-15 e Relatório Trimestral de Inflação são os destaques por aqui
Tabata Amaral, pré-candidata à prefeitura de São Paulo, fala com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre privatizações e revela preocupação fiscal com município
A deputada diz que o fato de ser pouco conhecida é o maior desafio da pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo
Exclusivo: Tabata Amaral diz como espera conquistar eleitores de Nunes e Boulos e por que rejeita rótulo de “terceira via”
A deputada diz que o fato de ser pouco conhecida é o maior desafio da pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo
Exclusivo: “Estou assustada com a situação fiscal de São Paulo”, diz Tabata Amaral, que critica gastos de Ricardo Nunes na prefeitura
“Parece que na hora que a bonança chegou, acharam que a responsabilidade fiscal não era mais necessária, disse a pré-candidata à Prefeitura em entrevista ao Seu Dinheiro
Exclusivo: Tabata Amaral se coloca contra privatização da Sabesp (SBSP3) e diz o que fará com contratos herdados da prefeitura
A deputada federal é pré-candidata pelo PSB participou da mais recente edição do Touros e Ursos, o podcast do Seu Dinheiro