Ações da Vale fecham com baixa de 8% após rompimento de barragem em MG
Ativos negociados no mercado americano chegaram a subir quase 4% antes do incidente. Ainda não há informações oficiais sobre vítimas

Os recibos de ações (ADR) da mineradora Vale fecharam o dia em forte baixa no pregão desta sexta-feira no mercado americano.
Os papéis que subiram 3,9% na máxima do dia, reverteram para forte queda, chegando a cair 13,5% na mínima do pregão, depois do rompimento de barragem da empresa em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). No fim do dia, as ações apontavam baixa de 8%, na linha dos US$ 13,6.
A Vale foi a empresa mais negociada, nesta sexta-feira, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), considerando todos os papéis listados na instituição. O ADR da mineradora registrava volume de 141 milhões de negócios no fim da tarde, seguido pela General Eletric, com 88 milhões, a PG&E, com 55 milhões, e o Bank of America, com 48 milhões, segundo dados da bolsa americana.
Por meio de comunicado, a empresa afirmou que, no início da tarde, ocorreu o rompimento de uma barragem na Mina Feijão.
Segundo a empresa, ainda não há confirmação sobre a causa do acidente. Por volta das 17 horas, o Corpo de Bombeiros falava em pelo menos 200 desaparecidos, embora não em vítimas. 51 bombeiros militares e seis aeronaves estavam mobilizados no local para tentar resgatar as possíveis vítimas.
Segundo a Vale, as primeiras informações indicavam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
Leia Também
Em comunicado atualizado, a empresa afirmou que havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos.
A companha também informa que acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens.
“A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade.”
Analistas ouvidos pela "Agência Estado" dizem estar em busca de informações sobre o rompimento da barragem para tentar dimensionar o tamanho do acidente.
Outro analista, que preferiu não ser identificado, acredita que o acidente pode resultar em novo processo de investidores contra a mineradora na Justiça dos Estados Unidos
Em novembro de 2015, também em Minas Gerais ocorreu o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, empreendimento controlado pela Vale e pela Samarco (BHP Billington), causando a morte de 19 pessoas e deixando um rastro de lama e rejeitos que chegou até o Espírito Santo.
Demais ativos brasileiros
A forte queda das ações da mineradora também afetou o desempenho do ETF de papéis brasileiros, EWZ, que chegou a subir mais de 2% antes de fechar com leve alta de 0,39%, depois de um breve passeio pelo território negativo. As ações da Vale vinham em firme movimento de alta acompanhando a cotação dos metais negociados no mercado internacional.
Resposta governamental
Em sua conta no "Twitter", o presidente Jair Bolsonaro lamentou o ocorrido e disse que determinou o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e Meio Ambiente, Ricardo Salles, para a região.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1088849051775365120
Mais tarde, por meio de seu porta-voz, o presidente lamentou eventuais mortes causadas pelo acidente, mesmo sem nenhuma confirmação do número de vítimas.
"O presidente da República lamenta eventuais perdas de vidas ocasionadas pelo rompimento da barragem na região de Brumadinho, em Minas Gerais", declarou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, lendo uma nota de Bolsonaro.
Em reunião realizada mais cedo, participantes consideraram como "gravíssima" a situação em Minas Gerais, com danos considerados "ainda incalculáveis".
Em entrevista à rede "Record", Bolsonaro voltou a lamentar o ocorrido e disse que militares estão se dirigindo ao local para ajudar "a salvar vidas". O presidente confirmou que vai visitar Brumadinho na manhã de sábado e que foram montados dois "gabinetes de crise" para monitorar e sugerir medidas para lidar com a situação.
Zema
O governador de Minas, Romeu Zema, também foi ao Twitter se pronunciar.
"Estava em deslocamento no interior do Estado, onde tinha compromisso, mas já estou a caminho de Belo Horizonte, local onde o governo de Minas instalou o gabinete de gestão de crise, assim que teve a notícia do ocorrido em Brumadinho", afirmou.
https://twitter.com/RomeuZema/status/1088863356390440961
*Com Estadão Conteúdo
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Vale (VALE3): produção de minério cai 4,5% no 1T25; vendas sobem com preço quase 10% menor
A alta nas vendas de minério foram suportadas pela comercialização de estoques avançados formados em trimestres anteriores, para compensar as restrições de embarque no Sistema Norte devido às chuvas
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia
Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor
Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão