O ‘recado oculto’ do Copom que pode trazer otimismo aos investimentos em renda variável no Brasil

Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou o aumento de mais 1 ponto percentual na taxa Selic, na última quarta-feira (19), ninguém foi pego de surpresa.

O movimento já era amplamente precificado pelo mercado, visto que fazia parte do guidance deixado para Gabriel Galípolo, presidente do BC, por seu antecessor, Roberto Campos Neto. 

As firmes altas da Selic vem em um período de alta pressão inflacionária (com o IPCA, principal índice da inflação, acima dos 5% no acumulado anual) e um crescente nível de desaprovação do governo Lula.

Tudo isso trouxe seus impactos para os investidores, visto que os retornos dos ativos tradicionais da renda fixa se tornam mais atrativos, em detrimento da renda variável, que começou 2025 de forma bastante desfavorável (não apenas no Brasil, mas a nível global). 

Mas a questão é que o Copom deixou, em seu comunicado oficial após a reunião de quarta-feira (19), um recado importante nas entrelinhas. Esta, sim, pode ter sido uma surpresa agradável, e é de grande interesse para os investidores. 

O possível ‘recado’ do Copom pode significar para a sua carteira de investimentos

Após um longo período de manutenção de uma postura bastante hawkish (ou duro, de maneira geral), o Copom anunciou uma alta de menor magnitude para a próxima reunião, prevista para os dias 6 e 7 de maio.

O mercado precifica Selic terminal de 15% ao ano para 2025, sentimento captado nas últimas edições do relatório Focus, por exemplo.

Ligando os pontos, partindo de 14,25%, é possível que o aumento de mais 0,75 ponto percentual seja feito gradualmente ao longo das próximas reuniões, em doses mais brandas. 

E os investidores mais “antenados” parecem ter captado o recado, de certa forma. Isso porque o Ibovespa acumulou alta de mais de 2% — ao longo da semana do Copom. Começando na segunda-feira (17):

Historicamente, o comportamento do Ibovespa costuma refletir o sentimento dos investidores ao antecipar os rumos futuros da economia. Estariam os investidores, então, prenunciando dias mais otimistas para a economia (e a bolsa brasileira) em breve? 

E o mais importante, como isso pode impactar suas decisões como investidor, e a sua carteira de ativos, a partir de hoje?

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