Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI
Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas

Conforme já sinalizado e esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou a Selic em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta-feira (19), elevando a taxa básica de juros para 14,25% ao ano. Com isso, a renda fixa pós-fixada — aqueles ativos indexados à Selic ou ao CDI — se torna ainda mais rentável e atrativa.
No seu comunicado, o Copom deixou ainda a porta aberta para mais um aumento nos juros, inferior a 1,00 ponto percentual, na sua próxima reunião.
Segundo o último Boletim Focus do Banco Central, os economistas de mercado esperam que a taxa básica chegue a 15,00% no fim de 2025, ou seja, as próximas altas poderiam totalizar pelo menos mais 0,75 ponto percentual.
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O que a alta da Selic representa para a sua reserva de emergência e os demais investimentos de renda fixa
A Selic em patamares mais elevados tende a aumentar a remuneração das aplicações de renda fixa pós-fixadas.
É o caso dos títulos públicos Tesouro Selic; dos títulos bancários CDBs, LCIs e LCAs, quando indexados ao CDI; dos títulos de crédito privado como debêntures, CRIs e CRAs indexados ao CDI; e dos fundos que investem nesses tipos de papéis.
Alguns desses investimentos estão entre os mais conservadores do mercado brasileiro, sendo inclusive indicados para a reserva de emergência.
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Por exemplo, os títulos Tesouro Selic, negociados no Tesouro Direto; os fundos de taxa zero que investem em Tesouro Selic, do tipo Selic Simples; e os CDBs de grandes bancos com liquidez diária.
Com a nova alta de juros esperada para a próxima reunião, a rentabilidade dessas aplicações deve ficar ainda mais atrativa.
Fora que os investimentos pós-fixados também atuam como portos seguros em momentos de alta aversão a risco, que recentemente passou por um alívio no Brasil, mas continua elevada.
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Quanto rendem os investimentos de renda fixa conservadora com a Selic em 14,25%?
A mudança na Selic não altera a regra de remuneração da poupança, que continua pagando seu tradicional 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR).
Embora a TR tenda a aumentar ligeiramente com a alta na taxa básica, a elevação dos juros torna a caderneta menos atrativa que as demais aplicações de renda fixa pós-fixadas, já que as remunerações destas tendem a subir, enquanto a da poupança tem uma espécie de teto.
Com a Selic em 14,25% ao ano (e supondo um CDI um pouco inferior, de 14,15%, como costuma acontecer), as rentabilidades mensais e anuais líquidas das principais aplicações financeiras conservadoras ficam assim:
Investimento | Retorno líquido em 1 mês* | Retorno líquido em 1 ano** |
---|---|---|
Poupança | 0,63% | 7,86% |
Tesouro Selic 2028 (via Tesouro Direto) | 0,83% | 11,58% |
CDB 100% do CDI ou fundo Tesouro Selic de taxa zero | 0,86% | 11,67% |
CDI bruto | 1,11% | 14,15% |
Parâmetros da simulação
- Para o cálculo do retorno da poupança, foi considerada a TR média de fevereiro de 2025 (0,1324%);
- Para o cálculo do retorno do Tesouro Selic, foram considerados uma taxa de administração igual a zero, o spread de compra e venda (espécie de “pedágio” para a venda do título antes do vencimento) e uma taxa de custódia de 0,20% ao ano sobre todo o montante investido, que é o padrão da calculadora do Tesouro Direto. Atualmente, no entanto, existe uma isenção da taxa de custódia para valores aplicados de até R$ 1 mil, o que significa que a verdadeira rentabilidade do Tesouro Selic, nesses casos, é um pouco maior que a estimada na tabela.
Como a Selic deve subir mais neste ano, ela não ficará estagnada em 14,25% por muito tempo. Ou seja, até o fim de 2025, a rentabilidade das aplicações conservadoras pode ser ainda maior que os valores projetados na tabela.
Assim, para dar uma ideia melhor de como ficará a rentabilidade dos investimentos conservadores daqui para frente, vamos simular a aplicação para os prazos de um e dois anos utilizando as estimativas do mercado para a Selic e o CDI (DI futuro) para março de 2026 (14,73%) e março de 2027 (14,32%), respectivamente.
Repare que ambas as previsões ainda precificam uma Selic maior que a atual, estimando que o BC vai aumentar ainda mais a taxa básica de juros.
Vale frisar, no entanto, que essas projeções podem mudar a partir da decisão do Copom de hoje, bem como das sinalizações do Banco Central para as próximas reuniões. Além disso, as projeções para a poupança continuam considerando a TR de fevereiro, que também pode mudar daqui para a frente.
Investimento | Retorno líquido em 1 ano* | Retorno líquido em 2 anos** |
---|---|---|
Poupança | 7,86% | 16,33% |
Tesouro Selic 2028 (via Tesouro Direto) | 12,06% | 25,94% |
CDB 100% do CDI ou fundo Tesouro Selic de taxa zero | 12,15% | 26,09% |
LCI 90% do CDI | 13,16% | 27,24% |
Parâmetros da simulação
- DI para março de 2026 (simulação de 1 ano): 14,73% a.a.
- Selic para março de 2026 (simulação de 1 ano): 14,83% a.a.
- DI para março de 2027 (simulação de 2 anos): 14,32% a.a.
- Selic para março de 2027 (simulação de 2 anos): 14,42% a.a.
- Para o cálculo do retorno da poupança, foi considerada a TR média de fevereiro (0,1324%);
- Para o cálculo do retorno do Tesouro Selic, foram considerados uma aplicação de R$ 100 mil, taxa de custódia de 0,20% ao ano, uma taxa de administração igual a zero e o spread de compra e venda (espécie de “pedágio” para a venda do título antes do vencimento).
Veja, na tabela a seguir, quanto você teria ao final de cada período caso aplicasse R$ 100 mil em cada um desses investimentos, nas circunstâncias da simulação anterior:
Investimento | Quanto você teria após 1 ano | Quanto você teria após 2 anos |
---|---|---|
Caderneta de poupança | R$ 107.858,40 | R$ 116.334,34 |
Tesouro Selic 2028 | R$ 112.061,28 | R$ 125.943,07 |
CDB ou fundo Tesouro Selic 100% do CDI | R$ 112.152,25 | R$ 126.087,03 |
LCI 90% do CDI | R$ 113.164,64 | R$ 127.239,74 |
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