🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

COMPRAR OU VENDER?

Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%

A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores

Monique Lima
Monique Lima
4 de setembro de 2025
14:39
Banco Master e Banco de Brasília (BRB).
Banco Master e Banco de Brasília (BRB). - Imagem: Montagem Canva Pro/ Seu Dinheiro

As plataformas de negociação entre investidores de renda fixa de grandes corretoras, como XP e BTG, estão tomadas por um único emissor nesta quinta-feira (4): Banco Master S/A. Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com diferentes vencimentos e rentabilidades saltam à tela com rentabilidades extravagantes. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É possível encontrar CDB do Banco Master S/A oferecendo IPCA + 19% para vencimento em dezembro de 2026. Prazos mais curtos, para dezembro de 2025, oferecem 25% ao ano — o que daria algo próximo de 6% de retorno em três meses de aplicação. 

Mas esses prêmios exorbitantes não são sem razão. As taxas dos CDBs do Banco Master e suas subsidiárias, como Will Bank e Banco Master de Investimentos, dispararam em uma nova onda de resgates antecipados — similar a que houve em abril deste ano

Investidores estão se desfazendo dos seus papéis após a notícia de que o Banco Central indeferiu a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Sem a aquisição, a percepção de risco sobre a dívida do banco aumentou. 

A expectativa do mercado era que, com a compra pelo BRB, a liquidez do Master melhoraria, assim como o perfil de risco do banco. Sem o negócio, os problemas de caixa de curto prazo da instituição de Daniel Vorcaro voltam a ser gritantes. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O levantamento do Seu Dinheiro registrou mais de 230 ofertas de CDBs do Banco Master nas prateleiras da XP e BTG. Todas ainda tem uma quantidade em estoque desses papéis. O maior estoque verificado na XP foi de um título com vencimento para dezembro de 2026, com rentabilidade de IPCA + 19%, pelo preço de R$ 1,30. O estoque era de 2.939 CDBs. 

Leia Também

Vale a pena vender os CDBs do Master? 

Analistas apontam duas possíveis situações que estão fomentando a pressão vendedora: investidores que só querem se livrar dos CDBs por medo de calote e investidores que estão se desfazendo do excesso para se enquadrar nas regras do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)

No segundo caso, a avaliação é que a venda dos papéis é uma boa saída. Já no primeiro, não. 

“Não é hora de pânico. Quem está dentro do limite do FGC pode carregar até o vencimento sem grandes preocupações. Vender no mercado secundário agora provavelmente significa aceitar um desconto alto, porque o mercado vai exigir um prêmio maior para financiar o Master”, diz Enrico Gazola, economista e sócio-fundador da Nero Consultoria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É justamente essa exigência de prêmio maior que fez as taxas dispararem nesta quinta-feira. Acontece que as taxas têm uma correlação negativa com os preços dos CDBs. Quanto maior a taxa, menor é o preço. E é neste deságio de preço que os investidores estão absorvendo prejuízos que podem chegar a 40% do valor inicial do papel. 

Para quem está ajustando a carteira para se enquadrar nas regras do FGC, os CDBs do Banco Master são garantidos dentro dos limites de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Acima desse valor, a entidade privada não cobre o prejuízo do cliente.

Gazola afirma que, para o investidor pessoa física que respeita esse limite, o risco de crédito é transferido para o fundo garantidor, o que mitiga bastante a preocupação. Ele aconselha ponderar três fatores antes de decidir vender: 

  • Está dentro da cobertura do FGC?
  • É possível carregar até o vencimento? 
  • A alocação não está excessivamente concentrada?

Vale a pena comprar os CDBs do Master com esses prêmios altos? 

Para quem está cogitando comprar os CDBs do Master para embolsar essas taxas de 25% ao ano, IPCA + 19% e por aí vai, é preciso estar ciente do risco — reputacional e de liquidez. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O principal motivo da tentativa de venda de uma fatia do Banco Master para o BRB é justamente a dificuldade de liquidez do banco. Grande parte do dinheiro do Master está travado em ativos de baixa liquidez, de modo que a instituição ficou sem caixa para arcar com os compromissos de curto prazo. 

“O indeferimento reforça que algo está fora da linha. O Banco Central recusou o acordo, e a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] apontou possíveis irregularidades financeiras. Investir agora em CDBs do Master, mesmo com taxas altas, é aceitar exposição a risco elevado. O risco de crédito, de o banco não honrar os compromissos, está turbinado”, diz Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos. 

O BRB deve insistir na compra. Em fato relevante, o banco estatal do Distrito Federal afirma que apresentou solicitação de acesso à íntegra da decisão do BC, “com o objetivo de avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis”. Ou seja, por hora, o negócio está encerrado, sem garantia em relação ao futuro. 

Para quem cogita comprar os CDBs de olho na garantia do FGC, Patzlaff também não avalia como uma boa opção. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O FGC demora para devolver o valor. Pode levar meses até o dinheiro voltar, e durante esse período, o dinheiro não rende nada. A cobertura é uma rede de proteção, mas não elimina o risco de demora ou perda parcial. Serve de segurança, mas exige cautela”, diz o planejador financeiro.

O que acontece agora? 

Segundo as fontes ouvidas pelo Seu Dinheiro, até o momento, o Banco Master está honrando seus pagamentos — mas com alguma ajuda. 

Em maio, o banco conseguiu um empréstimo emergencial com o FGC de R$ 4 bilhões para fazer frente aos vencimentos de curto prazo. A expectativa era que, para os vencimentos futuros, a compra pelo BRB melhorasse a liquidez do banco. 

Agora, a situação volta para o cenário de incerteza.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o BC negou a compra devido ao risco de operações não conhecidas do Banco Master que o BRB teria que assumir. Esses compromissos são fonte de incerteza e podem somar um valor muito elevado para o Banco de Brasília absorver. 

O Master está envolvido em uma denúncia de calote a fornecedores e gestão temerária no Banco Central. O nome do banco também apareceu nas investigações da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, que apura relações do mercado financeiro com o crime organizado. O Master, entretanto, não é investigado pela PF.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BATALHA DA RENDA FIXA

Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?

13 de agosto de 2025 - 6:01

Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos

CARTEIRA RECOMENDADA

Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto

8 de agosto de 2025 - 15:00

BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras

DOIS ANOS

Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais

6 de agosto de 2025 - 14:29

Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores

GARANTA JÁ O SEU ISENTO

De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores 

23 de julho de 2025 - 16:58

A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas

adia, mas paga

De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas

19 de julho de 2025 - 14:15

Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos

NOVA REALIDADE

Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima

17 de julho de 2025 - 13:42

Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção

DIVERSIFICAÇÃO EM DÓLAR

Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo

14 de julho de 2025 - 13:11

São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido

SEGUNDA CHANCE

Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo

14 de julho de 2025 - 6:02

Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro

UPGRADE NA RENDA FIXA

Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar

10 de julho de 2025 - 16:28

O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs

CRÉDITO PRIVADO EM XEQUE

Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas

9 de julho de 2025 - 15:45

Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências

CARTEIRA RECOMENDADA

Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês 

9 de julho de 2025 - 13:08

BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro

VALE A PENA?

CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR

8 de julho de 2025 - 16:00

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?

3 de julho de 2025 - 8:00

MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre

3 de julho de 2025 - 6:00

Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro

FICOU POP

Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente

26 de junho de 2025 - 18:38

Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor

PRÊMIOS NEGATIVOS?

Petrobras (PETR4) emite R$ 3 bilhões em debêntures, com taxas que pagam menos que os títulos públicos — mas são consideradas atrativas 

25 de junho de 2025 - 12:13

A renda fixa da Petrobras, com isenção de imposto de renda, tem apelo significativo neste momento, segundo avaliação da Empiricus

TEVE CHORINHO

Subiu mais um pouquinho: quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 15%

18 de junho de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,25 ponto percentual nesta quarta (18), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; ajuste deve ser o último do ciclo de alta

NOVA ERA NOS INVESTIMENTOS

Acabou a isenção: como as mudanças propostas no imposto de renda dos investimentos podem mexer com os mercados

12 de junho de 2025 - 19:33

Investidores podem esperar mudanças nas taxas, nos prazos e nos retornos se propostas da MP 1.303/25, que estabelece imposto de 5% para isentos e alíquota única de 17,5% para demais investimentos, forem aprovadas

O FIM DE UMA ERA

LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas devem perder isenção de IR e passar a ser tributadas; veja regras completas

12 de junho de 2025 - 11:14

Governo publicou texto da Medida Provisória com novas regras de tributação para investimentos que inclui tributação de 5% para títulos de renda fixa antes isentos

AJUSTANDO O PORTFÓLIO

Estratégia dos gestores: títulos AAA e agro ficam em segundo plano; pitada de risco é bem-vinda para melhorar retornos

10 de junho de 2025 - 16:22

Enquanto investidores colocam cada vez mais fichas no crédito privado, gestores enfrentam cenário mais difícil para retornos acima da curva

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar