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Felipe Seffrin

TURISMO

O guia de bolso para viajar pela China: como se virar com a língua, os aplicativos, meios de pagamento e vistos ao visitar o país

O Gigante Asiático aposta no turismo internacional para apoiar a economia e romper estereótipos, mas viagem é repleta de desafios para estrangeiros; confira algumas dicas valiosas

Felipe Seffrin
3 de março de 2025
9:15 - atualizado às 9:37
A cidade proibida, na China
A cidade proibida, na China: hospitaleiro, país está de portas abertas para turistas, mas idioma ainda pode ser uma barreira difícil de transpor. - Imagem: Hung Chung Chih/iStock

Viajar para a China é uma aventura. Em um país onde tudo é superlativo, e o turismo interno movimenta 2,3 bilhões de pessoas somente no feriado do Ano Novo Chinês, ser um turista estrangeiro ocidental é um tanto complexo. Ainda assim, o país surpreende pela modernidade e hospitalidade chinesa, quebrando inúmeros estereótipos.

Esqueça os aplicativos do Google e da Meta. Desde 2010, serviços como Gmail, YouTube, Google Maps, Facebook, WhatsApp e Instagram estão bloqueados na China, como medida do governo para controlar o fluxo de informações.

As alternativas para quem tem celular Android são utilizar aplicativos similares ou o serviço de um VPN, preferencialmente pago, para escapar das restrições. Já quem tem iPhone não precisa se preocupar tanto: as sanções não incluem os aparelhos e aplicativos da Apple.

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Também esqueça os cartões de crédito. Com Android ou iPhone, dois aplicativos serão indispensáveis: o WeChat (espécie de WhatsApp chinês) para comunicação e o Alipay, uma carteira digital utilizada para pagar absolutamente tudo.

Na China, a maquininha para receber pagamentos de cartões bancários é coisa do passado. É preciso vincular um cartão internacional ao Alipay e usar o aplicativo para fazer pagamentos via QR Code. Sacar dinheiro com cartões Visa ou Mastercard não é uma opção.

Idioma é barreira — mas nada que a mímica não ajude

Outro complicador óbvio é a língua. Se cidades mais tradicionais como Pequim e Xangai estão mais acostumadas (e adaptadas) a receber turistas estrangeiros, na menos turística, mas cada vez mais relevante Shenzhen, a comunicação ainda é um desafio.

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Considerada o “Vale do Silício” chinês, por sediar importantes empresas de tecnologia como Huawei, Tencent, DJI e BYD, Shenzhen ainda patina na “experiência do usuário estrangeiro”.

A metrópole de quase 18 milhões de habitantes tem uma série de atrações fantásticas, de parques temáticos ao Huaqiangbei, maior complexo de lojas de eletrônicos do país, ou o distrito de Dongmen, versão superlativa do Brás e da 25 de Março, mas são poucos os turistas de fora (e alguns chineses até pedem fotos quando veem pessoas ocidentais).

Mais raros ainda são os funcionários ou comerciantes que falem inglês, mas os chineses compensam essa barreira com uma simpatia capaz de surpreender até mesmo os brasileiros. Em um país onde é cultural barganhar o preço, itens como aplicativo de tradução simultânea, calculadora e muita mímica são essenciais.

Mesmo no moderno metrô de Shenzhen, com 16 linhas e mais de 300 estações, a máquina eletrônica para a compra de bilhetes tem opção em inglês, mas o alfabeto latino só ilustra algumas poucas sinalizações durante qualquer trajeto. Detalhe: é preciso passar por aparelhos de raio-x em cada estação e fornecer qualquer garrafa com líquidos para inspeção.

A segurança, aliás, é outro aspecto que chama a atenção. A China é um dos países com o maior número de câmeras de reconhecimento facial do mundo. Elas estão por todas as partes, aos montes, o que contribui para a sensação de segurança — e de vigilância —, e contribui para baixas taxas de criminalidade. Por outro lado, o país é dos que mais executa a pena de morte segundo a Anistia Internacional.

Quebra de estereótipos: comida de alto nível e produtos de qualidade

Apesar das dificuldades, que podem existir em qualquer viagem ao exterior, a China Continental pode surpreender positivamente e quebrar diversos estereótipos.

A gastronomia chinesa é mais apimentada que a brasileira e de fato mercados com opções exóticas são comuns, exibindo espetinhos de lula, polvo, rã e escorpião, cabeças de pato fritas e sopas de cobra, entre outras iguarias.

Por outro lado, vários pratos típicos são mais palatáveis para o brasileiro e deliciosos, como o Pato de Pequim e os inúmeros noodles e bolinhos recheados.

Cidades como Shenzhen ou Xangai também oferecem várias opções de gastronomia asiática e internacional cada vez mais valorizada — a China Continental soma 131 restaurantes com estrelas Michelin.

A quantidade de shoppings e centros comerciais também pode surpreender quem pense equivocadamente que um país governado pelo Partido Comunista Chinês (PCC) desde 1949 seja anticapitalista.

Pelo contrário: o mercado chinês é um dos mais importantes do mundo para marcas que vão do McDonald's, que tem mais de 6 mil unidades no país, a empresas como Dior, Chanel e Louis Vuitton, ainda que o mercado de luxo local venha enfrentando obstáculos com a economia chinesa em desaceleração.

Outro estereótipo, de que produtos Made in China são de baixa qualidade, também cai por terra em uma visita ao comércio de rua. Em Shenzhen, muitas lojas independentes oferecem produtos feitos com materiais de ótima qualidade, como algodão, linho, couro, madeira ou cerâmica. Ao contrário do Brasil, o premium fica no país, e o “xing ling” vira exportação.

China Travel: política de vistos incentiva turismo internacional

Com uma cultura milenar, paisagens naturais impressionantes e metrópoles modernas, a China aposta no turismo internacional como uma das formas de movimentar a economia do país, em desaceleração em relação aos anos anteriores.

Desde o fim da pandemia, o governo chinês tem implementado uma série de medidas para estimular o fluxo de visitantes, como o acordo com o Brasil que ampliou o visto de turistas dos dois países para 10 anos de validade, com direito a múltiplas entradas.

Recentemente, a China também anunciou uma política de isenção de vistos para turistas de 54 nacionalidades que estejam em trânsito. Agora, viajantes de Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, por exemplo, podem ficar até 10 dias na China sem necessidade de vistos.

A estratégia já trouxe resultados: dados da Administração Nacional de Imigração apontam que o país recebeu 64,8 milhões de estrangeiros em 2024, aumento de 82,9% em relação ao ano anterior.

Esse fluxo coloca o país na quarta posição entre os que mais recebem turistas estrangeiros, só atrás de França, Espanha e Estados Unidos — e é 10 vezes maior que o registrado no Brasil. Se depender da vontade das autoridades, em breve a China deve assumir mais um ranking global.

*Felipe Seffrin reporta da China ao Seu Dinheiro.

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