🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

STATUS DA INDÚSTRIA

Mercado de arte viveu mais um ano de desaceleração, com queda de 12% das vendas, aponta relatório

A indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
12 de abril de 2025
8:02 - atualizado às 17:44
mercado de arte arte leilão galerias obras
Movimento borrado de pessoas visitando galeria de arte - Imagem: iStock.com/shironosov

O mercado de arte viveu o segundo ano consecutivo de queda, num movimento que escancara a fragilidade do setor diante das tensões geopolíticas e das incertezas econômicas. Em 2024, as vendas globais caíram 12%, totalizando US$ 57,5 bilhões (R$ 338,2 bilhões). 

Os dados mais recentes do relatório The Art Market, produzido pela Art Basel (uma das feiras de arte mais importantes do mundo), e pelo banco suíço UBS, revelam que a indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte

Embora a receita com as vendas tenha caído, o volume de vendas aumentou 3% de um ano para o outro, evidenciando a demanda aquecida por peças de valor mais acessível, ao passo que o segmento mais high end vive um declínio significativo desde 2023. 

Em outras palavras: as pessoas estão comprando arte, apesar de tudo, mas não estão dispostas a movimentar cifras tão altas. 

Para gastar cinco, seis ou até sete dígitos com uma obra, os compradores agora tomam mais cautela e precisam de mais tempo de consideração

"O ano de 2024 marcou uma evolução no mercado de arte que, possivelmente, representa um ponto de virada na cultura do colecionismo. Colecionadores de alto poder aquisitivo estão dedicando mais tempo à pesquisa e à reflexão e, quando compram, fazem isso com intenções muito específicas”, explica Christl Novakovic, um dos heads da gestão de riquezas do UBS. 

Leia Também

O relatório mostra que o ano de 2014 marcou o pico de vendas no mercado de arte, atingindo a cifra de US$ 68,2 bilhões (R$ 400 bilhões). Desde então, a cada ano, os números estiveram estáveis ou em queda. Em paralelo, a riqueza dos bilionários mais do dobrou no mesmo período de tempo, atingindo US$ 15,6 trilhões (R$ 91,5 trilhões). 

Entre feiras e leilões 

Além de expôr informações sobre os valores das transações, o estudo mostrou também outro comportamento da indústria artística: os eventos presenciais ainda são um importante hub de negócios para os colecionadores e negociantes — 31% dos acordos foram fechados pessoalmente.

Apesar da leve recuperação em relação a 2023, é evidente que as feiras ainda não voltaram ao patamar pré-pandêmico, em que eram responsáveis por 42% das vendas no mercado de arte.

Após viverem um boom em 2020 e 2021, as vendas on-line têm caído progressivamente. Em 2024, a queda foi de 11%, totalizando US$ 10,5 bilhões (R$ 61,6 bilhões). Ainda assim, o número é significativamente mais alto do que o atingido em 2019. 

A pandemia impactou a estratégia comercial dos comerciantes, que hoje privilegiam um esquema híbrido, unindo o físico ao digital, e têm os próprios e-commerces. 

Os leilões foram o canal de vendas mais impactado pela desaceleração do segmento high end.

O número de obras de arte vendidas em leilões por mais de US$ 10 milhões (R$ 58,7 milhões) caiu 39%, seguindo uma queda de 27% em 2023. O valor total dessas vendas recuou 45%, registrando a maior retração entre todas as faixas de preço.

Apenas uma obra foi vendida por mais de US$ 100 milhões (R$ 585 milhões) no ano: L’Empire des Lumières (1954), do francês René Magritte. O quadro saiu por US$ 121 milhões (R$ 710 milhões) na Christie’s, em novembro.

Pôster da obra L’Empire des Lumières (1954)
arte obras de arte leilão
Pôster da obra L’Empire des Lumières (1954). Fonte: Guggenheim. 

Um panorama dos 3 principais mercados de arte do mundo 

Com dominância incomparável, os Estados Unidos mantiveram a posição como o maior mercado de arte do mundo, responsável por 43% das vendas globais. 

Apesar disso, o país fez menos transações do que em 2023, devido ao clima de incerteza política criado pelas eleições presidenciais e outros fatores que deixaram os colecionadores mais endinheirados com menos “apetite”. 

O Reino Unido recuperou a posição de segundo maior mercado. Mas não por ter tido uma performance melhor e sim porque a China teve uma queda de 31% nas vendas, atingindo o menor patamar desde 2009. 

Segundo os autores do estudo, a dominância dos EUA e do Reino Unido se justifica não só pela riqueza doméstica e infraestrutura dos países, mas também pelos “ambientes transparentes e regulados para a venda de obras”. 

O que esperar do mercado de arte para 2025?

Na visão do UBS e da Art Basel, a expressão que deve definir os rumos da indústria em 2025 é: otimismo cauteloso

O estudo faz um alerta para a ascensão das medidas protecionistas — em uma clara referência às tarifas comerciais de Donald Trump — e para a incerteza econômica que ainda assombra o mundo da arte.

“Políticas protecionistas têm se mostrado tão prejudiciais aos mercados nacionais de arte quanto às suas próprias economias, com diversos exemplos claros de como restrições severas ao comércio internacional têm limitado o crescimento doméstico”, diz o documento. 

Quanto às expectativas dos agentes do mercado para 2025, os brasileiros se destacam como um dos mais otimistas: 80% dos negociantes preveem que as vendas vão aumentar este ano. 

Nos EUA, o percentual foi de 43%; e na China, 50%. 

* Com informações do New York Times.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ATRAVESSANDO A TEMPESTATE

Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo

11 de abril de 2025 - 19:29

Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade

DEU PARA SOBREVIVER

Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200

11 de abril de 2025 - 18:50

Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY

DIAS DE LUTA

Vítima da guerra comercial, ações da Braskem (BRKM5) são rebaixadas para venda pelo BB Investimentos

11 de abril de 2025 - 18:08

Nova recomendação reflete o temor de sobreoferta de commodities petroquímicas no cenário de troca de farpas entre Estados Unidos e o restante do mundo

BB: BOM E BARATO

Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra

11 de abril de 2025 - 17:17

A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país

PRÉVIA OPERACIONAL

Direcional (DIRR3) registra R$ 1,2 bi em vendas líquidas na prévia do 1T25 — ação se destaca com nova faixa do Minha Casa Minha Vida 

11 de abril de 2025 - 14:05

Os números da prévia operacional da construtora vieram em linha com as expectativas, mas ação ganha destaque no mercado com Minha Casa Minha Vida

REVISÃO

JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano

11 de abril de 2025 - 12:55

Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026

ESQUENTA DO BALANÇO

Cyrela (CYRE3): Lançamentos disparam mais de 180% (de novo) e dividendos extraordinários entram no radar — mas três bancões enxergam espaço para mais

11 de abril de 2025 - 12:03

Apesar da valorização de mais de 46% na bolsa, três bancos avaliam que Cyrela deve subir ainda mais

MAIS UM DIA "TRANQUILO"

China dá ‘palavra final’ aos EUA sobre taxas: a partir de agora, Trump será ignorado; Wall Street reage

11 de abril de 2025 - 11:13

Índices de NY operam em alta ao longo desta tarde

WALL STREET VAI CONSEGUIR SEXTAR?

China bate de frente com Trump mais uma vez e mercados tremem — bancões vão segurar as pontas em Wall Street?

11 de abril de 2025 - 10:00

JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley reportaram resultados fortes no primeiro trimestre de 2025 e as ações estão em alta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado

11 de abril de 2025 - 8:15

Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional

O LUGAR MAIS FELIZ DO MUNDO?

Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump

11 de abril de 2025 - 8:02

Estudos mostram que preços dos ingressos para os parques temáticos subiram mais do que a inflação americana; somado a isso, empresa passou a cobrar por serviços que antes eram gratuitos

IR 2025

Como declarar renda fixa — como CDB, Tesouro Direto, LCI, LCA e mais — e COE no imposto de renda 2025

11 de abril de 2025 - 7:10

Títulos de renda fixa — mesmo os isentos! — e Certificados de Operações Estruturadas (COE) são declarados de forma semelhante. Veja como informar o saldo e os rendimentos dessas aplicações financeiras na sua declaração

SEXTOU COM O RUY

Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção

11 de abril de 2025 - 6:03

Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido

DIA 81

O pior está por vir — e não é mais tarifa: o plano de Trump que pode expulsar as empresas chinesas da bolsa

10 de abril de 2025 - 19:40

Circula nos corredores da Casa Branca e do Congresso norte-americano um plano que pode azedar de vez a relação entre as duas maiores economias do mundo

PARCERIA RENOVADA

Obrigado, Trump: China aumenta compra de soja brasileira e Santander vê uma empresa bem posicionada para se beneficiar da maior demanda

10 de abril de 2025 - 15:40

A guerra de tarifas entre China e Estados Unidos nem esfriou e as empresas asiáticas já começaram os pedidos de soja brasileira: 2,4 milhões de toneladas nesta primeira semana

É… DE NOVO MESMO

Petroleiras em pânico mais uma vez: petróleo volta a cair e a arrasta Brava (BRAV3), Petrobras (PETR4) e companhia 

10 de abril de 2025 - 15:11

A euforia da véspera já era. Com tarifas contra China elevadas a 145%, temor de recessão ainda está aqui

ÁGUAS PASSADAS MOVEM MOINHOS

BofA, Itaú BBA e Santander reforçam recomendação de investimento na Sabesp (SBSP3) após anúncio de precatório bilionário

10 de abril de 2025 - 14:15

Segundo os bancos, o acordo com a prefeitura de São Paulo pode resultar numa geração de valor presente líquido que pode representar até 2% do valor de mercado da Sabesp

MERCADOS HOJE

Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988

10 de abril de 2025 - 12:29

A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)

MONEY NO BOLSO

Diretores de empresas listadas têm salários médios de R$ 5,6 milhões anuais no Brasil; JBS (JBSS3) vai além, com R$ 32,8 mi, e Brisanet (BRIT3) fica aquém, com R$ 500 mil

10 de abril de 2025 - 12:25

Relatório da XP analisou a remuneração média de diretores estatutários de 152 empresas de capital aberto, entre os anos de 2021 a 2024. Veja os destaques

MIUCCIA E DONATELLA

“Unione italiana”: Prada vai comprar a Versace por R$ 8,1 bilhões

10 de abril de 2025 - 10:32

Aquisição já estava sendo discutida pelo mercado há meses; movimentação fortalece a empresa de Miuccia Prada frente aos conglomerados de luxo franceses

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar