Hermès ultrapassa LVMH e assume a liderança no topo do luxo mundial
Após um trimestre com resultado decepcionante, a LVMH de Bernard Arnault perde a liderança como marca mais valiosa no luxo global para a rival das bolsas Birkin

O tropeço no balanço trimestral da LVMH, anunciado na segunda-feira (14), ganhou um novo sobressalto: na manhã desta terça-feira (15), o conglomerado de Bernard Arnault — dono da Louis Vuitton e Dior — foi superado em valor de mercado pela Hermès, a rival implacável das Birkin Bags.
O movimento veio na esteira dos resultados decepcionantes divulgados na véspera: com queda de 3% nas vendas no primeiro trimestre de 2025, a LVMH viu suas ações recuarem 7% na Bolsa de Paris. Resultado? Perdeu o trono do luxo para a Hermès, avaliada agora em 243,65 bilhões de euros (R$ 1,6 trilhão), contra 243,44 bilhões de euros da LVMH, na cotação da manhã.

Na prática, isso representa uma desvalorização de US$ 25 bilhões em menos de 24 horas — e um sinal de que o mercado talvez esteja mais disposto a esperar na fila da Birkin do que por uma logomarca aparentemente exausta.
A Hermès, conhecida por crescer com parcimônia (e filas de espera), assume agora o posto de terceiro grupo mais valioso da Europa — atrás apenas da alemã SAP e da farmacêutica blockbuster Novo Nordisk, a gigante do Ozempic.
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“Os números refletem o desempenho divergente e o sentimento dos investidores em relação às duas casas”, disse a analista Jelena Sokolova, da Morningstar. E o sentimento, ao que tudo indica, se inclina para o couro artesanal e a escassez bem calculada.
Um trimestre sem brilho
Para Arnault, o primeiro trimestre de 2025 começou com um tropeço na passarela: nenhuma divisão do grupo cresceu significativamente. A única exceção foi o segmento de relógios e joalheria (com Bvlgari, TAG Heuer e Tiffany), que avançou tímido 1%.
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A desaceleração do mercado chinês e o contexto global mais cauteloso ajudam a explicar o impacto. Mas há também o fator concorrência: a recente compra da Versace pela Prada reacendeu a disputa entre os conglomerados europeus — com a Kering e a LVMH cada vez mais desafiadas por uma “unione italiana” em formação.
Mesmo assim, a LVMH tenta responder com sua velha fórmula: collabs nostálgicas, como o retorno de Takashi Murakami (o responsável pela logomania colorida) à Vuitton, e exposições itinerantes da Dior e da Loro Piana pelo mercado asiático. Resta saber se uma euforia do branding pode fazer frente ao quiet luxury da Hermès.
*Com informações da Reuters.
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