Nem todos podem ter uma Ferrari – e não estamos falando de dinheiro
O valor de uma marca que vai muito além dos volumes e lucro: confira o que é preciso para ter ou não acesso à marca

Você já ouviu falar de festas que só entram pessoas com nome na lista? É mais ou menos assim que funciona para ter uma Ferrari. Não basta ter dinheiro nem fama. É preciso passar pelo crivo da casa de Maranello.
Na essência do processo de compra de uma Ferrari está a priorização da exclusividade. A marca não se baseia apenas no saldo bancário do potencial comprador. Em vez disso, ela avalia o histórico do cliente, priorizando aqueles que já são proprietários de várias Ferraris e que mantêm esses veículos em boas condições.
Esse critério assegura que os novos compradores entendam e valorizem o significado de possuir uma Ferrari, aprofundando a relação entre o cliente e a marca.
Outra dimensão importante do processo é o relacionamento do cliente com a Ferrari. A marca valoriza proprietários que tenham um compromisso de longo prazo e que demonstrem lealdade. Aqueles que participam ativamente de eventos, competições e encontros promovidos pela italiana são vistos de forma mais favorável.
Esse envolvimento não só fortalece a imagem da Ferrari, mas também ajuda a construir uma comunidade entre os proprietários, que compartilham a mesma paixão pela casa.
As edições limitadas de Ferrari são um caso especial. Estes modelos, que têm seu valor negociado antes da produção, atraem ainda mais atenção e, consequentemente, demandam uma análise mais detalhada de quem vai comprá-las.
Leia Também
Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump
Assim, o processo de pré-venda é cuidadosamente conduzido para evitar que esses veículos acabem em mãos inadequadas ou pessoas listadas como banidas pela companhia.
A exclusividade faz parte de sua estratégia: a marca não tem interesse em saturar o mercado, preferindo criar uma demanda difícil de atender. Assim, cada veículo permanece um objeto de desejo e uma declaração de status.
Ao limitar a propriedade a um número reduzido de indivíduos, a Ferrari aumenta o prestígio de seus automóveis e a satisfação dos clientes atuais, que se tornam parte de uma comunidade exclusiva.

Cuidado com a revenda
Além da análise do histórico e do relacionamento com a marca, a Ferrari impõe algumas restrições adicionais.
Entre as regras mais rigorosas está a proibição de revenda dos veículos a terceiros sem a intermediação de uma concessionária ou importadora oficial. No Brasil, a única autorizada é a Ferrari São Paulo, localizada no Jardim América. Desta forma, a Ferrari busca manter a exclusividade e o valor de seus carros no mercado.

Outro ponto crucial: a companhia não permite qualquer tipo de modificação nos veículos, assegurando que cada carro preserve sua originalidade e a performance pela qual foi projetado.
O processo de compra de uma Ferrari é um reflexo da exclusividade e da dedicação que a marca representa. Esta abordagem não apenas garante a continuidade da imagem da Ferrari, mas também preserva o prestígio que acompanha cada veículo.
Ao final, o processo é um compromisso mútuo entre a marca e seus compradores, assegurando que a exclusividade e o legado da Ferrari sejam mantidos de forma íntegra e valorosa.
Preocupada com a reputação
A Ferrari se preocupa com a imagem pública de seus compradores e monitora quem adquire seus veículos para evitar ligações com pessoas envolvidas em controvérsias.
Por isso, ela mantém uma comunicação clara com seus potenciais compradores e pode recusar quem não se encaixa em suas diretrizes. Essa estratégia pode ser interpretada como uma forma elegante de reforçar a exclusividade sem necessidade de explicações prolongadas.
Embora não confirme que exista uma lista de clientes banidos, alguns casos de personalizações polêmicas e venda abaixo do valor de mercado geraram pedidos de “afaste-se desta marca”. Conheça alguns mais famosos.
1- Joel Zimmerman: o DJ canadense conhecido como Deadmau5 personalizou a sua Ferrari 458 Italia com o meme Nyan Cat. Além de envelopar sua 458 Italia com o meme, o músico trocou o logotipo do cavalo por um gato, mudou o nome da marca por “Purrari” (onomatopeia em inglês para o ronronar dos gatos) e pintou as pinças de freio de cor-de-rosa.
A modificação foi tão radical que a Ferrari lhe enviou um documento por meio de seus advogados de “cease and desist” ou o caso seria levado à justiça. O DJ, de fato, desistiu e comprou um McLaren 650S (marca rival da Ferrari).

2- Nicholas Cage: um dos casos mais emblemáticos. O ator foi proprietário de uma Ferrari Enzo 2003, comprada por US$ 1 milhão, e precisou vendê-la em 2009 a um preço abaixo do mercado para sanar problemas financeiros. Por causa disso, a Ferrari não permite mais que o ator adquira uma nova Ferrari.
3- Justin Biebier: após adquirir uma Ferrari 458 Italia na cor branca, o cantor cometeu faltas e tomou alguns cartões amarelos: primeiramente ele envelopou seu superesportivo de azul e instalou um sistema de som potente. Depois, em menos de um ano com sua Ferrari, ele a colocou à venda em um leilão, algo que a marca também combate com tão pouco tempo de uso. Com essa segunda infração, Biebier foi banido pela italiana.
4- As Kardashians: não se sabe ao certo o que as representantes desta família – socialites, atrizes, modelos e empresárias – fizeram, mas elas não são bem-vindas pela marca italiana e já foram banidas de adquirir séries limitadas da Ferrari. Talvez sejam as polêmicas com que se envolvem? Nunca saberemos.
O que se sabe é que elas fazem questão de desfilar com seus superesportivos. Kris Jenner, a matriarca, já foi vista dirigindo um modelo California. A filha Kylie Jenner teria não uma, mas duas Ferrari: uma 458 Italia e uma LaFerrari. E outra irmã, a empresária Kim Kardashian, também teria uma 458 Italia.
5- 50 Cent: o rapper já foi proprietário de uma Ferrari 488 e celebrou um Réveillon limpando seu superesportivo com espumante. Se não bastasse, reclamou publicamente nas redes sociais de falhas no veículo.
Levada à assistência, a Ferrari informou que foi o rapper quem danificou sua 488 por desconhecer como ela funcionava. À época, 50 Cent publicou fotos do carro sendo guinchado: “Eu não quero mais essa 488, eu acho que vou pegar um carro mais inteligente”.


6- Chrys Dias: até os brasileiros são alvo da marca italiana. O influenciador adquiriu uma Ferrari Purosangue e, após desfilar pelo Capão Redondo, bairro populoso com áreas de favelas, a importadora pediu que a devolvesse. alegando que o estilo de vida de Chrys não combinava com os valores da Ferrari, e que o veículo, avaliado em R$ 3,5 milhões, havia sido adquirido zero-km de uma loja não-oficial.
Em resposta, o influenciador comprou outra Ferrari, uma 488 Spider branca usada, avaliada em R$ 3,5 milhões. “Um favelado não pode ter Ferrari? Comprei outra só pra mostrar que pode. Favelado no topo incomoda!”, escreveu em seu perfil.


7- Ruyter Poubel: influenciador carioca engrossou a lista de “banidos” depois de pintar sua Ferrari F8 Spider Tributo 2023 com o personagem Relâmpago McQueen, do filme Carros. Ruyter publicou que teria recebido uma carta em inglês da Ferrari o proibindo de adquirir outro modelo da marca zero-km, mas depois ficou claro de que se tratava de uma falsa correspondência.
Talvez a “brincadeira” apenas antecipe o que parece ser inevitável: tornar-se mais um da lista de persona non grata e impedido de comprar uma Ferrari nova.


Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
Diretores de empresas listadas têm salários médios de R$ 5,6 milhões anuais no Brasil; JBS (JBSS3) vai além, com R$ 32,8 mi, e Brisanet (BRIT3) fica aquém, com R$ 500 mil
Relatório da XP analisou a remuneração média de diretores estatutários de 152 empresas de capital aberto, entre os anos de 2021 a 2024. Veja os destaques
“Unione italiana”: Prada vai comprar a Versace por R$ 8,1 bilhões
Aquisição já estava sendo discutida pelo mercado há meses; movimentação fortalece a empresa de Miuccia Prada frente aos conglomerados de luxo franceses
Luxo sobre trilhos: 10 roteiros que redefinem as viagens de trem, da Europa ao Oriente Médio
Viagens ferroviárias têm ganhado espaço entre os turistas que querem aproveitar os destinos sem pressa
Lotofácil e Quina fazem novos milionários, mas maior prêmio da noite sai em outra loteria
Enquanto a Lotofácil, a Quina e a Lotomania distribuíram prêmios milionários na quarta-feira, a Mega-Sena pode pagar mais de R$ 30 milhões hoje
Os principais gastos dedutíveis do imposto de renda 2025 e como informá-los na declaração
Despesas dedutíveis só podem ser aproveitadas por quem entrega a declaração completa e reduzem o IR devido; mas mesmo quem entrega a declaração simplificada precisa declará-las
Ambev (ABEV3) vai do sonho grande de Lemann à “grande ressaca”: por que o mercado largou as ações da cervejaria — e o que esperar
Com queda de 30% nas ações nos últimos dez anos, cervejaria domina mercado totalmente maduro e não vê perspectiva de crescimento clara, diante de um momento de mudança nos hábitos de consumo
Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira 2025 anuncia indicados em noite com tributo a Chitãozinho & Xororó
Em 32ª edição, Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira realizou cerimônia de anúncio de indicados com shows em tributo a Chitãozinho & Xororó
Drink mais caro do mundo foi leiloado essa semana. O preço? R$ 242 mil
Preparado pelo “Maestro” Salvatore Calabrese, coquetel leiloado essa segunda-feira (7) por 37.500 euros celebra os 260 anos da capa de cristais Baccarat
Ivan Sant’Anna: Trumponomics e o impacto de um erro colossal
Tal como sempre acontece, o mercado percebeu imediatamente o tamanho da sandice e reagiu na mesma proporção
Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora
O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump
Tarifaço de Trump é como uma “mini Covid” para o mercado, diz CIO da TAG; veja onde investir e como se proteger neste cenário
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio e CIO da TAG Investimentos, André Leite, fala sobre o impacto da guerra comercial nas empresas e como os próprios parlamentares do país tentam reverter a situação
Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China
Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%
Inteligência artificial autônoma abala modelos de negócios das big techs; Google é a que tem mais a perder, mas não é a única, diz Itaú BBA
Diante do desenvolvimento acelerado de agentes autônomos de inteligência artificial, as big techs já se mexem para não perder o bonde
Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados
O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês
Carros blindados estão em alta no Brasil – e os custos também. O que entra na conta?
Confira o que é importante para circular com carros blindados por aí: custos, cuidados, garantias e uma alternativa para não se preocupar com a desvalorização
Como declarar previdência privada no imposto de renda 2025
Aprenda a declarar no imposto de renda as contribuições feitas a PGBL, VGBL e fundos de pensão, bem como os rendimentos recebidos dos planos de previdência privada
Olho por olho: como Trump escalou a guerra de tarifas com a China — e levou o troco de Xi Jinping
Os mais recentes capítulos dessa batalha são a tarifa total de 104% sobre produtos chineses importados pelos EUA e a resposta de Xi Jinping; o Seu Dinheiro conta como as duas maiores economias do mundo chegaram até aqui e o que pode acontecer agora
JP Morgan eleva avaliação do Nubank (ROXO34) e vê benefícios na guerra comercial de Trump — mas corta preço-alvo das ações
Para os analistas do JP Morgan, a mudança na avaliação do Nubank (ROXO34) não foi fácil: o banco digital ainda enfrenta desafios no horizonte
Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos
Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)