Coca-Cola saudável? Gigante investe em mercado milionário de refrigerantes prebióticos com nova marca
Anúncio realizado essa semana antecipa lançamento do Simply Pop, linha de prebióticos que é aposta da gigante das bebidas para abocanhar segmento de US$ 820 milhões

A Coca-Cola resolveu surfar uma onda supostamente “saudável” – especialmente para o bolso da companhia, que anunciou nesta terça-feira (18) sua entrada no mercado milionário de bebidas funcionais com o lançamento de uma nova linha de refrigerantes prebióticos, a Simply Pop.
A iniciativa representa a resistência da gigante ao avanço do mercado de US$ 820 milhões (R$ 4,67 bilhões) de refrigerantes probióticos nos Estados Unidos - para 2029, a previsão é de que esse número atinja a marca de US$ 2 bilhões.
- Na prática, os probióticos seriam microrganismos responsáveis por melhorar o equilíbrio microbiano intestinal, enquanto prebióticos seriam componentes e fibras utilizadas por essas bactérias.
Ainda que essa categoria de bebidas corresponda a aproximadamente 2% do mercado de refrigerantes dos EUA - com seus enormes US$ 42,4 bilhões (R$ 241,56 bilhões), ele já estaria na mira da Coca-Cola há pelo menos um ano, quando surgiram relatos de que ela estaria tentando a aquisição da Poppi, uma das duas startups líderes no setor, ao lado da Olipop.
- LEIA TAMBÉM: BB Seguridade anuncia R$ 4,4 bilhões em dividendos, mas não está entre as 5 ações preferidas para investir agora; entenda
A Poppi, aliás, teria experimentado um crescimento particularmente veloz, chegando à receita de US$ 100 milhões (R$ 569,7 milhões) ao fim de 2023. Com isso, a marca teria sido catapultada ao topo das vendas de refrigerante pela Amazon.
Já a Olipop é considerada uma das maiores vitórias da popularidade do segmento wellness nos Estados Unidos. Apenas na última semana, a marca anunciou um valuation de US$ 1,85 bilhão (R$ 10,56 bilhões).
À CNN, o CEO da Olipop, Ben Goodwin, comentou o ingresso da Coca-Cola ao segmento, o que ele classificou como uma "honra":
Leia Também
"É uma honra imensa que a maior marca de refrigerantes do mundo tenha decidido que a categoria que eu criei e que a equipe Olipop truxe ao mundo, é um ótimo espaço para buscar crescimento."
Para a Coca-Cola, o anúncio segue um movimento anterior da marca, de avanço para além do segmento de bebidas açucaradas, que já demonstrou em aquisições como a da linha de bebidas esportivas BodyArmor, o leite Fairlife e o Vitaminwater.
Além disso, a novidade ainda apresentaria uma aproximação da gigante de bebidas com uma tendência de busca de conexão com a geração Z - daí a ligação com a Simply, inicialmente uma marca de suco de laranja, que tornou-se conhecida por suas opções de leite e shakes de proteína.
No anúncio feito pela Coca-Cola, Terika Fasakind, diretora sênior da Simply and Kids, ressalta: "eles [da geração Z] não se lembram de um mundo onde a Simply não existia, e é o suco que eles viram na geladeira ao longo de suas vidas, então ele tem um puxão particular em suas cordas do coração."
Simply Pop nas prateleiras
Para o consumidor, a novidade chega às prateleiras no final de fevereiro em regiões selecionadas e será distribuída em cinco sabores frutados diferentes - limão, abacaxi com manga, coquetel de frutas, coquetel cítrico e morango.
Cada lata de 355 mililitros vai conter seis gramas de fibra prebiótica, zinco e vitamina C. De acordo com o anúncio, cada unidade custará US$ 2,49 (R$ 14,20).
"Temos visto o interesse pela área de refrigerantes prebióticos crescer entre os consumidores e estamos prestando atenção a isso", disse a CEO da unidade de nutrição da Coca-Cola, Becca Kerr.
"Achamos que é um espaço que se adapta ao consumidor e que tem apresentado muito crescimento."
Saúde para quem?
O anúncio do lançamento com foco na saúde intestinal do consumidor chega menos de uma semana após outro movimento, não-tão-saudável, da Coca-Cola: a declaração de que a marca poderá ter que vender mais refrigerantes em garrafas plásticas caso as tarifas de Donald Trump tornem as latinhas de alumínio mais caras.
A afirmação foi de James Quincey, presidente-executivo da empresa de bebidas, em teleconferência recente com investidores. Ela veio no contexto do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que poderia baixar um imposto de importação de 25% sobre todo o aço e alumínio que entra nos Estados Unidos. O que, consequentemente, pode elevar o preço de alimentos e bebidas enlatadas no país.
“Se uma embalagem sofrer algum aumento nos custos de insumos, continuaremos a ter outras ofertas de embalagens que nos permitirão competir no espaço de acessibilidade”, disse Quincey.
“Por exemplo, se as latas de alumínio ficarem mais caras, podemos dar mais ênfase às garrafas PET [plásticas]”, exemplificou.
*Com informações de Fortune, CNN e A.C.Camargo Cancer Center
Pix no WhatsApp: BTG Pactual lança inteligência artificial para facilitar transações financeiras pela plataforma; veja como funciona
Ferramenta é capaz de interpretar textos, áudios e imagens para realizar as operações comandadas pelo cliente e que vão além do Pix
Memórias de uma janela fechada: Ibovespa busca manter alta com Wall Street de volta ao jogo e negociações sobre guerra na Ucrânia
Diante da agenda fraca, negociações entre EUA e Rússia ocorrem na Arábia Saudita, mas exclui os ucranianos da conversa
Sócio polêmico, alto endividamento, possível risco no caixa: por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai 90% desde o IPO e o que esperar da ação
As ações da rede de tratamentos oncológicos praticamente viraram pó desde a estreia na B3, mas há quem acredite que a situação pode ficar ainda mais complexa; entenda
Dona do Burger King no Brasil, Zamp (ZAMP3) anuncia ex-CEO do Grupo SBF (SBFG3) para o comando da companhia
A decisão conclui o processo de seleção iniciado em fevereiro e será oficializada em reunião do conselho de administração prevista para o final de abril
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
As ações de educação e saúde com mais apostas de queda na bolsa — e as preferidas do BTG nesses setores castigados pelos juros altos
Com alta nas posições vendidas no mercado, setor de saúde desponta como preferido dos analistas em comparação ao de educação
Academias bombando: BTG Pactual recomenda compra da ação da Smart Fit (SMFT3), após divulgação dos números de 2024
Rede de academias fechou o ano passado com 5,2 milhões de membros, em linha com a projeção feita pelos analistas do banco
Dona do Burger King no Brasil, Zamp (ZAMP3) anuncia mudanças no alto escalão; veja quem assume como novo presidente da companhia
Menos de um ano depois da última troca de CEO, operadora de fast food faz novas mudanças na diretoria
Na fila de espera: recuperação judicial da SouthRock, antiga dona do Starbucks e da Subway, é recusada pelos credores
Com dívidas estimadas em R$ 1,8 bilhão, empresa ainda é dona das marcas Eataly e TGI Friday’s no Brasil
O primeiro encontro: Ibovespa reage à alta dos juros pelo Copom e à manutenção das taxas pelo Fed
Alta dos juros pesa sobre Ibovespa e ativos de risco em geral, mas é positiva para a renda fixa conservadora
Minerva Foods (BEEF3) e SLC Agrícola (SLCE3): como os desafios logísticos afetam os negócios das gigantes do agro brasileiro
Os CEOs das duas companhias alertaram sobre a escassez de contêineres nos portos e os problemas tributários na exportação da produção
Rede D’Or (RDOR3) brilha e Fleury (FLRY3) perde o encanto: o raio-x das empresas de saúde em 2025, segundo o Santander
Se você está procurando um lugar seguro para ancorar seu dinheiro, a Rede D’Or (RDOR3) surge como o porto seguro do setor, na visão dos analistas
Apetite insaciável em Wall Street? Concorrente do Ozempic pode chegar a valer US$ 2 bilhões com IPO nos EUA
Empresa, fundada em 2022, está desenvolvendo medicamentos com o mesmo princípio ativo das injeções das principais rivais, Novo Nordisk e Eli Lilly
Eram os ovos que faltavam: JBS (JBSS3) vira sócia da produtora Mantiqueira Brasil e entra no setor, com a intenção de internacionalizar negócio
Frangos, carnes, porcos, salmão, proteínas de plantas, quase todos os tipos de produtos de origem animal são comercializados pela JBS (JBSS3) para vários cantos do planeta. Ainda assim, a dona das marcas Seara e Friboi estreou hoje em uma nova vertente: ovos. A companhia anunciou nesta manhã (27) que será acionista da Mantiqueira, uma das […]
Uma nova versão do Ozempic? Resultado de teste de nova caneta emagrecedora impulsiona ação da Novo Nordisk
Estudos clínicos mostraram eficiência do medicamento em tratar pacientes obesos e com sobrepeso; uma versão em pílula também está em desenvolvimento
IPCA-15 desacelera e retorna à margem de tolerância da meta de inflação, mas um detalhe preocupa mais do que os preços dos alimentos
Prévia da inflação oficial desacelerou a +0,11% na passagem de dezembro para janeiro e a +4,50% no acumulado em 12 meses; no entanto, resultado do IPCA-15 ficou acima das projeções dos analistas
Todo vazio será ocupado: Ibovespa busca recuperação em meio a queda do dólar com Trump preenchendo o vácuo de agenda em Davos
Presidente dos Estados Unidos vai participar do Fórum Econômico Mundial via teleconferência nesta quinta-feira
Saúde financeira e vida longa: os planos da rede Mater Dei (MATD3) para cuidar da classe média em grandes cidades do país
Rede Mater Dei (MATD3), que anunciou uma recente recompra de ações na B3, conta sobre a estratégia para expansão dos negócios, que inclui uma empresa de IA em saúde
Braskem (BRKM5) salta 8% e lidera altas do Ibovespa após anúncio de investimento milionário — mas esse bancão ainda não recomenda compra
Na semana passada, o papel da petroquímica subiu 3,09% e ficou entre as maiores altas da bolsa como repercussão dos novos investimentos
Hora de acelerar: Itaú BBA diz quais são as melhores ações ligadas ao setor automotivo — e os papéis para “deixar de lado” em 2025
Alta dos juros e volatilidade cambial devem favorecer empresas com balanços saudáveis e foco em exportação, enquanto as endividadas ou com baixa demanda enfrentam desafios