Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro

“O mundo vive a revolução do senso comum”. Foi assim que Donald Trump definiu os 100 primeiros dias do seu segundo mandato — que, segundo o próprio, são os que geraram as maiores consequências em anos.
E Trump não está errado: o período foi basicamente marcado pela guerra comercial entre EUA e China depois do anúncio de uma chuva de tarifas do republicano e a retaliação de Pequim — no total, as taxas chegam a 245%.
O resultado foi a perda de bilhões de dólares nas bolsas mundo afora, o excepcionalismo norte-americano colocado em xeque e uma inversão da ordem de mercado: muitos bancões passaram a ver algum risco nos Treasurys, até então considerados os títulos mais seguros do mundo.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Weg, Santander e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
E, para encerrar os 100 primeiros dias do segundo mandato no melhor estilo Trump, ele soltou o verbo — um sinal de que os seus próximos 100 dias também devem ser recheados de caos e volatilidade.
Primeiro, o presidente norte-americano foi no clássico de todo político: atribuiu culpa à oposição por promessas de campanha que podem não ser realizadas. Ele disse que se os cortes de impostos não forem aprovados no Congresso, a responsabilidade é dos democratas.
Depois, ele foi para um assunto que mexeu com os nervos de Wall Street: o Federal Reserve (Fed). Trump voltou a dizer que o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, não está fazendo um bom trabalho.
Leia Também
Donald Trump: um breve balanço do caos
Reviravolta na Eletrobras (ELET3): Marcelo Gasparino fica fora, Juca Abdalla e Carlos Márcio entram para o conselho
“Tenho mais conhecimento do que o presidente do Fed", disse Trump. "Quero ser respeitoso com o Fed, mas sei mais sobre juros do que eles", completou.
As recentes críticas de Trump a Powell, sugerindo uma troca inédita de comando no Fed, sacudiram Wall Street — que também não escapou da língua ferina do republicano.
Ele disse hoje que adora Wall Street, mas prefere a Main Street — termo usado para se referir a empresas de pequeno e médio porte como parte de uma economia local.
Para completar o dia bem “à la Trump”, não podia faltar a palavra favorita: tarifa — mas, dessa vez, o motivo é nobre. O presidente norte-americano assinou hoje um decreto para evitar o efeito cumulativo de taxas sobrepostas aplicadas ao setor automotivo, com isso carros e autopeças já tributadas não estarão sujeitas a tarifas adicionais de outras medidas.
Ele também voltou a dizer que a imposição de tarifas contra China, Canadá e México foi devido a negligência dos países em conter a imigração ilegal e o tráfico de fentanil para os EUA.
- SAIBA MAIS: Declaração completa ou simplificada? Saiba qual a melhor para você no Guia do Imposto de Renda 2025
O único que escapou da metralhadora de Trump foi seu mais novo amigo de infância: Elon Musk. O republicano reconheceu que o bilionário ajudou muito os EUA por meio do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), com "cortes de gastos, eficiência e descoberta de fraudes".
A relação de ambos, no entanto, tem data para acabar assim como o Diário dos 100 dias, já que Musk disse que não deve seguir no Doge a partir de maio.
Se você quiser relembrar como foram os 100 primeiros dias de Trump na Casa Branca, deixo aqui o convite para conhecer o Diário dos 100 dias.
O Seu Dinheiro também preparou uma série de reportagens especiais sobre o período — e aqui você pode sentir um gostinho do que vem por aí: um bate-papo exclusivo com o estrategista global do Rabobank, Michael Avery, conduzido pelo jornalista e um dos autores do Diário dos 100 dias Ricardo Gozzi.
Boa leitura e até o próximo governo (Trump?)!
O recado de Ratinho Júnior: Brasil não deve exportar milho e soja para “engordar rebanhos asiáticos”
Na visão do governador do Paraná, a produção da carne gera muito mais capital do que o envio de grãos por navios
Ironia? Elon Musk foi quem sofreu a maior queda na fortuna nos primeiros 100 dias de Trump; veja os bilionários que mais saíram perdendo
Bilionários da tecnologia foram os mais afetados pelo caos nos mercados provocado pela guerra tarifária; Warren Buffett foi quem ficou mais rico
Trump pode acabar com o samba da Adidas? CEO adianta impacto de tarifas sobre produtos nos EUA
Alta de 13% nas receitas do primeiro trimestre foi anunciado com pragmatismo por CEO da Adidas, Bjørn Gulden, que apontou “dificuldades” e “incertezas” após tarifaço, que deve impactar etiqueta dos produtos no mercado americano
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Stone (STNE) avança com plano de venda da Linx à Totvs (TOTS3); Citi e BofA dizem que é hora de comprar
A retomada das negociações aconteceu na semana passada e marca um novo capítulo nas conversas entre as duas empresas
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quase metade dos apostadores de bets também são investidores — eles querem fazer dinheiro rápido ou levar uma bolada de uma vez
8ª edição do Raio-X do Investidor, da Anbima, mostra que investidores que diversificam suas aplicações também gostam de apostar em bets
14% de juros é pouco: brasileiro considera retorno com investimentos baixo; a ironia é que a poupança segue como preferência
8ª edição do Raio-X do Investidor da Anbima mostra que brasileiros investem por segurança financeira, mas mesmo aqueles que diversificam suas aplicações veem o retorno como insatisfatório
Shein ainda é a varejista de moda mais barata no Brasil, mas diferença diminui, diz BTG Pactual
Análise do banco apontou que plataforma chinesa ainda mantém preços mais baixos que C&A, Renner e Riachuelo; do outro lado da vitrine, a Zara é a mais cara
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Brasil tem duas praias entre as 50 melhores do mundo; veja quais são
Retiradas no Rio de Janeiro e em Fernando de Noronha, estas duas praias foram listadas entre os 50 melhores destinos litorâneos em ranking global
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Investimento alternativo ou vitória judicial: veja como declarar precatórios no imposto de renda
Se você recebeu o pagamento de um precatório no ano passado ou se investe nesse tipo de ativo alternativo, veja como informar a situação na sua declaração
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Bola dividida na Lotofácil deixa ganhadores reclamando de barriga cheia
Concurso 3378 da Lotofácil teve dois ganhadores e nenhum deles ficou milionário; Quina acumula e Mega-Sena pode pagar R$ 8 milhões se tiver algum ganhador hoje
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento