Putin não aguentou a pressão? Rússia diz que pode negociar a paz direto com a Ucrânia — mas mantém condições
Presidente russo sinaliza na direção do fim do conflito, mas não retira condições para o fim da guerra no leste da Europa

O cessar-fogo de Páscoa entre Rússia e Ucrânia pode ter aberto um caminho para conversas sobre o fim da guerra, ao menos no lado do presidente Vladimir Putin, que propôs nesta segunda-feira (21) negociações bilaterais com Kiev e disse estar aberto a outras pausas após uma trégua de 30 horas.
A “boa vontade” de Vladimir Putin acontece após pressão dos EUA para que as negociações de paz avançassem e vem na esteira da proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para estender trégua em 30 dias para alvos civis.
A possibilidade de conversas bilaterais foi citada durante entrevista de Putin à TV estatal russa, na qual o líder russo diz que Moscou estava aberta a qualquer iniciativa de paz e esperava o mesmo de Kiev.
- VEJA MAIS: Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chip para a China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda
"Tudo isso é assunto para estudo cuidadoso, talvez até bilateral. Não descartamos essa possibilidade", disse Putin, de acordo com a Reuters.
Mais tarde, a mensagem foi reforçada por um porta-voz do Kremlin, que confirmou a possibilidade de negociações diretas com a Ucrânia.
"Quando o presidente disse que era possível discutir a questão de não atingir alvos civis, inclusive bilateralmente, o presidente tinha em mente negociações e discussões com o lado ucraniano", disse Dmitry Peskov, de acordo com a agência de notícias Interfax.
Leia Também
Empenho de Donald Trump para encerrar a guerra
O presidente dos EUA, Donald Trump, está empenhado em encerrar a guerra que já dura mais de três anos.
A esperança da Casa Branca era conseguir encerrar o conflito antes da Páscoa, o que não aconteceu. Mas Trump não desiste.
No mês passado, a Rússia rejeitou uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total de 30 dias, que a Ucrânia havia aceitado.
Autoridades norte-americanas mantiveram conversas paralelas com ambos os lados na Arábia Saudita, mas concordaram apenas com pausas limitadas nos ataques a alvos energéticos, condição que ambos os lados se acusam de violar.
A ideia de Trump é congelar o avanço russo, proibir a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aceitar a soberania da Rússia sobre os territórios anexados.
- VEJA TAMBÉM: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
O esforço mais recente para o fim do conflito veio na última sexta (18), quando os EUA indicaram que abandonariam completamente as negociações de paz na Ucrânia se as partes não fizessem mais progressos em poucos dias.
Nesta segunda-feira (21), Trump disse, sem fornecer detalhes, que um acordo entre russos e ucranianos seria anunciado nesta semana.
Rússia segue exigente para encerrar o conflito
A Rússia ainda não retirou da mesa nenhuma das suas condições para encerrar o conflito. Isso inclui a concessão, por parte da Ucrânia, dos territórios que Putin afirma ter anexado e a aceitação da neutralidade permanente.
A Ucrânia vê na aceitação dos termos uma rendição, que deixaria o país sem defesa caso Moscou ataque novamente.
Outro ponto crucial para o Kremlin é que Kiev não se torne parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ponto em comum com os EUA.
Segundo a Deutsche Welle, o enviado de Washington à Ucrânia, General Keith Kellogg, disse neste domingo (21) que a adesão à aliança militar ocidental estava "fora de questão" para Kiev.
Para Trump, a possível adesão da Ucrânia à aliança foi a causa da invasão russa. O porta-voz do governo russo expressou "satisfação" com o fato de a Casa Branca ter descartado a possível futura adesão da Ucrânia à Otan.
*Com informações de Reuters e Deutsche Welle
A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street
No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chips para China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda
Enquanto a Nvidia sofre com as sanções de Donald Trump, presidente americano, sobre a China, outra ação de inteligência artificial está se destacando positivamente
A coisa está feia: poucas vezes nas últimas décadas os gestores estiveram com tanto medo pelo futuro da economia, segundo o BofA
Segundo um relatório do Bank of America (BofA), 42% dos gestores globais enxergam a possibilidade de uma recessão global
O que aconteceu com a fortuna dos maiores bilionários chineses com Trump ‘tocando o terror’ nas tarifas contra o gigante asiático?
Com a guerra comercial que está acontecendo entre China e EUA, os bilionários norte-americanos já perderam quase meio trilhão de dólares somados. Nesse cenário, como estão os ricaços chineses?
Sol sem clichê: 4 destinos alternativos para curtir o verão no Hemisfério Norte
De Guadalajara a Montreal, quatro cidades surpreendentes para quem quer fugir do lugar comum com charme e originalidade no verão do Hemisfério Norte
Google teve semana de más notícias nos EUA e Reino Unido; o que esperar da próxima semana, quando sai seu balanço
Nos EUA, juíza alega que rede de anúncios digitais do Google é monopólio ilegal; no Reino Unido, empresa enfrenta ação coletiva de até 5 bilhões de libras por abuso em publicidade
Inteligência artificial e Elon Musk podem manchar a imagem das empresas? Pesquisa revela os maiores riscos à reputação em 2025
A pesquisa Reputation Risk Index mostrou que os atuais riscos à reputação das empresas devem aumentar no decorrer deste ano
Os cinco bilionários que mais perderam dinheiro neste ano em meio ao novo governo Trump – e o que mais aumentou sua fortuna
O ano não tem sido fácil nem para os ricaços; a oscilação do mercado tem sido fortemente influenciada pelas decisões do novo governo Trump, em especial o tarifaço global proposto por ele
Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina
As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial
Você está demitido: Donald Trump segue empenhado na justa causa de Jerome Powell
Diferente do reality “O Aprendiz”, o republicano vai precisar de um esforço adicional para remover o presidente do Fed do cargo antes do fim do mandato
Batalha naval: navios da China entram na mira das tarifas americanas — mas, dessa vez, não foi Trump que idealizou o novo imposto
As autoridades americanas chegaram à conclusão que a China foi agressiva para estabelecer dominância no setor de construção naval
Guerra comercial de Trump está prejudicando a economia do Brasil? Metade dos brasileiros acredita que sim, diz pesquisa
A pesquisa também identificou a percepção dos brasileiros sobre a atuação do governo dos Estados Unidos no geral, não apenas em relação às políticas comerciais
Com ou sem feriado, Trump continua sendo o ‘maestro’ dos mercados: veja como ficaram o Ibovespa, o dólar e as bolsas de NY durante a semana
Possível negociação com a China pode trazer alívio para o mercado; recuperação das commodities, especialmente do petróleo, ajudaram a bolsa brasileira, mas VALE3 decepcionou
‘Indústria de entretenimento sempre foi resiliente’: Netflix não está preocupada com o impacto das tarifas de Trump; empresa reporta 1T25 forte
Plataforma de streaming quer apostar cada vez mais na publicidade para mitigar os efeitos do crescimento mais lento de assinantes
Show de ofensas: a pressão total de Donald Trump sobre o Fed e Jerome Powell
“Terrível”, “devagar” e “muito político” foram algumas das críticas que o presidente norte-americano fez ao chefe do banco central, que ele mesmo escolheu, em defesa do corte de juros imediato
Mirou no que viu e acertou no que não viu: como as tarifas de Trump aceleram o plano do Putin de uma nova ordem mundial
A Rússia não está na lista de países que foram alvo das tarifas recíprocas de governo norte-americano e, embora não passe ilesa pela efeitos da guerra comercial, pode se dar bem com ela
Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano
Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial
Ações da Hertz dobram de valor em dois dias após bilionário Bill Ackman revelar que assumiu 20% de participação na locadora de carros
A gestora Pershing Square começou a montar posição na Hertz no fim de 2024, mas teve o aval da SEC para adiar o comunicado ao mercado enquanto quintuplicava a aposta