Ponte aérea Rio-SP é ‘fichinha’: descubra as rotas aéreas mais movimentadas do mundo
Dados da OAG mostram uma mudança na conjuntura econômica e política mundial
Aposto que, toda vez que você está sentado na janela de um avião, você não consegue ver outro avião passando ao lado. Pelo menos, espero que não, pelo seu próprio bem.
A verdade é que o fluxo aéreo é pouco perceptível para nós, meros viajantes. O máximo que dá para notar é quando as aeronaves fazem fila para decolar, em época de aeroportos lotados.
No entanto, isso não quer dizer que não exista um verdadeiro trânsito aéreo. E, nesse caso, o equivalente à “Marginal Pinheiros” seria o trajeto entre o aeroporto de Hong Kong e o de Taipei, em Taiwan.
Isso porque essa foi a rota aérea mais cheia em 2024, contabilizando 6,8 milhões de assentos. Em 2023, o trecho HKG-TPE tinha sido o terceiro mais movimentado globalmente, mas agora assumiu a primeira posição.
Esse não foi o único trajeto na região da Ásia-Pacífico a ter um crescimento expressivo neste ano.
No total, sete das dez rotas de aviação mais movimentadas do mundo estão entre países dessa parte do mundo.
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A exceção está nos seguintes trechos:
- Cairo (Egito) a Jidá (Arábia Saudita), que é a 2º mais cheia do mundo;
- Dubai (Emirados Árabes Unidos) a Riad (Arábia Saudita), que ocupa a 6ª posição;
- Nova York (Estados Unidos) a Londres (Inglaterra), no 10º lugar.
Mais do que um dado curioso, essas informações da OAG mostram uma mudança de paradigma na conjuntura política e econômica mundial, sugerindo que o “eixo do mundo” está se deslocando para a Ásia.
A pujança da economia chinesa – mesmo com as crises recentes – é um dos maiores impulsionadores desse fenômeno. Mas não é apenas a China que está assumindo cada vez mais protagonismo mundial.
Países como Japão, Indonésia, Coréia do Sul, Índia e Vietnã também tem se esforçado para atrair investimento estrangeiro e tornarem-se hubs de negócios.
Somado a isso, a população mais jovem da maioria dos países da Ásia-Pacífico também sinaliza uma perspectiva de atividade econômica mais aquecida, em contraposição a vários países europeus, que vêem os habitantes ficarem cada vez mais velhos, sem que a taxa de natalidade “compense” esse declínio.