Mais forte com Trump? Dólar livre na Argentina e saída do Mercosul — como Milei vai colocar seus planos em ação
O presidente argentino foi entrevistado pela Bloomberg durante o Fórum Econômico Mundial e reforçou a confiança em sua agenda de governo

A posse de Donald Trump como presidente dos EUA parece estar servindo de inspiração para outro presidente, o da Argentina. Javier Milei aproveitou a participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, para falar do fim do controle cambial na Argentina e de uma possível saída do país do Mercosul.
Em entrevista à Bloomberg News, Milei — que esteve na posse de Trump em Washington — reiterou seu compromisso de encerrar as restrições cambiais ainda este ano, permitindo que os argentinos comprem dólares livremente. No entanto, ressaltou que há condições que precisam ser atendidas primeiro.
"O cepo (como são conhecidas as restrições cambiais no país) é aberrante e vou removê-lo. O que acontece é que sou um liberal libertário, não sou um liberal 'libertarado'", afirmou o presidente argentino.
As condições para o dólar livre na Argentina
Antes de normalizar o mercado de câmbio, Milei destacou que será necessário equilibrar as reservas do Banco Central e controlar a inflação. Como parte desse plano, mencionou que seu governo negocia com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a obtenção de novos recursos.
Apesar dos desafios e sacrifícios da abordagem econômica de Milei, o presidente argentino acumula vitórias importantes após um ano de mandato.
Leia Também
Na entrevista o presidente também enfatizou que a economia está reagindo positivamente, mesmo diante das medidas de austeridade que marcaram seu primeiro ano de governo. “Conseguimos manter a ordem social, mesmo com ajustes severos,” destacou.
Milei: um pé em cada barco
Quando questionado sobre a possibilidade de uma saída do Mercosul, apesar dos atritos com outros líderes do bloco, Milei afirmou que só sairia, se necessário, para firmar um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, acrescentando que espera chegar a um acordo sem precisar tomar tal medida drástica.
“Existem mecanismos que podem ser usados dentro do Mercosul, então acreditamos que isso pode ser feito sem necessariamente sair do bloco”, disse ele.
Ele não confirmou se discutiu um possível acordo com Trump ou membros de sua administração enquanto estava em Washington.
O presidente argentino defendeu que os países do bloco devem ter independência para negociar acordos comerciais. Para ele, o Mercosul não pode se tornar um obstáculo a pactos bilaterais.
"Estamos trabalhando fortemente na possibilidade de um acordo com os EUA", revelou.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Bloomberg
Ação da Embraer (EMBR3) sobe mais de 3% após China dar o troco nos EUA e vetar aviões da Boeing
Proibição abre espaço para a companhia brasileira, cujas ações vêm sofrendo com a guerra comercial travada por Donald Trump
O mundo vai pagar um preço pela guerra de Trump — a bolsa já dá sinais de quando e como isso pode acontecer
Cálculos feitos pela equipe do Bradesco mostram o tamanho do tombo da economia global caso o presidente norte-americano não recue em definitivo das tarifas
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Trump vai recuar e mesmo assim cantar vitória?
Existe um cenário onde essa bagunça inicial pode evoluir para algo mais racional. Caso a Casa Branca decida abandonar o tarifaço indiscriminado e concentrar esforços em setores estratégicos surgirão oportunidades reais de investimento.
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
Dá com uma mão e tira com a outra: o próximo alvo das tarifas de Donald Trump já foi escolhido
Mesmo tendo anunciado a suspensão das tarifas por 90 dias por conta do caos nos mercados, o republicano diz que as taxas são positivas e não vai parar
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Um novo dono para o Instagram e WhatsApp: o que está em jogo no julgamento histórico da empresa de Zuckerberg
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência, obtendo um monopólio
Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’
Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana
Nvidia (NVDC34), queridinha da IA, produzirá supercomputadores inteiramente nos Estados Unidos
As “super fábricas” da Nvidia começarão a produção em escala industrial nos próximos 12 a 15 meses, divididas em 92 mil metros quadrados
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
COP30: O que não te contaram sobre a maior conferência global do clima e por que ela importa para você, investidor
A Conferência do Clima será um evento crucial para definir os rumos da transição energética e das finanças sustentáveis no mundo. Entenda o que está em jogo e como isso pode impactar seus investimentos.
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Nada de iPhones mais caros? Governo Trump recua e isenta tarifas para smartphones, chips e computadores pessoais
Governo dos EUA exclui smartphones, servidores e chips das tarifas de 145%, em movimento visto como alívio estratégico para a Apple e o setor de tecnologia
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Mercado de arte viveu mais um ano de desaceleração, com queda de 12% das vendas, aponta relatório
A indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte