Do programa inédito de demissão voluntária à primeira lei de Trump
O republicano lançou um programa inédito para enxugar o funcionalismo público nos EUA e também sancionou a primeira legislação de seu segundo mandato, sobre imigração, é claro

Programas de demissão voluntária são relativamente comuns em empresas privadas, em especial depois de alguma fusão ou de uma alteração relevante no quadro de sócios. Agora Donald Trump quer convencer os funcionários públicos norte-americanos a aderirem a algo similar, embora com outro nome.
Trump ofereceu na noite de terça-feira (28) oito salários a qualquer funcionário público federal que aceite participar de seu “programa de demissão adiada”.
Os trabalhadores do setor público federal dos Estados Unidos têm até 6 de fevereiro para responder com a palavra “resign” a um e-mail enviado pelo governo.
Os participantes receberão salários até 30 de setembro, mas não precisarão mais comparecer ao trabalho. Aqueles que não aderirem, não têm garantia de permanecer no emprego, claro.
Por meio do programa, inédito no país, Trump pretende cumprir a promessa de campanha de enxugar radicalmente o funcionalismo público norte-americano.
A expectativa do governo é de que a adesão alcance 10% do quadro total.
Leia Também
Se a projeção se cumprir, o programa alcançará em torno de 200 mil pessoas.
De acordo com a CBS News, o serviço público civil dos EUA conta com pouco mais de 2 milhões de funcionários.
Há exceções, no entanto. Os funcionários do setor de imigração, do Serviço Postal e de áreas relacionadas à segurança nacional norte-americana não podem aderir ao programa.
Ainda é impossível estimar o impacto exato das “demissões adiadas” sobre os cofres públicos, tanto em termos de gastos imediatos quanto de economia no médio prazo.
Segundo pessoas a par do programa, o governo pretende obter uma economia futura de US$ 100 bilhões — apenas uma fração dos US$ 2 trilhões prometidos por Elon Musk, o bilionário chamado por Trump para passar o facão nos gastos governamentais.
Enquanto espera a resposta aos e-mails enviados, a caneta de Trump não cai da mão.
Nesta quarta-feira (29), além de criticar o Federal Reserve por manter os juros inalterados, o republicano assinou a primeira lei de seu segundo mandato.
E, evidentemente, só poderia ser sobre o tema “preferido” do presidente norte-americano: imigração.
O republicano sancionou a Lei Laken Riley, que expande o escopo daqueles que podem ser presos, detidos e deportados por agentes federais de imigração.
Em outras palavras, a medida orienta a polícia federal de imigração a prender e mandar de volta para casa qualquer imigrante que não tenha documentos e que tenha cometido crime nos EUA. O detalhe: não é preciso esperar o julgamento ou a condenação da justiça para isso.
O nome da legislação não é por acaso. Laken Riley foi uma estudante de enfermagem da Geórgia, de 22 anos, que foi morta no ano passado por um venezuelano sem status legal.
José Ibarra havia sido acusado de furto em loja em Nova York — os republicanos argumentam que a lei sancionada hoje teria permitido sua deportação mais cedo e teria salvado Riley.
Sem a lei, o assassinato da estudante acabou se tornando um grito de guerra para os republicanos que criticavam a abordagem do governo de Joe Biden à segurança da fronteira — e agora é uma bandeira de Trump.
Vale (VALE3): produção de minério cai 4,5% no 1T25; vendas sobem com preço quase 10% menor
A alta nas vendas de minério foram suportadas pela comercialização de estoques avançados formados em trimestres anteriores, para compensar as restrições de embarque no Sistema Norte devido às chuvas
Tarifaço de Trump pode não resultar em mais inflação, diz CIO da Empiricus Gestão; queda de preços e desaceleração global são mais prováveis
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, fala sobre política do caos de Trump e de como os mercados globais devem reagir à sua guerra tarifária
Disney que se cuide: Universal anuncia maior parque temático da Flórida em décadas; veja preços
Epic Universe começa a funcionar no dia 22 de maio, com cinco mundos temáticos diferentes, incluindo uma área especial para Harry Potter
Com chuva de incertezas, nova stablecoin atrelada ao CPI dos EUA busca oferecer proteção inflacionária
A USDi acompanha o poder de compra do dólar, ajustando-se pela variação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA a partir de dezembro de 2024
Ação da Embraer (EMBR3) sobe mais de 3% após China dar o troco nos EUA e vetar aviões da Boeing
Proibição abre espaço para a companhia brasileira, cujas ações vêm sofrendo com a guerra comercial travada por Donald Trump
O mundo vai pagar um preço pela guerra de Trump — a bolsa já dá sinais de quando e como isso pode acontecer
Cálculos feitos pela equipe do Bradesco mostram o tamanho do tombo da economia global caso o presidente norte-americano não recue em definitivo das tarifas
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Trump vai recuar e mesmo assim cantar vitória?
Existe um cenário onde essa bagunça inicial pode evoluir para algo mais racional. Caso a Casa Branca decida abandonar o tarifaço indiscriminado e concentrar esforços em setores estratégicos surgirão oportunidades reais de investimento.
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
Dá com uma mão e tira com a outra: o próximo alvo das tarifas de Donald Trump já foi escolhido
Mesmo tendo anunciado a suspensão das tarifas por 90 dias por conta do caos nos mercados, o republicano diz que as taxas são positivas e não vai parar
Um novo dono para o Instagram e WhatsApp: o que está em jogo no julgamento histórico da empresa de Zuckerberg
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência, obtendo um monopólio
Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’
Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana
Nvidia (NVDC34), queridinha da IA, produzirá supercomputadores inteiramente nos Estados Unidos
As “super fábricas” da Nvidia começarão a produção em escala industrial nos próximos 12 a 15 meses, divididas em 92 mil metros quadrados
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
COP30: O que não te contaram sobre a maior conferência global do clima e por que ela importa para você, investidor
A Conferência do Clima será um evento crucial para definir os rumos da transição energética e das finanças sustentáveis no mundo. Entenda o que está em jogo e como isso pode impactar seus investimentos.
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam