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Dani Alvarenga

Repórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

GUERRA COMERCIAL

China sobe o tom, anuncia retaliações às tarifas dos EUA e faz Donald Trump querer conversar com Xi Jinping

Além das taxações, China coloca o Google no meio da guerra comercial. Já as tarifas de Donald Trump aos produtos chineses podem ter impacto reduzido

Dani Alvarenga
4 de fevereiro de 2025
10:30
Montagem representa guerra comercial entre China e EUA
Imagem: Shutterstock

Donald Trump não completou nem um mês na Casa Branca e já voltou a adotar as tarifas como arma para forçar os parceiros comerciais a negociar. Mas a China não deixou por menos e subiu o tom após o anúncio de impostos de 10% em todos os produtos de origem chinesa nos Estados Unidos.

Inicialmente, a resposta do Gigante Asiático pareceu colocar panos quentes na situação. O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou apenas que “não haveria vencedores em uma guerra tarifária” e que tomaria medidas legais na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Contudo, nesta terça-feira (04), o Ministério do Comércio da China anunciou a imposição de tarifas sobre diversos produtos fabricados nos Estados Unidos. A divulgação foi realizada à meia-noite, ou seja, no mesmo instante que os impostos de Trump entraram em vigor.

Xi Jinping não parou só na taxação e também tornou o Google um alvo na guerra comercial. O governo anunciou a abertura de uma investigação contra a gigante norte-americana.

Parte da calma inicial do governo chinês pode fazer parte da tentativa de negociações com o presidente dos EUA. Segundo a Casa Branca, Trump conversará com Xi Jinping ainda hoje.

Vale lembrar que, após negociações, o governo americano suspendeu em 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre produtos com origem no México e no Canadá. Os impostos foram anunciados em conjunto com a nova taxação de mercadorias chinesas.

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Segundo o Ministério do Comércio chinês, o carvão e o gás liquefeito serão taxados em 15%. Já o petróleo bruto, as máquinas agrícolas e os veículos de grande potência norte-americanos terão tarifas de 10%. As medidas serão implementadas a partir do dia 10 de fevereiro.

Além disso, o órgão anunciou que, a partir desta terça-feira, vai ampliar o controle da exportação de tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio. 

Esses metais são utilizados por diversas indústrias. O molibdênio, por exemplo, é utilizado para tornar o aço mais forte e menos propenso à ferrugem, enquanto o telúrio é um componente dos painéis solares.

Apesar de o comunicado não citar nenhum país em específico, a iniciativa surgiu em meio às medidas retaliatórias contra os Estados Unidos.

Quanto ao Google, a Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China iniciou uma investigação sobre a big tech por suspeita de violação da lei antitruste. 

Embora o mecanismo de busca da empresa e seus serviços Google Maps, Gmail e YouTube sejam bloqueados no país desde 2010, há um uso intenso do sistema operacional Android, que é o mais popular na China.

Além disso, o Google ainda mantém outras operações, como o fornecimento de ajuda a empresas chinesas que buscam anunciar nas plataformas da companhia no exterior.

Ainda não é possível saber quais atividades da big tech serão alvos de análise, uma vez que o comunicado não traz maiores detalhes sobre a investigação contra o gigante da tecnologia.

Tarifas de Trump vão doer… mas nem tanto

Enquanto comemorava o Ano Novo Lunar, a população chinesa recebeu a notícia de que os produtos do país passariam a ser taxados em 10% nos EUA – e esses impostos podem trazer dores de cabeça ao Gigante Asiático.

Isso porque a economia da China encontra-se em ritmo lento. Assim, a taxação de Trump pode dificultar a recuperação do país. 

Além disso, a guerra comercial entre Washington e Pequim não é inédita, o que faz os novos impostos se somarem a uma série de tarifas que o republicano já havia imposto anteriormente, em seu primeiro mandato.

Apesar disso, os impactos dos atuais impostos de Trump serão reduzidos. Isso porque, atualmente, a economia chinesa não é tão dependente dos EUA como era em 2020, quando o republicano ocupou a Casa Branca pela primeira vez.

A China fortaleceu os acordos comerciais na África, América do Sul e no Sudeste Asiático, se tornando o maior parceiro comercial de mais de 120 países.

Contudo, Trump vem ameaçando escalar as tensões através do aumento da taxação de 10% para uma porcentagem de 60%, conforme prometeu durante a campanha eleitoral.

*Com informações de Associated Press, Dow Jones Newswires, BBC News e CNBC

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