China em 2025: os compromissos da segunda maior economia do mundo para deixar a crise para trás
A economia chinesa enfrenta uma deflação provocada por uma grave crise imobiliária e por níveis de consumo abaixo dos registrados antes da pandemia, mas está pronta para começar o ano com novas políticas de estímulo

A China não fugiu de uma tradição mais ocidentalizada de encerrar o ano com uma lista de metas a serem cumpridas no novo ciclo que começa. No caso de Pequim, os compromissos incluem a implementação de uma política monetária moderadamente relaxada, o uso de uma variedade de instrumentos de política monetária de forma abrangente e a manutenção de ampla liquidez.
A segunda maior economia do mundo também diz que, em 2025, buscará manter a taxa de câmbio do yuan estável e garantirá que o avanço do financiamento social e da base monetária fique em linha com as metas projetadas de crescimento econômico e de inflação.
Tudo isso tem uma razão de ser: a China enfrenta uma deflação provocada por uma grave crise imobiliária e por níveis de consumo abaixo dos registrados antes da pandemia.
O governo chinês implementou várias medidas de estímulo fiscal nos últimos meses, como a redução de algumas taxas de juros e o aumento do limite de endividamento dos governos locais, mas ainda não conseguiu tirar a segunda maior economia do mundo da crise.
- SAIBA MAIS: Especial Onde Investir 2025 convida especialistas do BTG Pactual, Empiricus e mais para analisar o mercado financeiro no ano que virá; garanta seu ingresso gratuito aqui
A China vai ficar só na promessa em 2025?
Nesta sexta-feira (3), a China reforçou o compromisso de ampliar a emissão dos títulos da dívida especiais com vencimento ultralongo, como parte de um esforço mais amplo para estimular o consumo e revigorar a segunda maior economia do mundo.
Em uma coletiva de imprensa para anunciar novas medidas, o secretário-geral adjunto da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma do país asiático, Yuan Da, disse que os recursos serão usados para financiar um programa de subsídios para a renovação de equipamentos e de bens de consumo.
Leia Também
"Serão implementados subsídios para a compra de novos produtos digitais, como celulares, e serão dados subsídios a consumidores individuais para a compra de três tipos de produtos digitais, como celulares, tablets, relógios e smartwatch", explicou ele.
Na mesma linha, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) reforçou o compromisso de implementar cortes de compulsórios bancários (RRR, na sigla em inglês) e de juros em algum momento ainda não definido neste ano.
Durante reunião na semana passada, o Comitê de Política Monetária do PBoC sugeriu acelerar a intensidade dos ajustes nos principais instrumentos e também reforçou plano de manter a taxa de câmbio estável.
A instituição reiterou ainda a intenção de estabilizar o mercado imobiliário e de assegurar ampla liquidez ao sistema financeiro.
TRUMP, Bitcoin, Embraer, Rebeca Andrade… O MELHOR do Seu Dinheiro em 2024
Como Xi vê a China em 2025
Xi Jinping encerrou 2024 com seu tradicional discurso de Ano Novo. Nele, o presidente da China reconheceu os desafios no horizonte da segunda maior economia do mundo, mas expressou otimismo de que podem ser superados com a ajuda de políticas proativas e a contínua promoção de reformas estruturais.
“A operação econômica atual enfrenta algumas situações novas, desafios de incerteza no ambiente externo e pressão da transformação de antigos motores de crescimento em novos, mas tudo isso pode ser superado com muito trabalho”, afirmou.
Xi reiterou que confia em alcançar a meta oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimada em 5% para 2024, percentual que alguns especialistas duvidam que o gigante asiático consiga atingir.
Vale lembrar que recentemente foram divulgados os resultados do Censo Econômico Nacional, que reajustou o valor do PIB de 2023 para mais de 129 trilhões de yuans, o que significou 3,36 trilhões de yuans a mais do que o valor divulgado anteriormente — isso significou um aumento de 2,7%.
O cálculo do PIB de 2024 será feito em relação ao novo valor. Porém, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, a mudança não deve representar uma mudança significativa no resultado do ano.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Um novo dono para o Instagram e WhatsApp: o que está em jogo no julgamento histórico da empresa de Zuckerberg
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência, obtendo um monopólio
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Mercado de arte viveu mais um ano de desaceleração, com queda de 12% das vendas, aponta relatório
A indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Vítima da guerra comercial, ações da Braskem (BRKM5) são rebaixadas para venda pelo BB Investimentos
Nova recomendação reflete o temor de sobreoferta de commodities petroquímicas no cenário de troca de farpas entre Estados Unidos e o restante do mundo
China dá ‘palavra final’ aos EUA sobre taxas: a partir de agora, Trump será ignorado; Wall Street reage
Índices de NY operam em alta ao longo desta tarde
China bate de frente com Trump mais uma vez e mercados tremem — bancões vão segurar as pontas em Wall Street?
JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley reportaram resultados fortes no primeiro trimestre de 2025 e as ações estão em alta
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
O pior está por vir — e não é mais tarifa: o plano de Trump que pode expulsar as empresas chinesas da bolsa
Circula nos corredores da Casa Branca e do Congresso norte-americano um plano que pode azedar de vez a relação entre as duas maiores economias do mundo
Obrigado, Trump: China aumenta compra de soja brasileira e Santander vê uma empresa bem posicionada para se beneficiar da maior demanda
A guerra de tarifas entre China e Estados Unidos nem esfriou e as empresas asiáticas já começaram os pedidos de soja brasileira: 2,4 milhões de toneladas nesta primeira semana
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
A trégua que todo mundo espera vem aí? Trump diz que não vê mais aumento de tarifas sobre a China
Presidente norte-americano afasta também a possibilidade de a guerra sair do campo comercial e escalar ainda mais
Nem a China vai conseguir parar os EUA: bancão de Wall Street revê previsão de recessão após trégua de Trump nas tarifas
Goldman Sachs volta atrás na previsão para a maior economia do mundo depois que o presidente norte-americano deu um alívio aos países que não retaliaram os EUA
Bitcoin (BTC) dispara e recupera patamar de US$ 82 mil — alívio nas tarifas reacende o mercado cripto
Após o presidente Donald Trump anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, o bitcoin subiu 6,10% e puxou alta de todo o mercado de criptomoedas