Golpes por Pix: perdas financeiras no Brasil devem chegar a R$ 11 bilhões em 2028, segundo estudo; confira 10 dicas para se proteger
Projeções apontam que os Estados Unidos devem liderar ranking global de golpes, com R$ 12,46 bilhões em perdas financeiras por meios de pagamento instantâneos

Os golpes por Pix no Brasil devem atingir R$ 11 bilhões em 2028, segundo projeção da ACI Worldwide, empresa especializada em serviços de tecnologia com meios de pagamentos.
Segundo o estudo divulgado nesta terça-feira (21) as perdas financeiras por golpes em formas de pagamento em tempo real – tais como o Pix – representam 63% de todas as perdas por fraude via aplicativos em todo o mundo. Em 2028, elas devem representar 80% do total.
Segundo o relatório divulgado nesta terça, denominado “2024 Scamscope - The Battle for Trust” (“Escopo de fraude 2024 - A Batalha pela Confiança”, em tradução livre), quem deve liderar o ranking são os Estados Unidos, que devem amargar R$ 12,46 bilhões em perdas financeiras por meios de pagamento instantâneos.
Para chegar a esses cálculos, eles informam que se valeram de informações públicas, tais como as disponíveis nos bancos centrais, além de associações de pagamento, relatórios de empresas e feeds de notícias
Além do Brasil e Estados Unidos, o estudo traz dados ainda de outros quatro países: Reino Unido, Índia, Austrália e Emirados Árabes Unidos.
O comparativo é feito entre os anos de 2023 e 2028, demonstrando como será o comportamento das fraudes no período.
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Em 2023, o Brasil era o quinto com mais golpes, segundo o levantamento, em fraudes que somavam R$ 2,12 bilhões. A liderança era dos Estados Unidos, com R$ 5,23 bilhões.
Se as projeções da empresa se confirmarem, proporcionalmente, a maior evolução das fraudes deve ocorrer nos Emirados Árabes, num salto de 277,436%, seguido dos Estados Unidos, num avanço de 138,15%, e Austrália, com 52,07%.
Em seguida aparecem o Brasil, com elevação de 52,5, Reino Unido (35,12%), e Índia, com 32,23%.
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Dark web
Segundo os autores, com o aumento dos pagamentos em tempo real, os golpistas estão usando até IA para realizar os ataques, “automatizando golpes, melhorando o conteúdo, escopo e alcance de golpes”, informa trecho do estudo.
A análise indica ainda que os criminosos estão abrindo contas usando identidades sintéticas [quando são usadas informações falsas e reais] alimentadas por dados da dark web, ou mesmo comprando ou extorquindo de detentores legítimos de contas.
“Para enfrentar esses desafios, identificar tendências e fechar o cerco aos golpistas, bancos devem 'combater fogo com fogo' ao utilizar IA para ajudar a analisar dados de transações, sinalizar comportamentos suspeitos e facilitar a colaboração em tempo real com outros bancos”, diz o estudo.
O Pix do Brasil
O “2024 Scamscope - The Battle for Trust” traz uma extensa análise de cada um dos países estudados. No capítulo sobre o Brasil, eles se debruçam sobre o Pix.
Segundo os autores, o meio de pagamento instantâneo “revolucionou” a forma como transações financeiras são realizadas no País, oferecendo uma alternativa rápida e conveniente para consumidores e empresas.
No entanto, segundo escrevem, essa mesma velocidade e facilidade também atraíram a atenção de fraudadores, que buscam explorar as brechas do sistema para realizar golpes financeiros.
O estudo lembra das medidas adotadas pelo Banco Central e outras autoridades financeiras brasileiras para mitigar os efeitos de fraudes.
Eles ressaltam a adoção de limites de transferência, o monitoramento comportamental e de dispositivos para identificar atividades suspeitas, e o incentivo ao compartilhamento de dados entre instituições financeiras, o Open Finance.
Segundo o estudo, a inteligência artificial vem atuando como uma ferramenta de duplo propósito já que, por um lado, tem sido utilizada por criminosos para aprimorar suas técnicas de fraude, como na criação de esquemas de phishing mais sofisticados.
Por outro, as instituições financeiras brasileiras estão cada vez mais recorrendo à IA para fortalecer seus sistemas de detecção de fraude.
Para que os esforços tenham sucesso, segundo a análise, é necessária uma integração de provedores de internet e de comunicação, além de campanhas de conscientização para clientes.
“Embora o Brasil tenha feito avanços significativos no combate à fraude em APP, a batalha está longe de terminar. Sistemas de pagamento em tempo real são uma parte vital da economia moderna, mas vêm com riscos inerentes que requerem monitoramento constante e soluções inovadoras”, diz um trecho da análise.
Como identificar e se prevenir de golpes? Veja 10 dicas
- Evite clicar em links estranhos enviados por WhatsApp, SMS ou e-mail;
- Utilize senhas fortes em seus dispositivos, a autenticação de dois fatores e nunca passe para terceiros. Essas medidas evitam que as contas em redes, como WhatsApp, sejam clonadas e utilizadas por golpistas para que apliquem golpes em parentes e amigos;
- Verifique se o site em que deseja realizar a compra possui o certificado digital, ou seja, links que comecem com o "https";
- Evite passar dados pessoais por ligação. Os criminosos utilizam essas informações para enviar links falsos na tentativa de aplicar golpes;
- Monitore seu CPF regularmente para saber se não há registros. Dessa forma, o consumidor consegue saber de forma mais rápido se o seu nome está sendo usado por terceiros;
- Verifique os comentários de outros consumidores. O consumidor pode conferir a reputação da empresa por meio de sites, como o Reclame Aqui;
- Desconfie de ofertas com grandes diferenças de preços e últimos itens no estoque;
- Verifique se os dados da empresa, como razão social e CNPJ, estão corretos em boletos bancários e antes de finalizar transações via Pix;
- Desconfie de produtos e serviços oferecidos por páginas de redes sociais sem selo autenticação e baixo número de seguidores;
- Evite pagamentos fora da página em que os produtos e serviços foram escolhidos. Os criminosos fazem isso para evitar o bloqueio da transferência do dinheiro depois de uma denúncia.
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