Vale (VALE3) sente os efeitos das tarifas de Trump, mas ação da mineradora pode não sofrer tanto quanto parece
A companhia vem sentindo na pele efeitos da troca da guerra comercial entre EUA e China, mas o Itaú BBA ainda aposta no papel como opção para o investidor; entenda os motivos

As tarifas de Donald Trump devem afetar de forma limitada as ações da Vale (VALE3) — ainda que a mineradora esteja sentindo o efeito da guerra comercial entre China e EUA. De acordo com analistas do Itaú BBA, os investidores devem conseguir ganhar em meio ao caos nos mercados.
O motivo é simples: a robustez do minério de ferro permite que, mesmo com quedas de preços recentes, continue performando melhor que as demais commodities, especialmente porque os Estados Unidos não possuem um papel relevante no setor.
O relatório divulgado pelo BBA aponta que 70% da produção de aço dos EUA é baseada em fornos elétricos (EAF), tornando o país altamente dependente de sucata e energia para ser um player relevante no mercado de minério de ferro.
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
Mesmo com um superávit em relação às suas necessidades de minério de ferro — produzindo cerca de 46 milhões de toneladas por ano — o país importa cerca de 5 milhões e exporta cerca de 11 milhões de toneladas.
Inclusive o Brasil é um dos principais fornecedores de minério de ferro para os EUA, mas os analistas destacam que os volumes são pouco significativos para o setor.
Em 2024, os EUA importaram menos de 3 milhões de toneladas de minério de ferro do Brasil, o que representou menos de 1% das exportações totais brasileiras de minério de ferro. Para a Vale, isso representa apenas 3% da receita líquida em 2024.
Leia Também
China deve sentir as tarifas de Trump
Ainda assim, a Vale não escapou da guerra comercial e nas ações os efeitos da troca de tarifas entre os EUA e a China — especialmente após a entrada em vigor das tarifas de 104% anunciada pela Casa Branca e que entraram em vigor nesta quarta-feira (9).
As ações da mineradora caíram mais de 5% ontem na esteira da nova taxação da China, uma das maiores consumidoras de minério de ferro do mundo. Essa perda fez com que o valor de mercado da Vale encolhesse em US$ 11 bilhões, para US$ 224,8 bilhões — o menor desde 2020.
- VEJA TAMBÉM: ‘Efeito Trump’ na bolsa pode gerar oportunidades de investimento: conheça as melhores ações internacionais para comprar agora, segundo analista
Hoje, no entanto, mesmo com a resposta da China aos EUA com tarifas de 84%, os papéis da Vale se recuperam. Embora siga negociada abaixo de R$ 50, VALE3 opera com alta de 1,30% no início da tarde (R$ 49,80).
“Apesar de acreditarmos que o mercado já antecipa uma deterioração adicional nos preços do minério de ferro, a performance abaixo do esperado da Vale em relação aos preços do minério melhorou a relação risco-retorno da ação”, avaliam analistas do Itaú BBA.
Com isso, a Vale segue como a principal escolha do banco por ter uma avaliação atrativa mesmo em cenários adversos.
Considerando o preço-alvo do Itaú BBA de US$ 13 para VALE e o preço atual da ação de US$ 8,85 em Nova York, o potencial de valorização do papel é de 46,9%.
*Com informações do Money Times
Nova “vaca leiteira”? Fleury (FLRY3) entra no radar dos analistas como aposta de bons dividendos para 2025 e além
Perspectiva de crescimento de receita, baixo endividamento e boa capacidade de converter lucro operacional em caixa faz da empresa de diagnósticos a nova aposta defensiva para dividendos do BBA e da Empiricus
China dá ‘palavra final’ aos EUA sobre taxas: a partir de agora, Trump será ignorado; Wall Street reage
Índices de NY operam em alta ao longo desta tarde
China bate de frente com Trump mais uma vez e mercados tremem — bancões vão segurar as pontas em Wall Street?
JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley reportaram resultados fortes no primeiro trimestre de 2025 e as ações estão em alta
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump
Estudos mostram que preços dos ingressos para os parques temáticos subiram mais do que a inflação americana; somado a isso, empresa passou a cobrar por serviços que antes eram gratuitos
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
O pior está por vir — e não é mais tarifa: o plano de Trump que pode expulsar as empresas chinesas da bolsa
Circula nos corredores da Casa Branca e do Congresso norte-americano um plano que pode azedar de vez a relação entre as duas maiores economias do mundo
Obrigado, Trump: China aumenta compra de soja brasileira e Santander vê uma empresa bem posicionada para se beneficiar da maior demanda
A guerra de tarifas entre China e Estados Unidos nem esfriou e as empresas asiáticas já começaram os pedidos de soja brasileira: 2,4 milhões de toneladas nesta primeira semana
BofA, Itaú BBA e Santander reforçam recomendação de investimento na Sabesp (SBSP3) após anúncio de precatório bilionário
Segundo os bancos, o acordo com a prefeitura de São Paulo pode resultar numa geração de valor presente líquido que pode representar até 2% do valor de mercado da Sabesp
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
A trégua que todo mundo espera vem aí? Trump diz que não vê mais aumento de tarifas sobre a China
Presidente norte-americano afasta também a possibilidade de a guerra sair do campo comercial e escalar ainda mais
Nem a China vai conseguir parar os EUA: bancão de Wall Street revê previsão de recessão após trégua de Trump nas tarifas
Goldman Sachs volta atrás na previsão para a maior economia do mundo depois que o presidente norte-americano deu um alívio aos países que não retaliaram os EUA
Bitcoin (BTC) dispara e recupera patamar de US$ 82 mil — alívio nas tarifas reacende o mercado cripto
Após o presidente Donald Trump anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, o bitcoin subiu 6,10% e puxou alta de todo o mercado de criptomoedas
Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%
Ivan Sant’Anna: Trumponomics e o impacto de um erro colossal
Tal como sempre acontece, o mercado percebeu imediatamente o tamanho da sandice e reagiu na mesma proporção
Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho
As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações
Tarifaço de Trump é como uma “mini Covid” para o mercado, diz CIO da TAG; veja onde investir e como se proteger neste cenário
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio e CIO da TAG Investimentos, André Leite, fala sobre o impacto da guerra comercial nas empresas e como os próprios parlamentares do país tentam reverter a situação
Inteligência artificial autônoma abala modelos de negócios das big techs; Google é a que tem mais a perder, mas não é a única, diz Itaú BBA
Diante do desenvolvimento acelerado de agentes autônomos de inteligência artificial, as big techs já se mexem para não perder o bonde
“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora
Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial