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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

SEM QUÍMICA COM O MERCADO

Um trimestre para esquecer: Braskem (BRKM5) lidera perdas do Ibovespa com queda de mais de 7%; saiba o que o futuro guarda para a petroquímica

A companhia registrou um prejuízo de R$ 5,649 bilhões no quarto trimestre de 2024 e explica as razões para essa performance; banco diz o que fazer com o papel agora

Carolina Gama
27 de fevereiro de 2025
12:07
Vista da então nova unidade da Braskem Petroquímica, em Paulínia, São Paulo. Petrobras (PETR3 e PETR4) e Novonor são as principais acionistas da Braskem (BRKM5) | Dividendos
Imagem: Estadão Conteúdo/Alex Silva

Um trimestre para esquecer. Foi assim que a XP definiu a performance financeira da Braskem (BRKM5) nos últimos três meses de 2024. Mas, por enquanto, as perdas de R$ 5,65 bilhões da petroquímica estão bem vivas no mercado, que castiga os papéis da companhia nesta quinta-feira (27). 

As ações da Braskem estão entre as maiores baixas do Ibovespa hoje, com queda superior a 7% na esteira do prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 5,649 bilhões no quarto trimestre de 2024. O resultado representa uma piora de 259% em relação às perdas reportadas no fim de 2023. 

Além disso, o desempenho entre outubro e dezembro contribuiu para que o prejuízo líquido da empresa chegasse a R$ 11,320 bilhões no acumulado de 2024, uma deterioração de 147% na comparação com 2023. 

“Os resultados foram impactados por spreads mais baixos no mercado petroquímico. Além disso, nossas estimativas podem ter sido otimistas demais, considerando os efeitos do aumento das tarifas de importação e a valorização do dólar”, dizem os analistas da XP Regis Cardoso e Helena Kelm.

A Braskem explica que, no trimestre, o prejuízo teve impacto de R$ 4,7 bilhões de variação cambial negativa no resultado financeiro consolidado. 

O resultado financeiro líquido da empresa foi negativo em R$ 6,429 bilhões, 706% pior do que o de um ano atrás. Sem as variações cambiais, essa linha do balanço teria ficado negativa em R$ 1,7 bilhões, uma deterioração de 55% em relação ao resultado comparável no quarto trimestre de 2023.

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Na visão do Safra, a Braskem reportou “resultados medíocres” nos últimos três meses de 2024. “Um declínio acentuado que foi, em grande parte, atribuído ao fraco desempenho em todas as operações e provisões adicionais”, diz o banco. 

Por volta de 12h, BRKM5 recuava 6,05%, a R$ 11,34 — a maior queda do Ibovespa. No mês e no ano, o desempenho também é negativo: os papéis acumulam perda de 18,75% em fevereiro e de -3,11% em 2024. 

Não foi só o câmbio que derrubou a Braskem

Além do efeito cambial, que contribuiu com o prejuízo da Braskem no quarto trimestre de 2024, a petroquímica diz que os principais spreads no mercado internacional apresentaram queda em relação ao trimestre anterior e foram menores que a média do ano de 2024 — com destaque para a redução dos spreads de polietileno e de principais químicos.

Segundo a empresa, no mercado brasileiro também foi observado o menor nível de demanda de resinas trimestral em 2024, explicado por:

  • Desaceleração da atividade econômica industrial;
  • Manutenção da taxa de juros em patamares historicamente elevados; 
  • Formação de estoques pela cadeia de transformação ocorrida no trimestre anterior, movimento também observado nos Estados Unidos.

Neste contexto, as vendas da Braskem no mercado brasileiro foram menores em relação ao trimestre anterior.

Assim, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente consolidado do trimestre, incluindo efeitos de ociosidade, estoque e outras provisões sem efeito caixa, foi de US$ 102 milhões (R$ 557 milhões), com uma geração operacional de caixa de R$ 1,1 bilhão e geração recorrente de caixa de R$ 265 milhões. 

Incluindo os pagamentos relacionados a Alagoas, o consumo de caixa da companhia foi de R$ 542 milhões.

A XP chama atenção também para a dívida líquida da Braskem, que aumentou em US$ 338 milhões em relação ao trimestre anterior — o que é cerca de 20% da capitalização de mercado da empresa atualmente. 

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Um trimestre para esquecer, mas o que vem por aí?

Se o trimestre da Braskem foi para esquecer, o que vem por aí promete ser melhor — pelo menos na visão do Citi. 

O banco norte-americano concorda que a companhia registrou um conjunto de resultados fracos no quarto trimestre, refletindo principalmente o cenário desafiador da área petroquímica, spreads menores no período e demanda baixa. 

Mas destaca que o aumento da provisão para eventos geológicos em Alagoas já era esperado, e diz que esse aumento pode não pressionar o fluxo de caixa de curto a médio prazo. 

“Mantemos nossa visão de que a melhora contínua no mercado doméstico brasileiro continuará nos próximos trimestres, apoiada por maiores impostos de importação para produtos petroquímicos e incentivos fiscais”, dizem os analistas Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona. 

O Citi manteve a recomendação de compra/alto risco para os papéis da Braskem, com preço-alvo de R$ 23, o que representa um potencial de valorização de 91% sobre o último fechamento. 

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