Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel

O rei dos dividendos acaba de elevar as apostas na bolsa brasileira — desta vez, com apetite renovado por uma companhia em recuperação judicial na B3. Enquanto a aversão ao risco toma conta dos mercados financeiros globais, o megainvestidor Luiz Barsi Filho decidiu abocanhar mais um pedaço da Paranapanema (PMAM3).
Por volta das 12h, as ações da produtora brasileira de cobre saltavam 13,33%, negociadas a R$ 1,70. Nas máximas do dia, o papel chegou a furar a marca dos 20% de alta na B3.
Desde o início do ano, a companhia praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada superior a 90% no período. Hoje, a Paranapanema é avaliada em cerca de R$ 131 milhões.
- VEJA MAIS: Caos nos mercados? ‘Ninguém gosta de incerteza, mas ela abre oportunidades’, diz analista que indica estas ações para investir; confira
O apetite de Barsi pela Paranapanema (PMAM3)
Há alguns anos, Luiz Barsi já figurava no quadro de acionistas da Paranapanema (PMAM3), mas foi apenas na última semana que o “Warren Buffett brasileiro” decidiu elevar a participação na empresa.
O bilionário aumentou a fatia para 5% do capital social da maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e ligas.
Segundo o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o objetivo da operação é calibrar a carteira do megainvestidor.
Leia Também
“O aumento da participação acionária tem como objetivo a adequação de portfólio”, afirmou Barsi, destacando que não busca alterar o controle acionário da companhia ou sua estrutura administrativa.
As finanças da Paranapanema (PMAM3)
Outrora na mira da Vale (VALE3) — que chegou a oferecer mais de R$ 2 bilhões para assumir o controle em 2010 —, a Paranapanema agora luta para manter as finanças de pé.
No quarto trimestre de 2024, a produtora de cobre mais do que triplicou as perdas vistas no mesmo período do ano anterior, para um prejuízo líquido de R$ 809,5 milhões.
No acumulado do ano, o prejuízo chegou a R$ 2,1 bilhões.
Vale lembrar que a Paranapanema entrou em recuperação judicial em dezembro de 2022.
Quando pediu para entrar em recuperação judicial em caráter de urgência, a companhia declarou R$ 450 milhões em dívidas suas e de duas de suas controladas — Centro de Distribuição de Produtos de Cobre (CDPC) e Paraibuna Agropecuária.
À época do pedido da recuperação judicial, Luiz Barsi chegou a dizer que o processo era “o que faltava para o barco não afundar” e considerou que a reestruturação de dívidas “não é um bicho de sete cabeças, como muita gente pensa”.
De acordo com ele, tratava-se de uma forma de a empresa preservar a integridade operacional e, ao mesmo tempo, abrir uma oportunidade de voltar a gerar resultados.
No último balanço financeiro, divulgado em meados de março de 2025, a Paranapanema afirmou que seguia em negociação com os credores para obter novas condições para o equacionamento de seu passivo.
Poucos dias depois, a empresa informou que os credores da Paranapanema aprovaram o segundo aditamento ao plano de recuperação judicial, que foi encaminhado para aprovação da Justiça.
O conselho de administração da empresa também aprovou, de forma parcial, o aumento do capital social no valor de cerca de R$ 6,56 milhões, mediante a emissão de em torno de 5,86 milhões de novas ações PMAM3 na B3.
O objetivo foi a capitalização de créditos detidos por determinados credores da companhia, conforme previsto no plano de recuperação judicial.
Segundo a empresa, a conversão das dívidas em ações viabilizou a diminuição do endividamento da companhia em R$ 4 milhões.
No começo deste mês, a Paranapanema também anunciou a eleição de um novo CEO. O conselho de administração elegeu Vitor Eduardo de Almeida Saback para ocupar o cargo de diretor presidente.
Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997
Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed
Brasil x Argentina na bolsa: rivalidade dos gramados vira ‘parceria campeã’ na carteira de 10 ações do BTG Pactual em abril; entenda
BTG Pactual faz “reformulação no elenco” na carteira de ações recomendadas em abril e tira papéis que já marcaram gol para apostar em quem pode virar o placar
“Não vou recuar”, diz Trump depois do caos nos mercados globais
Trump defende que sua guerra tarifária trará empregos de volta para a indústria norte-americana e arrecadará trilhões de dólares para o governo federal
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora
O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA
A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo
O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara
O combo do mal: dólar dispara mais de 3% com guerra comercial e juros nos EUA no radar
Investidores correm para ativos considerados mais seguros e recaculam as apostas de corte de juros nos EUA neste ano
Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump
Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos
A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Brava (BRAV3) despenca 10% em meio à guerra comercial de Trump e Goldman Sachs rebaixa as ações — mas não é a única a perder o brilho na visão do bancão
Ações das petroleiras caem em bloco nesta quinta-feira (3) com impacto do tarifaço de Donald Trump. Goldman Sachs também muda recomendação de outra empresa do segmento e indica que é hora de proteção
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Itaú (ITUB4), de novo: ação é a mais recomendada para abril — e leva a Itaúsa (ITSA4) junto; veja outras queridinhas dos analistas
Ação do Itaú levou quatro recomendações entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro; veja o ranking completo
Tarifas de Trump levam caos a Nova York: no mercado futuro, Dow Jones perde mais de 1 mil pontos, S&P 500 cai mais de 3% e Nasdaq recua 4,5%; ouro dispara
Nas negociações regulares, as principais índices de Wall Street terminaram o dia com ganhos na expectativa de que o presidente norte-americano anunciasse um plano mais brando de tarifas
Rodolfo Amstalden: Nos tempos modernos, existe ERP (prêmio de risco) de qualidade no Brasil?
As ações domésticas pagam um prêmio suficiente para remunerar o risco adicional em relação à renda fixa?