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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

REAÇÃO AO BALANÇO

Santander (SANB11) tem fome de rentabilidade, mas ROE de 20% não virá em 2025, diz CEO; ações saltam na B3 

Para Mário Leão, 2024 foi o “ano da consolidação da transformação” do banco — mas os próximos meses pedirão cautela, especialmente em meio à volatilidade do cenário macroeconômico

Camille Lima
Camille Lima
5 de fevereiro de 2025
13:36 - atualizado às 19:13
Santander (SANB11).
Santander (SANB11). - Imagem: Divulgação

O Santander (SANB11) encontra-se nos céus nesta quarta-feira (5). Após o balanço do quarto trimestre de 2024 superar as expectativas dos analistas, as ações subiram forte na bolsa brasileira.

Os papéis SANB11 avançaram 6,20%, a segunda maior alta do Ibovespa, cotados a R$ 27,08. No acumulado de 12 meses, porém, as units ainda acumulam perdas de 2,3% na B3.

Parte do otimismo veio da surpresa com a rentabilidade do banco. Diante da meta de longo prazo de reconquistar o patamar de 20% de ROE (retorno sobre o patrimônio investido), o Santander encerrou o trimestre com um retorno de 17,6%.

Nas palavras do CEO Mário Leão, a agenda da divisão brasileira do banco espanhol daqui para frente será de crescimento com foco em rentabilidade e gestão ativa de portfólio. 

No entanto, apesar da fome pela recomposição da rentabilidade, esse nível de ROE não se materializará já em 2025, segundo declarações do executivo em conferência com jornalistas na sede do banco.

“Não dá para pensar em 2025. O banco vai buscar ser mais rentável e depois ser maior, nessa ordem. O patamar de 20% era algo que o Santander objetivava e essa narrativa continua exatamente intacta. Nós nunca imaginamos que seria em 2025, mas esperamos que aconteça no horizonte de curto e médio prazo”, disse o executivo.

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Veja os destaques do balanço do Santander no 4T24:

IndicadorResultado 4T24Projeções - BloombergVariação (a/a)Evolução (t/t)
Lucro LíquidoR$ 3,85 bilhõesR$ 3,72 bilhões+74,9%+5,2%
ROAE17,6%16,6%+5,3 p.p.+0,6 p.p.
Margem financeira totalR$ 15,97 bilhões+4,9%+16%
Carteira de crédito ampliadaR$ 682,69 bilhões+6,2%+2,9%
Fonte: Balanço enviado à CVM e consenso Bloomberg.

O que esperar do Santander (SANB11) em 2025

Na avaliação do CEO, 2024 foi o “ano da consolidação da transformação” do Santander (SANB11) para uma operação cada vez mais sólida e resiliente — mas os próximos meses pedirão cautela e rigor, especialmente em meio à volatilidade do cenário macroeconômico.

Segundo o executivo, as perspectivas incertas para 2025 não impactarão a essência da estratégia do banco, mas terão efeito direto no modo com o qual o Santander toma decisões, já que a inflação maior tende a corroer a renda disponível dos brasileiros.

“[O macro] terá, sim, algum efeito na velocidade de crescimento. Não será algo parecido com 2021, 2022 e 2023, que foi de fato uma crise de crédito mais profunda, mas teremos uma gestão cada vez mais ativa. Buscaremos navegar o banco com visão de médio e longo prazo, de forma com que o macro não tenha impactos significativos”, afirmou Leão.

De acordo com o diretor executivo, o Santander “sabe o quanto entregou em 2024 e acredita que é bastante improvável que o crescimento em 2025 seja superior ao ano passado”. 

“Nós vamos ser seletivos ao escolher onde cresceremos e, em alguns negócios, vamos crescer menos. Esperamos crescer balanço sim, mas buscaremos ainda mais a expansão de linhas do balanço e aumento da margem com clientes mais do que a carteira”, acrescentou.

Uma das estratégias do Santander para os próximos anos é manter uma “expansão desproporcional” na carteira de PMEs (pequenas e médias empresas), vista como “negócio-chave” para o banco. Segundo o presidente da instituição, o objetivo é dobrar esse portfólio ao longo dos anos.

Durante a entrevista coletiva com jornalistas, o diretor financeiro (CFO), Gustavo Alejo, também endereçou um ponto de atenção no balanço: a queda de 39,5% na margem financeira com o mercado.

Segundo Alejo, a diminuição no indicador foi resultado da volatilidade do quarto trimestre, que demandou uma redução de risco na tesouraria do banco, e, consequentemente, resultou em menos dinheiro entrando na conta.

De acordo com o CFO, a decisão estratégica do Santander está tomada e o banco já realizou um ajuste de portfólio para aumentar o hedge (proteção) — mas os frutos desses esforços devem se materializar apenas nos próximos anos, quando o resultado se mostrar cada vez mais previsível.

O que dizem os analistas

O balanço do quarto trimestre também foi bem recebido pelo mercado. Segundo a XP Investimentos, o Santander (SANB11) reportou resultados bons, com surpresas positivas na margem financeira e no lucro. 

Para os analistas, o resultado foi impulsionado pela recuperação na atividade do cliente, por um bom gerenciamento de margem e pelo crescimento de todas as operações, principalmente no negócio principal de varejo.

Na avaliação do BTG Pactual, o banco apresentou um sólido crescimento do portfólio de empréstimos, que, combinado com uma melhor composição de crédito e maiores spreads de financiamento, ajudou o crescimento da margem financeira acima das expectativas.

Esse desempenho mais do que compensou os resultados mais fracos da tesouraria devido ao aumento da Selic, segundo os analistas.

Por outro lado, a receita de tarifas ficou abaixo das expectativas, pressionada pela desaceleração nas vendas de seguros de vida de crédito devido ao menor crescimento dos empréstimos consignados durante o período.

O Citi avalia que os resultados do Santander Brasil continuaram a mostrar uma melhora estrutural em termos de qualidade de ativos, com provisionamento ainda menor. 

No entanto, os analistas consideram que as tendências de receita e o apetite ao risco parecem mornas, principalmente considerando que a margem com o mercado está — e deve continuar — pressionada, dado o alto nível de taxas de juros no Brasil. 

“A disciplina do banco está se mostrando eficiente, mas vemos melhorias estruturais adicionais na rentabilidade (ROE) dependendo do apetite ao risco mais forte, o que não parece ser o caso para 2025”, avaliaram. 

O Citi tem recomendação neutra para as units do Santander.

Para o Itaú BBA, ainda que os resultados do 4T24 devam ser lidos positivamente pelo mercado, especialmente diante do forte desempenho da margem financeira com clientes, todos os olhos estarão voltados para as perspectivas para 2025. 

Nas contas dos analistas, as ações hoje negociam a um múltiplo de 1 vez o preço sobre o valor patrimonial, o que sustenta a recomendação “outperform”, equivalente a compra, para os papéis SANB11.

Por sua vez, o BB Investimentos (BB-BI) avalia que o resultado de hoje ajudará “a construir uma percepção mais pronunciada de que o Santander se encontra em um ciclo positivo de recuperação de rentabilidade e seletividade adequada ao contexto atual”.

O BB-BI possui recomendação de compra para os papéis SANB11.

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