Prejuízo da Hidrovias do Brasil (HBSA3) chega a quase meio bilhão no 4T24 e ação cai forte na B3 — mas analistas acreditam que o pior já passou
Os resultados operacionais da empresa de transporte hidroviário foram impactados negativamente pela crise hídrica e por eventos não recorrentes

Os resultados negativos da Hidrovias do Brasil (HBSA3) no quarto trimestre de 2024 já estavam no radar do mercado, já que os impactos das secas e as oscilações do câmbio certamente pesariam sobre as operações da companhia.
Mesmo assim, o prejuízo milionário da Hidrovias pegou mal entre os investidores. Nesta terça-feira (25), as ações da empresa de transporte hidroviário estão em forte queda na B3.
Por volta das 13h, os papéis caíam 3,45%, a R$ 1,96, após terem chegado a despencar 11% logo após a abertura do pregão. No ano, a ação também acumula queda de 26,18%. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,76%, aos 126.350,67 pontos.
O quarto trimestre da Hidrovias do Brasil (HBSA3)
A Hidrovias do Brasil registrou um prejuízo de R$ 446 milhões no quarto trimestre do ano passado, mais que o dobro da perda de R$ 192 milhões de um ano antes. No ano, o prejuízo totalizou R$ 622 milhões.
De acordo com a companhia, o resultado do trimestre foi impactado pelo efeito não caixa de R$ 396 milhões com a alta do dólar sobre os passivos em moeda americana.
Já a receita caiu 23% ante o mesmo período do ano anterior, para R$ 265 milhões, devido à restrição de calado no Corredor Sul, afetando o transporte de minério de ferro durante a maior parte do ano.
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Vale destacar que, em períodos de seca, o nível dos rios fica mais baixo, reduzindo o calado permitido e obrigando os navios a transportar menos carga.
O Ebitda ajustado do 4T24 ficou negativo em R$ 2 milhões, ante os R$ 8 milhões positivos do mesmo período do ano anterior. Com isso, a alavancagem gerencial subiu para 6,6 vezes, ante 4,2 vezes.
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Hidrovias do Brasil: O pior já passou?
De acordo com o BTG Pactual, os resultados fracos da Hidrovias do Brasil no 4T24 já eram esperados, principalmente devido às restrições de calado e ao impacto cambial.
Apesar disso, o prejuízo foi maior que o previsto, assim como a queda nos volumes transportados nos corredores Norte e Sul.
A alavancagem da companhia subiu para 6,6 vezes por causa do Ebitda mais fraco, mas os analistas acreditam que o pior já passou para a Hidrovias do Brasil.
“No geral, sabíamos que o quarto trimestre seria desafiador, especialmente em relação à alavancagem. No entanto, acreditamos que o pior já passou, pois a empresa está agora preparada para realizar um novo aumento de capital, conforme esperado no final do ano passado”, afirmam os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcel Zambello.
Ainda assim, eles seguem com o pé atrás por conta dos resultados ruins e da dívida elevada.
O BTG tem recomendação de compra para HBSA3, com preço-alvo de R$ 6. O valor representa um potencial de valorização de 160% sobre o fechamento anterior.
Um ano atípico
Os analistas do Itaú BBA também recomendam a compra da ação, apesar dos resultados também considerados abaixo do esperado pelos analistas do banco de investimentos.
Apesar do Ebitda ajustado negativo em R$ 2 milhões, o BBA acredita que a empresa tem potencial para melhorar seus números em condições de operação mais normais.
Apesar do ano atípico para a Hidrovias em 2024, a expectativa do BBA é que o Ebitda melhore ao longo de 2025, e o aumento de capital deve trazer alívio sobre a alavancagem.
Mesmo assim, a dívida em dólar e os volumes mais baixos ainda são motivos de preocupação.
O preço-alvo do Itaú BBA para HBSA3 é de R$ 5,20, equivalente a um potencial de valorização de 126% sobre o fechamento anterior.
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