Petrobras (PETR4) quer voltar a ser gigante em etanol — e São Martinho (SMTO3) e Raízen (RAIZ4) estão na mira para parceria, diz agência
O mercado não está lá muito otimista com a volta da petroleira estatal ao negócio de etanol; entenda o que está por trás da visão mais conservadora
Em busca da diversificação do portfólio, a Petrobras (PETR4) quer voltar a ser relevante na produção de etanol. Para isso, a gigante do petróleo está em busca de parcerias estratégicas com players relevantes do setor — e empresas como a São Martinho (SMTO3) e a Raízen (RAIZ4) estão na lista de potenciais sócios, segundo o Broadcast.
De acordo com apurações do serviço de notícias em tempo real do Estadão, a petroleira atualmente tem preferência pelo etanol de milho em detrimento da cana-de-açúcar.
Com isso, a Petrobras conseguiria evitar a volatilidade do etanol comum causada pelas oscilações de preço do açúcar e ainda aproveitar todos os resíduos da produção do etanol de milho para a produção de outros combustíveis.
É por isso que nomes como São Martinho (SMTO3), Inpasa, FS Bioenergia e Tereos Brasil estariam no radar da estatal hoje.
A petroleira ainda estaria considerando parcerias com empresas de bioenergia como a Raízen e a BP Bunge, segundo a agência de notícias.
Nesse caso, porém, há a discussão sobre potenciais conflitos de interesse com o negócio central da Petrobras, de petróleo e gás natural.
Leia Também
A expectativa é que o processo de avaliação de parcerias aconteça ao longo deste ano, com novidades mais concretas previstas para acontecer apenas a partir de 2026.
Uma eventual parceria entre a Petrobras (PETR4) e a São Martinho (SMTO3)
Na avaliação do BTG Pactual, ainda que a São Martinho (SMTO3) seja uma potencial candidata a uma parceria com a Petrobras (PETR4) por ter recentemente entrado no mercado de etanol de milho, sua produção ainda é inferior ao visado pela petroleira.
"Temos que fazer alguma coisa grande, compatível com o porte da Petrobras, e estamos conversando com alguns players”, disse a CEO Magda Chambriard.
O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, já afirmou que "a ideia já é começar grande, não partir do zero” — e, em cálculos preliminares, prevê uma produção inicialmente estimada de 2 bilhões de litros por ano.
Atualmente, a São Martinho conta com aproximadamente 200 milhões de litros de produção anual de etanol de milho — o equivalente a cerca de 20% de sua produção total de etanol.
“Isso torna a São Martinho uma candidata menos provável, uma vez que apenas a Inpasa e a FS Bioenergia, os maiores agentes privados no mercado de etanol de milho, possuem capacidade para atender tais metas ambiciosas”, disse o BTG.
Para os analistas, ainda que as ações da São Martinho estejam baratas e com perspectivas positivas sobre os preços do açúcar e o clima favorável para a safra 2025/2026, não é hora de comprar SMTO3 apenas pelas esperanças de reentrada da Petrobras no mercado de etanol.
- VEJA MAIS: Enquanto o Ibovespa perde os 119 mil, ação de commodities saltou 2,2% nos dois primeiros pregões de 2025 – veja qual é o papel nesta carteira gratuita.
Por que os analistas estão pessimistas com a volta da Petrobras (PETR4) ao negócio de etanol?
O mercado também não está lá muito otimista com a volta da Petrobras (PETR4) ao negócio de etanol.
Segundo os analistas do BTG Pactual, ainda que possam existir sinergias operacionais, algum movimento da petroleira sobre negócios com etanol de milho representaria um “uso mal aproveitado de capital”.
Isso porque os retornos sobre o capital investido (ROICs) em biocombustíveis tendem a ser mais baixos do que nas operações principais de exploração e produção de petróleo e gás natural.
O diretor financeiro (CFO) da estatal, Fernando Melgarejo, afirmou ao Broadcast que essa investida permitirá que a estatal garanta o aumento da previsão da taxa interna de retorno dos negócios de renováveis de 8% para 10%. A título de comparação, negócios de óleo e gás contam com retornos acima de 22%.
O chefe de análise do setor de óleo, gás e petroquímicos da XP Investimentos, destacou ao Broadcast que “o sucesso da Petrobras no óleo e gás pode não necessariamente se traduzir em sucesso também no etanol”.
Para além da menor rentabilidade para a Petrobras, o BTG ainda vê riscos para o mercado de etanol como um todo.
Para os analistas, há preocupações quanto à disciplina de capital e à dinâmica da indústria caso a Petrobras “ingresse em um setor que não precisa de capital adicional nem de mais apoio governamental”.
O banco avalia que uma injeção de capital adicional por parte da Petrobras poderia criar riscos de excesso de capacidade no futuro, potencialmente desestabilizando o equilíbrio do setor.
“Para nós, o envolvimento da Petrobras representa mais uma ameaça de longo prazo do que uma oportunidade para o setor”, escreveram os economistas.
Apesar da visão mais conservadora quanto a esses movimentos, o BTG manteve a Petrobras como uma das principais escolhas no setor de petróleo e gás natural na América Latina.
A tese construtiva para as ações PETR4 é apoiada por uma forte geração de fluxo de caixa livre (FCF), além de dividendos atrativos e robusto potencial de crescimento no negócio de exploração e produção (E&P).
*Com informações do Broadcast, Agência Brasil e Reuters.
Shoppings da América Latina têm a melhor performance operacional do mundo desde a pandemia; BTG destaca 3 ações brasileiras do setor
Apesar do ótimo desempenho, ações de shoppings latinoamericanos não acompanharam, pois são prejudicadas pelas perspectivas do cenário macroeconômico
Mercado Livre (MELI34) já não brilha para o JP Morgan: bancão corta preço-alvo das ações em Wall Street — e aponta dois principais culpados
Diante das perspectivas mais conservadoras para o futuro das ações da varejista em Nova York, os analistas mantiveram recomendação neutra para os papéis
Futebol, ditados populares e a bolsa: Ata do Fed e dados de emprego nos EUA testam fôlego do Ibovespa e alívio no dólar
Comentários de Haddad na GloboNews ajudaram a sustentar segunda alta seguida do Ibovespa e queda do dólar
Caos na terra do rei: por que os títulos de longo prazo do Reino Unido atingiram o maior nível em 30 anos hoje
O yield (retorno) do título de 30 anos subiu 3 pontos-base, para 5,212% — um patamar que não era visto desde os anos de 1990
A Smart Fit (SMFT3) vai perder o ‘shape’? Rede de academias supera guidance após crescimento bombado em 2024, mas bancão prevê menor rentabilidade daqui para frente
A empresa fitness cresceu 21% em relação ao ano anterior, com a abertura de 305 unidades — a maior adição de academias da história do grupo
Vale a pena investir na Rumo (RAIL3) em 2025? BTG revela o que esperar das ações — e os principais riscos à empresa de Rubens Ometto
Na visão dos analistas, a empresa é a melhor pedida no setor de infraestrutura atualmente — mas há riscos no radar; entenda o que está em jogo neste ano
Tencent, dona de League of Legends, entra para “lista proibida” dos Estados Unidos por suposta ligação militar com Pequim
Embora a decisão do Pentágono não implique em sanções diretas, as ações da Tencent caíram mais de 7% em Hong Kong
BTG Pactual (BPAC11) abocanha operação da Julius Baer no Brasil para turbinar unidade de family office; ações sobem na B3
Uma das principais gestoras independentes do país e líder no segmento de alta renda, a Julius Baer Brasil possui em torno de R$ 61 bilhões em ativos sob administração
Em busca de ar para respirar: Depois de subir pela primeira vez em 2025, Ibovespa busca nova alta, mas não depende apenas de si
Ausência de uma solução para a crise fiscal vem afastando do Ibovespa não só os investidores locais, mas também os estrangeiros
Felipe Miranda: O que me anima para 2025
Se fosse para dar uma recomendação pragmática e direta para 2025, seria: mantenha uma sólida posição de caixa (pós-fixados), uma exposição razoável ao dólar, algum hedge em ouro e um pezinho nas criptomoedas
A nova carteira do Ibovespa começou a valer hoje: conheça os 87 ativos e as ações que entram no índice em 2025
Contrariando o previsto na versão anterior da carteira, o Banco do Brasil (BBAS3) mantém o posto de top 5 entre os papéis de maior peso no índice
Guarde esta matéria: Primeira edição da Focus em 2025 projeta Selic em alta e dólar a R$ 6 — a boa notícia é que ela pode estar errada
A primeira Focus do ano é o melhor parâmetro para comparar as projeções dos economistas com o que de fato acontece na economia
Apenas duas carteiras recomendadas de ações bateram o Ibovespa em 2024 — e nem assim renderam ganhos aos investidores
Mapeamento da Grana Capital considera os portfólios de ações de 8 instituições
Oportunidade de ouro: Microsoft quer investir US$ 80 bilhões em inteligência artificial — e CEO revela o que os EUA precisam fazer para vencer a China na corrida da IA
A gigante da tecnologia anunciou planos para investir em torno de US$ 80 bilhões só no ano fiscal de 2025 para a construção de data centers para IA
Hora de jogar na defesa: Ibovespa luta contra tensão política e juros em alta na primeira semana útil de 2025
Investidores aguardam IPCA de dezembro em meio a expectativa de estouro do teto da meta de inflação em 2024
Com Selic a caminho dos 14%, Itaú (ITUB4) é a ação favorita dos analistas para investir em janeiro; veja as recomendações de 12 corretoras para começar o ano
O maior banco privado do país acumulou cinco recomendações entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro; confira a lista completa
O que esperar da bolsa e do dólar? Confira os fatores que vão movimentar os mercados no próximo pregão e nesta semana
Com uma agenda econômica intensa tanto no Brasil quanto no exterior e com tensão no cenário político, os investidores devem estar preparados para oscilações nos próximos dias
Nova temporada de Round 6 quebra recordes da Netflix — mas analistas seguem pessimistas com as ações
A série sul-coreana acumulou um total de 68 milhões de visualizações nos primeiros quatro dias após seu lançamento, destronando o recorde anterior de “Wandinha”
Otimismo de ano novo? Goldman Sachs prevê surpresas positivas para as ações em 2025
Banco norte-americano divulga cinco projeções para os próximos meses, incluindo crescimento da economia dos Estados Unidos e mais cortes nos juros por lá
Ibovespa começa mal em 2025 e dólar flerta com a estabilidade: como foram as primeiras sessões do ano aqui e lá fora
Em Wall Street, a bolsa de Nova York até derrapou no início do ano, mas conseguiu se recuperar a ponto de consolidar ganhos nas duas primeiras sessões de 2025