Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Se a Petrobras (PETR4) fosse um atleta e a temporada de balanços do terceiro trimestre fosse uma Olimpíada, a modalidade seria salto em altura, e o sarrafo desta quinta-feira (6) estaria bem alto: depois de uma produção robusta, as projeções indicavam resultados financeiros sólidos e pagamento polpudo de dividendos aos acionistas — e eles vieram: R$ 12,6 bilhões.
A estatal entregou um lucro líquido de US$ 6,027 bilhões entre julho e setembro, resultado 2,7% maior do que o obtido no mesmo período de 2024 e também 27,3% acima do alcançado no segundo trimestre de 2025.
Apesar do sólido desempenho operacional, o mercado esperava uma queda do lucro, em boa parte por conta dos preços do petróleo, que estavam acima de US$ 80 há um ano. No terceiro trimestre de 2025, a Petrobras informou que o preço médio do petróleo tipo Brent foi de US$ 69,07 o barril.
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As projeções da Bloomberg indicavam lucro líquido de US$ 3,478 bilhões, uma baixa de 40,75% em base anual e de -26,5% em termos trimestrais. Você pode conferir aqui as projeções completas.
"Nos últimos 12meses, o Brent caiu US$ 11 por barril e nós conseguimos compensar este impacto na receita, elevando nossa produção de óleo para mais de 2,5 milhões de barris por dia, estabelecendo diversos recordes operacionais", diz a Petrobras em notas.
Outros números da Petrobras no 3T25
A receita com vendas da Petrobras somou US$ 23,477 bilhões no terceiro trimestre, resultado 0,5% maior do que o obtido em igual intervalo de 2024. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve alta de 11,6%. A previsão da Bloomberg apontava para US$ 22,721 bilhões.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 2,2% ano a ano, para US$ 11,728 bilhões. Em base trimestral, subiu 26,9%.
A dívida líquida da Petrobras somou US$ 59,063 bilhões, um resultado 33,5% maior do que o registrado no terceiro trimestre de 2024 e 0,8% acima do que o registrado no primeiro trimestre de 2025.
Os investimentos da Petrobras, que estavam nos holofotes do mercado no início do ano, subiram 23,7% entre julho e setembro ante o mesmo período de 2024, para US$ 5,510 bilhões. Em base trimestral, a alta foi de 24,3%.
- Relembrando: no quarto trimestre 2024, a estatal justificou o prejuízo da ocasião com o estouro em cerca de US$ 2 bilhões do capex, algo que os executivos disseram que não se repetiria nos próximos trimestres — por isso, os aportes da petroleira passaram a ser acompanhados ainda mais de perto.
Os dividendos da Petrobras
Os analistas consultados pelo Seu Dinheiro esperam, de maneira geral, a distribuição maior de dividendos da Petrobras a partir de agora, muito em função do aumento previsto da produção da estatal.
As projeções indicavam que a Petrobras distribuiria pelo menos R$ 10 bilhões em dividendos ordinários no terceiro trimestre, acima dos R$ 8,6 bilhões pagos nos três meses anteriores.
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A estatal acabou anunciando R$ 12,6 bilhões em dividendos intercalares, o equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial em circulação.
A data base da posição acionária será 22 de dezembro para os detentores de ações negociadas na B3 e 26 de dezembro para os detentores de ADRs. As ações da Petrobras passarão a ser negociadas 'ex-direitos' na B3 a partir de 23 de dezembro.
Então você pode optar por comprar a ação agora e ter direito aos dividendos ou esperar a data de corte e adquirir os papéis por um valor menor, mas sem o direito aos proventos.
Os proventos serão pagos em duas parcelas, no dia 20 de fevereiro e 20 de março de 2026. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 27 de fevereiro de 2026 e de 27 de março de 2026, respectivamente.
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