O roubo do século: Hacker leva mais de R$ 1 bilhão em ataque a empresa de software que presta serviços a bancos
Um ataque cibernético à empresa de software C&M, que presta serviços ao sistema financeiro, resultou em um roubo estimado em R$ 1 bilhão

O primeiro dia de julho de 2025 entrará para a história como a data do maior assalto já ocorrido no Brasil. Um ataque cibernético a uma empresa de software que presta serviços ao sistema financeiro resultou em um roubo estimado em pelo menos R$ 1 bilhão. A informação foi divulgada em primeira mão pelo Brazil Journal e confirmada na manhã desta quarta-feira (2) pelo Banco Central.
O alvo do ataque hacker foi a C&M Software. Fundada em 1999, a empresa hoje oferece infraestrutura e soluções de software para bancos, cooperativas de crédito, bancos comunitários e outras entidades.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
O foco da C&M é o desenvolvimento de soluções para operações no ecossistema de pagamentos instantâneos.
De acordo com o jornal, foi por meio de uma vulnerabilidade nos sistemas da C&M que o hacker teria tido acesso a diversas contas de clientes da companhia na tarde de terça-feira (1).
Procurado pelo Seu Dinheiro, o Banco Central informou ter sido notificado sobre a ocorrência do assalto e enfatizou que o alvo do ataque foi uma empresa que presta serviços ao sistema.
“A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Central determinou à C&M o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas por ela operadas”, informa o BC por meio de nota.
Leia Também
O Seu Dinheiro entrou em contato com a C&M, mas, até o momento da publicação desta matéria, não obteve retorno da empresa.
Quais foram as empresas afetadas pelo “roubo do século”?
O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas, a prestadora de serviços de Banking as a Service (BaaS) BMP e a Credsystem.
No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central.
Como contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária, não há qualquer relação com as contas de clientes finais ou com os saldos mantidos dentro da BMP, afirmou a empresa, em nota.
"Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados", disse a BMP.
A instituição afirma que já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e "conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo a sua operação ou a seus parceiros comerciais".
Também fundada em 1999, a BMP se autodenomina a “primeira fintech do Brasil” e começou suas operações oferecendo crédito. Hoje, a companhia se destaca principalmente como uma provedora de serviços de Banking as a Service (BaaS).
Esse modelo de negócios tem conquistado cada vez mais atenção no mercado, pois permite que empresas de diversos setores ofereçam serviços financeiros diretamente aos seus clientes — algo que antes estava restrito a bancos e instituições financeiras tradicionais.
A chave do BaaS está na conexão: ele integra as instituições que já oferecem soluções financeiras, como bancos e fintechs, com empresas de outros segmentos.
De acordo com o site da BMP, a empresa é atualmente considerada o “maior BaaS do Brasil”, prestando serviços para mais de 80 fintechs, 125 FIDCs e securitizadoras, além de atender 10 varejistas e 12 empresas listadas na bolsa.
Após o ataque cibernético, alguns bancos menores registraram instabilidade em sistemas, incluindo em pagamentos por meio do Pix. No entanto, não se trata de um problema generalizado no sistema.
"Quando a C&M desliga os acessos dos clientes, ela pode provocar alguma estabilidade. Isso certamente causa algum problema para essas instituições de pagamento que usam dos sistemas da fintech", disse uma fonte.
Uma delas foi a Credsystem, empresa especializada em soluções financeiras para o varejo, com foco em serviços de crédito e meios de pagamento para lojistas e clientes.
"O impacto direto nas operações da credsystem se restringe apenas ao serviço de PIX, que está temporariamente fora do ar por determinação do BACEN, porém nossos clientes poderão continuar utilizando normalmente e sem custo o serviço de TED", escreveu a empresa, em nota.
Maior assalto da história do Brasil e um dos maiores do mundo
Diante da confirmação do caso de ataque hacker, o roubo da C&M Software entrará para a história como o maior já ocorrido no Brasil e um dos maiores do mundo — caso a cifra de pelo menos R$ 1 bilhão também se confirme.
Muitos apontam o assalto ao Banco Central em Fortaleza, ocorrido em 2005 como o maior roubo já realizado em território nacional.
Na ocasião, os criminosos levaram R$ 164,7 milhões em dinheiro vivo.
No entanto, o maior roubo já registrado no Brasil ocorreu na madrugada de 28 de agosto de 2011, quando ladrões desligaram os sistemas de alarmes e câmeras de vigilância de uma agência do banco Itaú na Avenida Paulista.
Estima-se que os criminosos tenham levado algo entre R$ 250 milhões e R$ 500 milhões. A ocorrência do crime só foi descoberta mais de uma semana depois. O montante exato do roubo nunca ficou claro.
Mais uma notícia negativa no front da Braskem (BRKM5), e desta vez veio da agência de rating S&P
Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa reforçou “o seu compromisso com a sua higidez financeira”
iPhone 16 é o celular mais vendido no Brasil em 2025 — e talvez fique para trás em breve
O celular mais vendido do país combina desempenho e durabilidade, mas custa caro
Banco do Brasil (BBAS3) critica campanha de difamação nas redes sociais e diz que tomará providências legais
Banco citou “publicações inverídicas e maliciosas” para gerar pânico e prejudicar o banco
Dividendos bilionários mantêm otimismo do UBS BB com a Petrobras (PETR4); confira qual é a cifra esperada pelo banco
Segundo o banco suíço, a produção da estatal deve crescer cerca de 20% entre 2024 e 2028, bem acima dos seus pares europeus e latino-americanos
Vorcaro fora do jogo: BRB confirma que dono do Banco Master não fará parte da gestão do possível conglomerado
O potencial acordo de acionistas dos bancos estabelece a formação de um novo grupo de controle, sem a participação dos atuais controladores
Conheça a Nuro, startup de veículos autônomos avaliada em US$ 6 bi e que atraiu Nvidia e Uber como sócios
Empresa de robôs de entrega passou a licenciar sua tecnologia de inteligência artificial para uso em robotáxis, frotas comerciais e veículos pessoais
Nelson Tanure perde exclusividade na Braskem (BRKM5), mas continua negociando compra do controle — com uma condição crítica
Uma fonte no Fundo Petroquímica Verde, de Tanure, revelou ao Seu Dinheiro que a transação com a petroquímica só irá para frente se um problema for resolvido
Compra do Banco Master pode render lucro de R$ 1,5 bilhão para o BRB em 5 anos — pelo menos, é o que prevê a instituição estatal
A aquisição da fatia do Master pode permitir que o BRB alcance um resultado de quase R$ 3 bilhões em 2029
Dividendos e JCP: Marcopolo (POMO4) aprova pagamento de proventos aos acionistas; confira os valores e quando o dinheiro cai na conta
Tanto o JCP quanto os dividendos serão creditados na próxima terça-feira (26) tendo como base a posição acionária do mesmo dia
Petrobras (PETR4) já tem novo chefe no conselho de administração; saiba quem é Bruno Moretti
Ele foi escolhido nesta quinta-feira (21) para comandar o colegiado no lugar de Pietro Mendes, que renunciou ao cargo no dia anterior para ocupar uma diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Novo comando do Nubank (ROXO34) no México: Armando Herrera assume como CEO no lugar de Ivan Canales
A mudança de chefe acontece em momento de expansão para o banco digital, que foca na expansão de seus serviços no país
Aposta do Itaú BBA: Sabesp (SBSP3) acelera investimentos com revisão de tarifas no horizonte; entenda o que vem pela frente para a companhia
Com capex de R$ 70 bilhões até 2029 e turnaround em curso, a Sabesp mira expansão e pode se consolidar como protagonista no setor de saneamento
Mercado Livre (MELI34) é considerada a ‘joia’ mais preciosa do e-commerce da América Latina pelo Safra; entenda por que a empresa é a top pick do setor
Apesar de alguns desafios de crescimento que podem gerar volatilidade no curto prazo, na visão do banco há um futuro brilhante para o Meli
Ação da Westwing (WEST3) dispara 14% após troca de CEO, mas queda de 96% desde o IPO ainda pesa. O que muda agora?
Entenda os motivos por trás do otimismo no pregão de hoje e o que a mudança de liderança pode significar para a empresa
Por que o Banco do Brasil (BBAS3) descartou a chance de dividendos antecipados aos acionistas?
O BB avisou que os acionistas devem receber o pagamento integral dos dividendos do terceiro trimestre em dezembro; entenda o que está por trás da decisão
Camisaria Colombo: a queda de um ícone do varejo que já teve Arminio Fraga como sócio
Camisaria Colombo já chegou a ter 434 lojas em todo o Brasil e teve gestora de Arminio Fraga como sócio, mas fechou mais da metade delas nos últimos anos
Mudanças no comando: dois executivos renunciam ao conselho da BB Seguridade (BBSE3); entenda o que está em jogo
Dois membros do conselho de administração da seguradora apresentaram pedidos de renúncia aos cargos
Mercado Livre (MELI34) ‘desce para o play’ contra a Shopee: por que a briga de titãs pelo mercado brasileiro está se acirrando tanto
Com os investimentos do Meli para fazer frente à Shopee pesando no balanço da argentina — ao ponto que o Magalu escolheu tirar o corpo fora da briga —, o que esperar do cenário competitivo para o varejo brasileiro
Petrobras (PETR4) deve retomar atuação no mercado de etanol ainda este ano, afirma presidente da Petrobras
Apesar da declaração da CEO Magda Chambriard, a estatal informou que ainda não há definição quanto à matéria-prima a ser utilizada nesse projeto
Colchão macio para os bancos: a decisão do BC que manteve o ACCP zerado — e por que isso importa para você
O ACCP é uma reserva de capital que o Banco Central exige de bancos e outras instituições financeiras — as de menor porte não estão sujeitas a essa demanda