Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI
O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas

O tradicional rebalanceamento do índice global MSCI trouxe uma notícia negativa para as ações da América Latina — em especial, as brasileiras, como a Cosan (CSAN3). Além de diminuir o peso da região na nova carteira, o portfólio previsto para o trimestre também prevê a exclusão de diversas ações no índice.
Ao todo, sete papéis latino-americanos foram excluídos da carteira teórica do MSCI, sendo seis deles de empresas brasileiras: Cosan (CSAN3), Inter (Nasdaq: INTR; B3: INBR32), Hapvida (HAPV3), Hypera (HYPE3), CSN (CSNA3) e Stone (Nasdaq: STNE; B3: STOC31), além da mexicana Opsimex (SITES1).
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Mas nem tudo foi negativo para a região. A América Latina também teve uma inclusão no índice, com a entrada da Qualitas no sub-índice MSCI Mexico.
Com isso, a América Latina passará a representar 7,1% do indicador. Além disso, o peso do Brasil no MSCI Emerging Markets deve cair dos atuais 4,477% para 4,432% — ainda liderando em peso entre os países emergentes.
As mudanças serão efetivadas em 28 de fevereiro e entrarão em vigor a partir do dia 3 de março.
O impacto tende a ser negativo nos preços das ações que irão deixar o MSCI, mas outros papéis podem sair ganhando. Confira os efeitos do rebalanceamento a seguir:
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Impactos das mudanças no MSCI sobre a Cosan (CSAN3) e outras ações brasileiras
Antes de tudo, é preciso entender que a mudança na carteira do MSCI deve resultar em movimentos diversos para as ações, já que o rebalanceamento influencia diretamente os fundos globais que são obrigados a seguir o índice, como os ETFs (fundos de índice).
No caso das empresas excluídas ou que tiveram sua participação reduzida no indicador, a expectativa é de uma pressão vendedora sobre as ações.
Isso porque os fundos indexados ao MSCI se verão obrigados a se desfazer desses papéis, o que pode impactar negativamente seus preços.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, aquelas ações que passaram por aumento de peso no MSCI podem ver uma pressão compradora, uma vez que os mesmos fundos precisarão comprá-las para que sua carteira reflita exatamente a composição do índice.
Nas contas da XP Investimentos, as ações brasileiras excluídas, como a Cogna (COGN3), devem sofrer um impacto negativo no volume médio diário negociado (ADTV). Veja as estimativas em dias de ADTV:
- Cosan: de 1,5 a 5,7 dias
- Inter: 3,5 a 13,3 dias
- Hypera: de 2,3 a 9,0 dias
- CSN: 1,6 a 6,0 dias
- Stone: de 1,2 a 4,5 dias
- Hapvida: de 1,4 a 5,3 dias
Para o Itaú BBA, as ações excluídas e com menor peso no MSCI devem vivenciar um fluxo de saída de capital.
Segundo os analistas, os destaques negativos ficarão com a Cosan (CSAN3), com redução de US$ 116 milhões, Hapvida (HAPV3), com saída de US$ 147 milhões, e Stone (STNE), com US$ 207 milhões.
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Já as ações que passaram a representar um pedaço maior do índice, como Nubank (Nyse: NU; B3: ROXO34), Vale (VALE3) e Energisa (ENGI3), devem registrar fluxos de entrada, o que deve ajudar a impulsionar os preços para cima.
“O free float no MSCI aumentará em 5% para Nubank, Energisa e Vale, e em 10% para LATAM Airlines”, avaliaram os analistas.
O Itaú BBA projeta entradas de US$ 396 milhões para o banco digital do cartão roxo, além de fluxos positivos de US$ 252 milhões para a Vale.
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Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
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