Cosan (CSAN3) dá novo passo para diminuir o endividamento e anuncia recompra de até R$ 5 bilhões em bonds de subsidiária
Cosan Luxemburgo pretende recomprar até US$ 900 milhões em notas seniores, o equivalente a cerca de R$ 5,3 bilhões no câmbio atual

Na mais nova tentativa de reduzir o endividamento em meio à alta dos juros no Brasil, a Cosan (CSAN3) anunciou uma oferta de recompra (tender offer, em inglês) multibilionária de títulos de dívida internacionais (bonds) emitidos por uma de suas subsidiárias no exterior.
Segundo comunicado enviado à CVM, a Cosan Luxemburgo pretende recomprar até US$ 900 milhões em notas seniores, o equivalente a cerca de R$ 5,31 bilhões no câmbio atual.
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As operações envolverão três ofertas públicas de aquisição de diferentes séries de bonds da controlada, com vencimentos previstos para 2029, 2030 e 2031.
Confira os detalhes:
Títulos | Vencimento | Valor agregado do principal |
5,500% Senior notes | 20 de setembro de 2029 | US$ 370 milhões (R$ 2,18 bilhões) |
7,500% Senior notes | 27 de junho de 2030 | US$ 330 milhões (R$ 1,94 bilhão) |
7,250% Senior notes | 27 de junho de 2031 | US$ 200 milhões (R$ 1,18 bilhão) |
De acordo com a Cosan, todas as senior notes das tender offers são garantidas, de forma incondicional e irrevogável, pela holding do empresário Rubens Ometto.
Além das recompras de títulos, a Cosan Luxemburgo também anunciou o resgate adiantado de títulos de dívida. A subsidiária decidiu exercer a cláusula de “call antecipado” dos bonds com vencimento em janeiro de 2027.
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O resgate integral, no valor de face de US$ 392 milhões (R$ 2,31 bilhões), será realizado em 14 de março deste ano.
A situação financeira da Cosan (CSAN3)
A recompra dos bonds da subsidiária luxemburguesa é apenas o passo mais recente da Cosan (CSAN3) em busca da desalavancagem.
Essa transação vem na esteira da venda da participação de 4,05% que a holding detinha na Vale (VALE3) por R$ 9 bilhões, anunciada mais cedo neste mês.
A operação, que gerou uma perda estimada de 35% pelo Goldman Sachs, foi vista como crucial para reduzir o endividamento da companhia, que atingiu R$ 21,7 bilhões no terceiro trimestre de 2024.
Embora a venda possa reduzir o custo anual de juros da Cosan em cerca de R$ 1,3 bilhão, a venda da participação na Vale tem um lado negativo: a perda de dividendos recebidos da mineradora, estimados em R$ 700 milhões.
Apesar desses desafios, analistas acreditam que há potencial para redução do desconto de holding que a Cosan enfrenta, estimado em cerca de 50% — o maior de sua história e acima da média do mercado brasileiro.
Segundo economistas consultados pelo Seu Dinheiro, as recentes medidas podem contribuir para o fechamento desse desconto e para a recuperação das ações CSAN3 na bolsa, que acumulam queda de 55% em 12 meses.
No entanto, a recuperação operacional da empresa depende de um cenário macroeconômico favorável e de uma reviravolta na Raízen (RAIZ4), uma de suas subsidiárias que mais levanta preocupações no mercado, que precisa voltar a ser lucrativa.
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