Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
![Loja das Casas Bahia, empresa da Via (VIIA3)](https://media.seudinheiro.com/uploads/2021/09/Via-715x402.png)
Foi depois de dois anos de espera — com uma recuperação extrajudicial no meio — que a Casas Bahia (BHIA3) enfim lançou ao mercado seu fundo de investimentos focado na otimização da operação de crediário.
O objetivo da varejista é captar até R$ 500 milhões com o fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para financiar os clientes que fazem compras pelo carnê da rede de lojas.
“A iniciativa é uma alavanca fundamental do plano de transformação e sua materialização fortalece nossa vantagem competitiva no segmento de varejo e crédito, além de ampliar e diversificar o ‘funding’ da operação de crediário”, afirmou a empresa.
O FIDC foi anunciado pela primeira vez em novembro de 2023, logo no início da reestruturação da varejista — que, entre outras medidas, contou com um rebranding completo da Via (VIIA3) para a atual Casas Bahia e renegociação de dívidas com credores.
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Dois anos de espera e captação menor que a prevista
Parte da demanda pelo FIDC da Casas Bahia (BHIA3) já está garantida, uma vez que possui um compromisso firme de aporte de terceiros, com um capital inicial de R$ 300 milhões.
A expectativa da varejista é atingir o montante de R$ 500 milhões de patrimônio líquido ainda nos próximos meses. Após essa primeira etapa, o FIDC poderá contar com aportes adicionais.
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É preciso destacar que, além de ter sido lançado operacionalmente dois anos após o primeiro anúncio da varejista, a captação inicial do FIDC veio bem abaixo do inicialmente previsto pela varejista.
Em novembro de 2023, a companhia projetava uma captação inicial de R$ 600 milhões, mas com a meta de atingir um capital total de R$ 1,5 bilhão.
Vale ressaltar que o fundo já estava ativo desde dezembro de 2024 com baixos volumes na carteira para testes operacionais, mas só ontem teve de fato seu início operacional.
Segundo fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a gestão do fundo é realizada pela Polígono, enquanto a administração é feita pela DTVM do BTG Pactual e a custódia, pelo próprio banco BTG.
Por que a Casas Bahia (BHIA3) lançou um FIDC
Em resumo, o plano da Casas Bahia (BHIA3) é usar o dinheiro dos investidores para antecipar os recursos das vendas feitas no crediário.
Com isso, em vez de esperar para receber em parcelas o dinheiro da venda de uma televisão ou geladeira, por exemplo, a Casas Bahia pode colocar os recursos no caixa de uma só vez.
Isso porque os FIDCs são fundos que investem em recebíveis, títulos que encapsulam fluxos de pagamento das mais diversas naturezas e que permitem a empresas e profissionais anteciparem pagamentos por serviços prestados ou produtos vendidos.
Esta modalidade de investimento ganhou popularidade entre os investidores brasileiros — e o sócio de uma gestora especializada em FIDCs afirma que parte do impulso pode ser explicada por “tudo ser fidcável”.
Vale destacar que a varejista já realiza a antecipação dos recursos do crediário nas vendas das lojas diretamente com os bancos.
Contudo, com o fundo, a expectativa é que a empresa possa tentar taxas melhores e ainda liberar limite de crédito com as instituições financeiras.
Lembrando que, desde 2023, a Casas Bahia encontra-se em uma missão hercúlea de colocar a casa em ordem e voltar a ganhar mercado em meio a altas taxas de juros.
A varejista entrou em recuperação extrajudicial no fim de abril de 2024, quando fechou acordo com os credores para equacionar em torno de R$ 4,1 bilhões em dívidas.
Em meio ao processo de reestruturação, a companhia decidiu abandonar categorias e canais não lucrativos para focar naquilo que é rentável, como móveis e eletrodomésticos.
No entanto, os atuais patamares elevados de juros impactam diretamente o faturamento da varejista, uma vez que encarece o crédito e afeta diretamente a compra de bens duráveis, que são o pilar da nova estratégia da empresa.
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